Resenha do Livro O Cortiço
Por: Carlos Vinicius Gimenes • 6/11/2020 • Resenha • 612 Palavras (3 Páginas) • 217 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA[pic 1]
Ciências Sociais – 1° semestre
Diego Aveiro Barreto Santana
Carlos Vinicius Gimenes
Certamente, a obra O Cortiço de Aluísio Azevedo retrata o conjunto social formando no início do século XIX, devido às transformações ocorridas na sociedade nesse período. Dessa forma, levando-se em consideração as características do Naturalismo, evidencia-se que o personagem de João Romão conduz junto com o seu cortiço? cheio de pessoas problemáticas, influenciadas pelo darwinismo e inseridos num espaço propício para a perda de valores? e anseios exclusivamente deterministas, a realidade racional e materialista da evolução da ciência. Além disso, essas transformações sociais surgem para atender às necessidades da época, que não temia em apresentar a verossimilhança da vida de pessoas frustradas, por problemas patológicos.
O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento, João Romão é ambicioso, é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira [de origem européia, vê a oportunidade de crescimento se aproveitando de outros “menos evoluídos”]. Ele está tentando comprar terrenos para aumentar sua riqueza com a construção de mais quartos para alugar. João Romão tem uma amante, Bertoleza; ela é uma escrava comerciante, que dava parte de seus lucros, como comerciante, para João Romão que prometia com isto comprar sua carta de alforria.
Com inveja de Miranda, que possui condição social mais elevada, João Romão trabalha ardorosamente e passa por privações para enriquecer mais que seu oponente. Um fato, no entanto, muda a perspectiva do dono do cortiço. Quando Miranda recebe o título de barão, João Romão entende que não basta ganhar dinheiro, é necessário também ostentar uma posição social reconhecida, freqüentar ambientes requintados, adquirir roupas finas, ir ao teatro, ler romances, ou seja, participar ativamente da vida burguesa.
O Cortiço cresce conforme os esforços de João Romão e por si próprio, povoado por uma população predominantemente pobre, as mulheres se deixam engravidar para servirem de ama de leite, pelo valor pago por esta função. Esforços estes que vão desde a se sujeitar a condições insalubres até roubo a propriedade privada. Visando seu lucro, o cortiço atrai todo o tipo de gente. O comportamento destas pessoas é animalesco.
Jerônimo era um trabalhador exemplar e disciplinado; ele desvirtua-se após começar a morar no cortiço e por causa de Rita Baiana [são estes os dois fatores fundamentais que proporcionam a drástica mudança comportamental de Jerônimo]. Rita era namorada de Firmo. Após ser seduzido por Rita, Jerônimo luta com Firmo, que é capoeirista, e fica gravemente ferido; em retaliação ele arma uma emboscada para Firmo e o mata [neste ponto Jerônimo, já se tornara preguiçoso e estava decidido a fugir com Rita Baiana].
Havia outro cortiço que incitava rivalidade entre o que pertencia a João Romão. Com a morte de Firmo (que morava no outro cortiço), as coisas ficaram mais intensas [como em comunidades tribais]. O cortiço de João pega fogo e, sensibilizados pelas percas, a situação se tornou mais amena entre os dois cortiços.
João Romão aproxima-se da família de Miranda e pede a mão da filha do comerciante em casamento, com a ideia de consagração social. Bertoleza, que, percebe as manobras de Romão para se livrar dela, exige sua parte do cortiço.
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