Resumo Capitães da Areia
Por: mirandapritsley • 6/5/2016 • Trabalho acadêmico • 879 Palavras (4 Páginas) • 374 Visualizações
CAPITÃES DA AREIA
AMADO, Jorge – 1937
Capitães da areia conta a história de crianças de rua, abandonadas, quase todas órfãs, tendo em comum a pobreza e a solidão. São pequenos marginais que roubam para sobreviver, nada mais fazem do que devolver ao mundo hostil parte das agressões que sofrem da vida. A idade deles era de oito a dezesseis anos e eles ocupavam um trapiche abandonado no cais de Salvador na Bahia. Seus amigos e protetores eram um Padre (José Pedro) e uma mãe-de-santo (Don’Aninha), cada um na sua fé ajudando aqueles meninos. No bando deles ética era coisa séria, não havia traição e a lealdade era preciosa.
Sem-Pernas era um menino manco, usava seu defeito físico para ser acolhido nas casas dos ricos para assaltar depois. Pirulito colecionava quadros de santos e sonhava em ser padre. Volta Seca era afilhado de lampião, e queria muito entrar no cangaço para vingar a morte de sua mãe. Professor era ladrão de livros, lia histórias de aventuras e desenhava rostos de pessoas nas ruas para ganhar uns trocados. Gato era o mais elegante do bando, ele se apaixonou por uma mulher da vida, Dalva. E o chefe dos capitães da areia, Pedro Bala, menino loiro, com uma cicatriz no rosto, famoso nos jornais da capital, tinha um espírito de liderança, coisa que já estava em seu sangue;
Era filho de um líder de estivadores, assassinado durante uma greve dos doqueiros.
Omolu, o Orixá da justiça, mandou a bexiga negra para a cidade, os homens da saúde pública levavam os doentes para o lazareto, ninguém podia fazer visita, as pessoas morriam e ninguém ficava sabendo, e quando alguém conseguia voltar, era mirado como um cadáver que houvesse ressuscitado. Almiro foi o primeiro dos capitães da areia a pegar a doença, foi levado de volta para a família dele, foi se tratar em casa, mas um médico denunciou o caso e acabaram levando Almiro para o lazareto, provavelmente morreu por lá, por que não teve mais notícias dele. Boa Vida também pegou a bexiga, foi sozinho para o lazareto, mas conseguiu sair de lá. A varíola, no entanto, fez com que o destino de Dora, menina loira como Pedro Bala e seu irmão Zé Fuinha, cruzasse o destino dos Capitães da Areia. Os pais de Dora também morreram com essa doença, primeiro o pai, ele foi levado para o lazareto. A mãe de Dora sabia que ia morrer, mas escondeu de todos a doença, deixou Dora e Zé Fuinha órfãos, Dora saiu a procura de um emprego, mas como os pais dela morreram de bexiga, ninguém quis os serviços da garota. Dois dos capitães da areia encontraram Dora e Zé Fuinha e os levaram para o trapiche. Primeiramente os capitães desejavam tomar Dora à força, igual faziam com as neguinhas, mas com o tempo começaram a ver Dora como uma mãe, menos o líder Pedro Bala que a via como uma noiva e o Professor, que a amava em segredo. Dora juntou-se aos capitães da areia e se tornou um deles, ela ajudava em tudo, até em roubar.
A notícia deu em todos os jornais: “Foi preso o chefe dos capitães da areia”, Pedro Bala foi levado para um reformatório e Dora, que fora presa na mesma ocasião para um orfanato. Pedro Bala sofreu cada um dos horrores que tanto temia dentro daquele reformatório, que mais parecia um capo de torturas. Passou fome, sede, ficou em uma cafua por oito dias e depois conseguiu fugir do reformatório. Foi resgatar sua amada no orfanato, Dora, também sofrida e castigada estava doente, com muita febre, mas conseguiu fugir. Ela se entregou a Pedro Bala no areal, consumando o “casamento” daquelas duas almas puras condenadas pela sociedade a viver na marginalidade. Na mesma noite, o espírito de Dora deixou seu corpo fragilizado e doente. Pedro Bala ficou arrasado, tentou se jogar no mar com sua amada, segui-la até os céus, quis morrer com ela, mas viu foi Dora feito estrela no céu, uma estrela de longa cabeleira loira.
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