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Resumo Do Livro:: Gênero, Patriarcado, Violência.

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Por:   •  29/4/2014  •  619 Palavras (3 Páginas)  •  2.007 Visualizações

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Gênero, Patriarcado, Violência.

O livro Gênero, Patriarcado, Violência, foi escrito sob o ponto de vista de uma socióloga estudiosa das temáticas feministas, tais como gênero, patriarcado, poder, raça, etnia e a relação exploração-dominação, temáticas que estarão sobre foco, análise e debate no decorrer do seu livro, proporcionando tanto um olhar instigante sobre a violência contra mulher, apontando como ela reflete também a opressão masculina.

A obra de Saffioti está dividida em quatro partes, esta “destina-se a todos (as) aqueles (as) que desejam conhecer fenômenos sociais relativamente ocultos” (p.9), dentre os quais está à violência contra as mulheres.

A violência contra mulheres é uma prática antiga e muito presente na sociedade humana. Ao mesmo tempo, continua sendo um tema oculto, muitas vezes tratado como tabu. Além disso, o estudo deste grave problema social e de suas relações com os conceitos de gênero, etnia/raça e classes sociais é ainda recente. Assim, a autora faz uma breve análise do cenário político-econômico brasileiro e constata que estes terrenos são, “certamente, a maior e mais importante fonte da instabilidade social no mundo globalizado” (p.14). Para ela, é sob a ordem patriarcal de gênero que devem ser feitas as análises sobre a violência contra a mulher, considerando este um elemento central para elucidar o debate e abrir novas perspectivas de entendimento desta questão.

A violência contra a mulher vai muito além da ruptura de qualquer forma de integridade da vitima, seja, física, psíquica, sexual, moral etc. No que tange ao significado da violência e todas as consequências que surgem da ocorrência deste fenômeno, a autora lembra que na sociedade patriarcal em que vivemos, existe uma forte banalização da violência de forma que há uma tolerância e até um certo incentivo da sociedade para que os homens possam exercer sua virilidade baseada na força/dominação com fulcro na organização social de gênero.

Apesar de ser mais comum na esfera privada –como violência doméstica, seja esta sexual, física, psicológica ou abuso sexual– a violência contra mulheres e meninas também acontece na esfera pública, que inclui (porém, não se limita a): feminicídio, acosso sexual e físico no trabalho, diferentes formas de violação, mercantilização do corpo das mulheres, tráfico de mulheres e meninas, prostituição, pornografia, escravidão, esterilização forçada, lesbofobia, negação do aborto seguro e das opções reprodutivas e da autodeterminação etc... O silêncio, a discriminação, a impunidade, a dependência das mulheres em relação aos homens e as justificativas teóricas e psicológicas agravam a violência contra as mulheres.

Na base da violência contra as mulheres está um sistema patriarcal e o capitalismo que impõem uma necessidade de controle, apropriação e exploração do corpo, da vida e da sexualidade das mulheres. O patriarcado funciona através de dois princípios: a noção de que as mulheres são propriedade dos homens (e, por isso, as mulheres estariam a serviço dos homens e não poderiam dizer não nunca) e a divisão das mulheres em duas categorias: “santas” e “putas”. Como parte desse sistema, a violência é a punição para aquelas que não se enquadram no papel da “santa” boa mãe e esposa.

A autora

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