Resenha Sociologia

RESENHA SOCIOLOGIA

O que é sociologia: é a interpretação científica da realidade social.

Contexto: Os acontecimentos de grandes mudanças dos séculos XVIII e XIX que foram a Revolução Francesa e a Revolução Industrial trouxeram a tona uma nova forma de pensar, o Iluminismo, com ele Deus começa a não ser mais vinculado ao poder (estado), passam-se a ser construídos princípios como democracia e conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade colocam todos como cidadãos com direitos e deveres iguais. O conhecimento passa a ter caráter científico, sendo considerado o verdadeiro conhecimento (revolução de ordem cultural). Com essas mudanças vieram também o rápido crescimento das cidades, surgindo cortiços e duas novas classes sociais, os burgueses e o proletariado, acarretaram também  as criações das máquinas, assim o trabalho poderia ser feito mais rapidamente por etapas (revolução de ordem econômica).

AUGUSTO COMTE – PAI DA SOCIOLOGIA:

Conhecido como pai da sociologia, Comte, cria uma ciência para estudar a sociedade, através de fatos, observações e experimentos. Para ele o evolucionismo é o progresso, sendo o conhecimento científico a evolução da sociedade. Nesse contexto três estados são citados por Comte:

-Estado teológico: Tentativa de explicação dos fenômenos através de causas sobrenaturais.

- Estado metafísico: conhecimento filosófico

- Estado positivista: Conhecimento científico

Para Comte a sociologia tem dois problemas, o estático (ordem) e o dinâmico (progresso). E ela deve ser analisada de ponto de vista neutro, livre de pré-conceitos e objetivamente.

ÉMILE DURKHEIM:

        Seguidor da obra positivista de Comte, mas acrescentando as maneiras de análises que lhes faltava. Estudou os fenômenos do suicídio e da divisão de trabalho. Em viagem de estudos a Alemanha e França, Durkheim torna-se professor e funda o primeiro curso de sociologia em uma universidade (França).

As principais obras de Émile Durkheim são:

· 1893 – A divisão social do trabalho

· 1895 – As regras do método sociológico

· 1897 – O suicídio

· 1912 – As formas elementares da vida religiosa

Obras póstumas do autor:

· 1922 – Educação e sociologia

· 1924 – Sociologia e filosofia

· 1928 – O socialismo

        Para Durkheim os fatos devem ser observados como coisas e devem ser analisados friamente e com neutralidade, desmitificando o senso comum – objeto social. Para ele a sociedade prevalece ao indivíduo e é semelhante ao um organismo vivo, pois é composta por diversas partes onde cada tem uma tarefa que deve funcionar para que o todo funcione. Dois tipos de sociedade são identificados: Tradicional (mecânica) onde os indivíduos são extremamente semelhantes e a Moderna (orgânica) onde ocorre a diferenciação do trabalho, sendo a última a evolução da primeira.

Importante conceito para a obra de Dukehim é a divisão social do trabalho, havendo uma evolução nas divisões de trabalho que anteriormente eram uma sociedade mecânica e após passaram a ser uma solidariedade orgânica, sendo novamente a segunda evolução da primeira. O quadro a seguir, demonstra a diferenças entre elas:

	SOLIDARIEDADE MECÂNICA	SOLIDARIEDADE ORGÂNICA
Laço de solidariedade	Consciência coletiva	Divisão social do trabalho
Organização social	Sociedades segmentadas	Sociedades diferenciadas
Tipo de direito	Direito repressivo	Direito restitutivo

 Obra Suicídio: Para Durkheim, o suicídio é visto não somente como um ato individual, mas sim um sintoma que a sociedade manifesta no indivíduo, ou seja, “todo caso de morte provocado direta ou indiretamente por um ato positivo ou negativo realizado pela própria vítima e que ela sabia que devia provocar esse resultado”. Os tipos de suicídios são:

- Egoísta: indivíduo que está pouco inserido na sociedade, levando a doenças como depressão.

- Altruísta: o indivíduo se anula em nome da sociedade, valoriza ao máximo a sociedade, ex. homens bombas.

- Anômico: resultado de um estado degradado, semelhante ao egoísta.

- Fatalista: resíduo de excesso de coerção social, regulação moral.

Durkheim define religião como uma força superior que nada mais é que a própria sociedade influenciando os indivíduos. Como diz o próprio autor, “de modo geral, não há dúvida de que a sociedade tem tudo o que é preciso para despertar nos espíritos a sensação do divino, exclusivamente pela ação que exerce sobre eles; ela é, para seus membros, o que é uma divindade para os fiéis”.

KARL MARX

Marx, diferente de Dukheim e Weber, não era um sociólogo de profissão, sua intenção era esclarecer aos trabalhadores explorados pelo capitalismo que um novo meio de sociedade poderia ser instaurado e iria favorecer a todos e não somente uma parcela da população, essa nova sociedade seria o socialismo ou comunismo.

        Marx era de família judia e teve formação acadêmica em Direito e Filosofia (Berlim). Impedido de dar aulas na universidade por ser amigo de Bruno Bauer começa a trabalhar com jornalismo, passa a ser perseguido no jornal e foge para a França, onde funda a revista Anais Franco-alemã. Conhece então, Friedich Engels e passa a financiá-lo. Foi para a Bélgica onde iniciou suas atividades políticas, redigi o texto Manifesto Comunista (1848). Passa a ser perseguido novamente e tem novo exílio em Londres e pública o primeiro volume de O Capital.

Suas principais obras são:

· 1841: Diferença entre as filosofias da natureza de Demócrito e Epicuro (tese dedoutorado);

· 1843: Crítica da filosofia do direito de Hegel (manuscritos)

· 1884: A questão judaica (Anais Franco-Alemães)

Introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel (Anais)

Manuscritos econômico-filosóficos

· 1845: Teses sobre Feuerbach

A sagrada família

· 1846: A ideologia alemã

· 1847: Miséria da filosofia

· 1848: Manifesto do partido comunista

· 1850: A luta de classes na França

· 1852: O dezoito brumário de Luís Bonaparte