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Resenha do Documentário: A História das Coisas

Por:   •  28/10/2018  •  Resenha  •  855 Palavras (4 Páginas)  •  305 Visualizações

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O vídeo “A história das coisas”, produzido por Annie Leonard, aborda o termo “coisa” para identificar o nosso modo de vida contemporâneo e também faz uma crítica a esse modo de vida.  Ela utiliza a palavra coisa para demonstrar tanto  o nosso modo de vida, que é conhecido como o capitalismo, quanto o nosso modo de ser que é produzido por uma dinâmica em que o homem para sobreviver construiu todo um ambiente econômico e pra dar sustentabilidade a esse ambiente econômico um outro ambiente cultural, ideológico e político.

Esse sistema complexo é pouco visto pelas pessoas, as quais acreditam viver no mundo sem perceber que são atingidas pelo que os outros fazem. Pois o nosso modo de vida é um sistema integrado, então o que eu faço interfere no mundo e o mundo interfere naquilo que eu faço. Mas esse modo de vida também é finito. E isso tudo é administrado pelo governo que era para fazer isso pelas pessoas, sendo que está fazendo isso pelas corporações, as quais têm como objetivo o lucro e  como princípio a competição. Desse maneira, o nosso modo de vida está comprometido em dois sentidos, primeiramente, os homens têm se desumanizado, se “transformado em uma coisa”, e por outro lado, orientados pela ganância das corporações empresárias, para ser garantido todos os produtos que julgamos necessários para a nossa vida, estamos destruindo a natureza por um consumismo desenfreado.

Nessa situação, nossa principal identidade passou a ser de consumidores, nosso valor é medido por quanto consumimos. Na América do Norte, por exemplo, apenas 1% desses produtos que compramos ainda são usados 6

meses depois da compra, os outros 99% se transformam em lixo em menos de 6 meses. Atualmente estamos consumindo muito mais do que a cinquenta anos atrás, mas isso acontece pois o principal objetivo da economia passou a ser produzir mais bens de consumo. E isso ocorre por meio da obsolescência planejadas e obsolescência perceptiva. A obsolescência planejadas quer dizer que as coisas são criadas para se tornarem inúteis de forma tão rápida que vamos jogar fora para comprar novamente. Já a obsolescência perceptiva nos convence a jogar no lixo coisas que ainda são muito úteis, mudando a aparência delas. Por exemplo, se você comprou um celular a um ano atrás as pessoas percebem que você não comprou o mais novo lançamento, e, já que nosso valor é medido pelo nosso consumo, você  se sente na necessidade de comprar um celular novo, mesmo que o seu ainda esteja funcionando. A publicidade e a mídia em geral tem um papel importante nisso, pois ele tem o objetivo de nos fazer infelizes com o que temos, fazendo com que nos acreditemos que estamos errados, mas tudo se resolve se fizermos compras. Desse modo, estamos trabalhando mais para que possamos comprar mais, então temos menos tempo para o que realmente importa que são os amigos e a família; e as atividades que mais fazemos no pouco tempo livre que temos é ver televisão e fazer compras. Assim, a vida de um consumidor se resume em trabalhar, chegar em casa cansado, vai assistir à televisão, onde passa os anúncios que dizem que as coisas que temos não presta, então vamos as compras para nos sentirmos melhor, com isso trabalhamos mais para pagar o que compramos, chegamos em casa mais cansados, vamos ver televisão outra vez, e então compramos mais, mas não percebemos que estamos em um ciclo. 

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