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Resumo O Soldado E O Estado, Samuel Huntington

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Por:   •  1/8/2013  •  2.019 Palavras (9 Páginas)  •  4.281 Visualizações

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Relações civis-militares são compostas por elementos interdependentes: Posição formal dos militares dentro da estrutura de governo e a influência informal dos militares na sociedade e a natureza das ideologias dos grupos militares e não militares

. O Equilibrio do sistema seria o controle civil objetivo garantindo a maior eficiência na segurança militar da sociedade.

.Relações civis-militares são parte da politica nacional de segurança que tem como objetivo defender a segurança dos valores sociais, econômicos e políticos das instituições nacionais contra ameaças de outros estados.

. As questões da política militar envolvem:

1) Questões quantitativas de tamanho, recrutamento e materiais militares em relação a necessidade e prioridade do Estado

2) Questões qualitativas da organização, composição, equipamentos e distribuição das forças; incluindo os tipos de armamentos, localização das bases e possíveis aliados.

3) As questões dinâmicas do quando e sobre quais circunstâncias a força deve ser usada.

. A questões acima são definidas geralmente pela via institucional. Porém a via institucional apresenta um problema de ser continuadamente redefinida mas dificilmente resolvida de forma eficaz. O ordenamento das relações civis-militares se dá nesse ponto. Onde pode-se pensar a maior segurança militar possível com o menor sacrífico das outras áreas sociais.

.As forças militares são moldadas por dois imperativos: O primeiro a necessidade de um determinado Estado em se securitizar de ameaças externas. E o segundo é o valor das forças armadas dentro da perspectiva ideológica predominante na sociedade. Nenhuma força militar é totalmente formada por um ou outro imperativo, sempre uma mistura dos dois. A relação entre esses dois imperativos é o problema central das relações civis-militares.

.O principal foco das relações civis-militares é o corpo de oficiais. Pois são esses oficiais que são os elementos diretivos dos militares. As relações sociais e econômicas desses oficiais com o resto da sociedade é que dá a base das relações civis-militares como um todo. Portanto, é de primeira importância se analisar o corpo de oficiais para a análise das relações civis-militares.

. Para Huntington, os oficiais militares são caracterizados por serem profissionais. Não no sentido de “guerreiros” profissionais, mas sim no sentido de profissão, como advogados ou médicos. Por mais que a sociedade por muitas vezes não os enxerguem como uma categoria profissional (e os militares as vezes tb não se enxergam assim) esse é o principal ponto de diferença entre o soldado moderno e o guerreiro clássico.

.Para definir essa profissão, Huntington usa três conceitos: “habilidade” (treinamento), responsabilidade e corporativismo (consciência de classe; Médicos x burocratas). Em relação a responsabilidade, Huntington argumenta que profissões só existem quando há uma demanda imediata da sociedade pela mão de obra de determinado especialista. Além disso, esse especialista só pode ser considerado um profissional se ele agir da forma que a sociedade espera.

.Em relação aos oficiais, a capacidade profissional destes, segundo o autor, é a “gerência da violência”. O oficial militar deve saber gerenciar as forças militares para o emprego da violência em suas mais variadas formas e para isso necessita ter um amplo conhecimento de diversas áreas do saber. Não somente amplo conhecimento, mas muitas horas de estudo e prática para aprimorar suas habilidades em um ofício tão arriscado e minucioso.

. A responsabilidade do oficial é manter a segurança de seu cliente, no caso o estado. Não somente isso, é ter a responsabilidade de não usar seus conhecimentos de forma errônea e que não obedeça as vontades do Estado.

.O corporativismo do oficialato é um corporativismo específico e fechado. A separação desses oficiais do resto da sociedade é extremamente clara e mesmo dentro das próprias forças armadas existe uma grande diferença entre eles e os outros setores. Huntington cita o corpo de reservistas e o corpo de alistados para diferenciar a natureza do oficialato; esse por sua vez um corpo especializado, treinado e profissional no sentido definido acima.

 As variáveis do controle Civil:

. Controle subjetivo: Maximizando o controle civil. Através de medidas legais, se maximizar o controle do Estado (e do grupo que o controla) e da sociedade civil sobre as forças militares. O controle subjetivo muitas vezes é dado somente pelo discurso, legimitidade ou o terror imposto pela classe social, por uma forma de governo ou por uma instituição governamental sobre as forças militares. (ex: Alemanha WWII, Rei x Parlamento na Inglaterra, Burguesia x Aristrocracia).

.Controle objetivo: O controle civil objetivo só se dá com a máxima profissionalização do corpo de oficiais e com uma concomitante redução da participação dos militares na vida política do Estado e o respeito da classe castrense às estruturas democráticas do Estado. Essa redução do poder político dos militares, entretanto, não deve ser acompanhada de uma redução do poder militar dos mesmos, pois a dimuição do poder militar dos oficiais só serve para atingir os objetivos de determinados grupos sociais que desejam cooptar ou anular as forças armadas dentro da estrutura do estado.

 Os dois níveis das relações Civis-Militares: Nivel do Poder e Nível Ideológico

 O Nível do Poder militar é dividido em Autoridade e Influência dos oficiais na sociedade

. Autoridade : O nível de autoridade diz respeito ao poder do corpo de oficias em relação à estrutura governamental. Nesse ponto, o autor destaca que deve se analisar o padrão da relação dos órgãos militares com a estrutura do estado:

Padrão 1: Quando os órgãos militares são superiores ao resto da estrutura do estado, subordinando o estado.

Padrão 2: Quando os órgãos militares estão separados da estrutura de governo. Eles não respondem diretamente a nenhum órgão ou instituição do Estado e também não submetem nenhuma instituição ao seu controle. Esse padrão é chamado de independência militar.

Padrão 3: Quando os órgãos militares estão submetidos a um órgão ou instituição do Estado. Esse padrão é considerado pelo autor o mais seguro, pois coloca toda a hierarquia militar submetida a um único comandante em chefe, impedindo que a hierarquia militar seja manipulada por um ou outro grupo social.

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