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Resumo “A Identidade Cultural na Pós-Modernidade” de Stuart Hall

Por:   •  13/3/2017  •  Resenha  •  1.513 Palavras (7 Páginas)  •  1.786 Visualizações

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Universidade Federal do Espírito Santo

Disciplina de Sociologia Geral

Resumo “A Identidade Cultural na Pós-Modernidade” de Stuart Hall

A obra de Stuart Hall, “A Identidade Cultural na Pós-modernidade”, tem por objetivo mostrar o perfil atual da identidade cultural, que se encontra diversificada na constituição dos indivíduos inseridos no atual contexto histórico da pós-modernidade. Em suma, Hall busca falar sobre a “crise de identidade” que ocorre nas sociedades contemporâneas.

Para o autor, as sociedades do final do século XX sofrem uma mudança em sua estrutura que se transmite nas transformações das “paisagens culturais”, antes concretas e estáveis, como a sexualidade, a etnia, o gênero, a nacionalidade e a raça. Estas transformações influenciam a formação da cultura dos indivíduos, que acabam ficando divididas entre os velhos e novos padrões, e entre as mais variadas classes que surgem.

Essas transformações ocorrem principalmente por conta da quebra do pensamento de teorias clássicas, como o iluminismo, acerca da identidade cultural ligada ao sujeito, como sendo a sua essência. O pensamento iluminista deu suporte à ideia de que o próprio sujeito seria “o responsável” pelo seu reconhecimento cultural, visto que a identidade é algo interno e necessário, que se desenvolve com o crescimento e vida do sujeito.

A quebra da concepção de identidade como essência do sujeito abalou o pensamento da Era Moderna, retirando-o do foco central. Esse processo deu-se principalmente em cinco momentos principais, segundo Stuart. O primeiro deles é a corrente marxista, que através da teoria do materialismo histórico-dialético dizia que o sujeito está preso às suas condições históricas, ou seja, o reconhecimento cultural do sujeito estaria ligado a sua história ainda que na construção de mudanças sociais.

O segundo momento é a descoberta do inconsciente, pensado por Freud, que seria o responsável pela formação cultural do sujeito, através de processos psíquicos e simbólicos do inconsciente, que interpõem as relações que o sujeito tem com o mundo exterior, formando e alterando, ao longo do tempo, a sua constituição e depois, sua identidade. Assim, a racionalidade é colocada em segundo plano e a ideia de identidade como essência humana é tacitamente refutada.

O terceiro momento é o desenvolvimento do estruturalismo linguístico de Saussure que propõe a língua como um sistema já existente e social (não individual). Isso diz que a utilização da linguagem é um meio de formação cultural, no qual sincroniza valores ao individuo em sua formação.

O quarto momento é a ideia de “poder disciplinar”, desenvolvida por Foucault, que fala sobre o controle e disciplina com base no poder dos regimes administrativos, ou seja, instituições coletivas que asseguram os comportamentos humanos e que são capazes de torná-los “dóceis”.

O quinto momento é o nascimento do feminismo e dos movimentos revolucionários, estudantis e anti armas, na luta pelos direitos civis e da paz. Esses movimentos dão origem as novas classe que mais tarde vão pluralizar ainda mais a identidade cultural.

Não fosse somente por tais acontecimentos que desencadeassem a crise da identidade, existe uma rápida propagação de ideias entre nações através da chamada “compressão do espaço-tempo”, advinda da globalização, que vem fortalecer a ideia de fragilidade da identidade, já que as identidades nacionais estão em declínio, originando as “identidades híbridas”.

O autor diz que a interdependência global está levando ao esgotamento de todas as identidades culturais fortes, através do bombardeamento da infiltração cultural e que está havendo a igualação das identidades nacionais.

Essa igualação acontece de forma dolosa, através de uma “geometria de poder”, na qual a “ocidentalização” tem se espalhado sobre os países periféricos, de maneira que os países centrais esboçam pouco das culturas do “resto”. Assim, pode haver um fortalecimento de identidades locais ou a produção de novas identidades.

Com o processo de globalização, as identidades nacionais (mesmo sendo alvo de dúvidas quanto à ideia infiltrada de forte agregação das identidades culturais) estão se tornando cada vez mais afastadas e essa é uma preocupação para Hall, visto que, a identidade nacional, mesmo que de forma grosseira, unifica um “povo”, passa a se identificar na comunidade em que vive, que dá alguma densidade a essa identidade.

Stuart aponta que, para alguns autores, o hibridismo representa um aspecto positivo, pois produzem novos meios de cultura, mais apropriadas à modernidade. Entretanto, ele esclarece que nem sempre a tentativa de sincretismo traz bons resultados, dando exemplos históricos.

RESENHA CRÍTICA

Hall, Stuart “A Identidade Cultural na Pós-Modernidade”

Considerando que a importância da abordagem do tema cultura para o campo da arte e design é super importante, devido a necessidade de entendimento do comportamento social para aplicação das artes, o livro de Stuart Hal é bastante pertinente, pois explana, a partir de diversas definições sociológicas e filosóficas, as identidades culturais na pós-modernidade. O livro aborda questões como a identidade cultural na modernidade tardia e avalia se existe uma crise de identidade, o que exatamente é a crise de identidade e qual rumo ela vai caminhando.

Stuart Hall nasceu em 3 de fevereiro de 1932 em Kingston, Jamaica. É um teórico cultural que trabalhou no Reino Unido, é professor da Open University, Inglaterra, foi um dos fundadores do Centre for Contemporary Cultural Studies, da Universidade de Birmingham, Inglaterra, tendo sido seu diretor de 1970 a 1979. Foi contribuinte de diversas obras voltadas aos estudos da cultura e dos meios de comunicação.

Seu livro foi segmentado em seis partes:

Primeira:

“A identidade em questão” que aborda três tipos de criação de identidade: iluminista (individualista); sociológica (interacionista) e a pós moderna. Nesse momento do seu livro o professor nos faz questionar sobre o seguinte tema: o que tem mudado nas culturas sociais? A resposta apontou para o fato de a permanência, certeza de continuidade

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