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Resumo Sobre Karl Marx

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Por:   •  15/12/2013  •  1.111 Palavras (5 Páginas)  •  879 Visualizações

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Karl Marx

George W. F. Hegel acreditava que acima do mundo que podemos ver - e que tem uma história - há o mundo racional, que conteria o conhecimento verdadeiro e os objetos reais (um pouco parecido com o pensamento de Platão). Todos os avanços da sociedade acontecem de modo que a história seja uma manifestação, que esteja de acordo com a razão. Esse processo ocorre através da dialética (antigo método grego que consiste em, basicamente, o “aperfeiçoamento” de uma ideia através do diálogo, da contraposição de outra ideia a esta primeira e de um consenso final entre elas, que seria “um caminho entre as duas”, que gera uma nova ideia e por aí vai). O método dialético lida com oposições, e ao analisar a história, nos diz que só podemos entender um fato “isolado” se tivermos percepção do todo (unidade dialética). A história de todos os povos é o processo ao qual a Razão alcança o objetivo de retomar a autoconsciência dos homens, e assim libertá-los (da alienação ao qual estão submetidos).

Marx e Engels são fortemente influenciados por Hegel, entretanto, ambos passam a se afastar do materialismo dos neo-hegelianos (ex: Fuerbach – a alienação advinha da religião e era extinta com a crítica religiosa) e do idealismo de Hegel. Para Marx, a alienação vinha das condições materiais em que os humanos viviam (e vivem), e era extinta através da ação política que modificava a vida real. Eles se distanciam de Hegel por não ver a história como um processo “exterior” e quase mágico, como um processo que acontece naturalmente, mas sim um fenômeno causado por seres humanos. Deve-se procurar as leis das mudanças que influem sobre os fenômenos, sendo essa observação baseada em fatos concretos (utilizando-se sempre da dialética). Esse modo de abordagem da vida é chamado de materialismo histórico.

Todas as relações sociais humanas tem origem na necessidade humana de produzir, interagindo primeiramente com a natureza e outros indivíduos, e dando origem a vida material. Essa produção faz com que esses indivíduos interajam e estabeleçam relações sociais, que geram outras necessidades (sociais, morais, éticas, religiosas, físicas e etc), de modo que a quantidade de necessidades pode definir o “grau de complexidade” de uma civilização.

Relações social de produção: a forma como os meios de produção e o seu produto são distribuídos; o tipo de divisão social do trabalho vigente. O modo pelo qual os homens se organizam para produzir, levando em conta a distribuição de terras, ferramentas, matéria-prima e etc.

Divisão social do trabalho: segmentação da sociedade em grupos que produzem determinados produtos. Ex: os que exercem trabalhos manuais e os que exercem trabalhos intelectuais; os que governam e os que são governados. A divisão social do trabalho gera as diferentes classes sociais.

Estrutura da Sociedade: conjunto das forças produtivas e das relações sociais que advém do trabalho. A base da sociedade.

Superestrutura: toda produção que não tem forma material. Produção de ideias, leis, ideologias políticas, conhecimentos filosóficos e científicos, modos de pensar, concepções morais e etc. Leva-se em conta que toda a produção não-material só pode ocorrer em determinado ponto histórico e econômico.

Quando há a produção de um excedente é que pode ocorrer a divisão social do trabalho e a apropriação da produção por um terceiro (que gera a desigualdade entre classes). Antes de haver um excedente, há a economia de subsistência, que não abre brechas para a apropriação por outros. A diferença entre classes só pode surgir em condições históricas específicas, e não é, portanto, natural. Deste modo, as pessoas se separam de modo geral em os que produzem e os que se apropriam da produção (os que conservam os meios de produção), com o surgimento posterior de subclasses ou as classes médias.

Essas duas classes tendem a lutar pelos seus interesses, que entram quase sempre em conflito, gerando assim, em uma luta de classes, em que uma tenta oprimir a outra e esta última tenta não ser oprimida. A história da humanidade (com estrutura baseada na propriedade privada) seria

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