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Revisão da análise do processo de expansão da educação de crianças pequenas na Europa e no Brasil

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Por:   •  30/9/2014  •  Artigo  •  1.645 Palavras (7 Páginas)  •  246 Visualizações

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Introdução

A presente resenha, analisa o processo de expansão da Educação Infantil na Europa e no Brasil, levando em consideração alguns dos pensadores envolvidos no desenvolvimento da história e avanço educacional, como:

 Platão: (427-347 a.C.);

 Erasmo (1465-1530) e Montaigne: (1483-1553);

 Comênio (1592-1670);

 Rousseau (1712-1778);

 Pestalozzi (1746-1827);

 Froebel: (1782-1852);

 Decroly: (1871-1932);

 Montessori: (1879-1952);

 Vygotsky: (1896-1934);

 Wallon: (1879-1962);

 Freinet: (1896-1966);

É importante ressaltar que o conteúdo é baseado em dados coletados através de link(s) e livros descritos na bibliografia do trabalho, e a teoria é baseada no pensamento da autora: OLIVEIRA, Zilma R. Educação Infantil: Fundamentos e Métodos. Cortez, 2012- São Paulo. 7ª Edição.

Educação Infantil: História e Evolução

A educação infantil, vem sendo um dos temas mais discutidos não só nacionalmente mas mundialmente. E ao analisarmos esse assunto, logo entendemos como uma fase de entendimento complexa, reflexiva e crítica; pois temos que levar em consideração o papel do profissional para que possamos ensinar a criança.

Desde a época de Platão (427-347 A.C.), a educação já era motivo de preocupação através de registros que diziam que os jogos educativos na família, criavam o papel de exercer a aprendizagem de cidadania. Foi então que, nos séculos XI e XIII, alguns pensadores humanistas como Erasmo e Montaigne desenvolvem uma educação que respeite a natureza infantil e a estimulação da criatividade. Mesmo com todos esses registros, as crianças eram vistas como seres não “pensantes” e a educação era tarefa da mulher dona de casa.

Na transição do feudalismo para o capitalismo, houve uma reorganização na sociedade com a revolução industrial, fazendo com que as mulheres pudessem trabalhar. Mas onde deixavam os filhos? – A partir dessa questão, começou a se pensar em educação infantil, porém essas instituições possuíam profissionais que não tinham conhecimento pedagógico; onde a escola era vista como centros de apoio aos pais.

Comênio (1592-1670) elabora em 1637 um plano de escola maternal em que recomendava o uso de materiais audiovisuais como “livros de imagens”, para educar as crianças pequenas. E a partir dessa questão, defende uma programação bem elaborada, com bons recursos materiais e boa racionalização do tempo e espaço escolar. Em 1657, Comênio usa a imagem de “Jardim de Infância” como lugar da educação de crianças pequenas. Em oposição ao período de Reforma e Contrarreforma religiosa, Jean Jacques Rousseau (1712-1778) cria uma proposta educacional com o objetivo de combater o preconceito, o autoritarismo e as instituições sociais que violentassem a liberdade característica da natureza. Além de se opor radicalmente a prática familiar de delegar a educação do filhos a preceptores, afirma também que a infância não é apenas uma via de acesso, e sim um período de preparação para a vida adulta. Acreditava que caberia ao professor afastar tudo o que pudesse impedir a criança de viver plenamente sua condição e defendia a existência de uma educação não orientada pelos adultos, mas que fosse resultado do livre exercício das capacidades infantis.

As ideias de Rousseau abriram caminho para Pestalozzi (1746-1827), que também reagiu contra o intelectualismo excessivo da educação, descrevendo que a liberdade surge na bondade e no amor, tal como na família e sustentava que a educação deveria cuidar do desenvolvimento afetivo das crianças desde o nascimento. Acredita que educar deveria ocorrer em um ambiente mais natural possível, num clima de disciplina estrita, mas amorosa. Pestalozzi destacou ainda o valor educativo do trabalho manual e a importância de a criança desenvolver destreza prática. Se preocupou com a idade das crianças e com a questão de que a educação deveria priorizar coisas, não palavras. Ao final de sua teoria, resolveu criar métodos de ensino à partir do nível de desenvolvimento dos alunos por intermédio de atividades de música, arte, soletração, geografia e aritmética, levando adiante a ideia já presente em Rousseau de organização graduada do conhecimento, ou seja, partindo do mais simples ao mais complexo.

As ideias de Pestalozzi foram levadas adiante por Froebel (1782-1852) que fundou o primeiro ambiente destinado à educação para crianças, descrevendo a faixa etária de 0 à 6 anos e dando o nome de Kindergarten (Jardim de Infância). Froebel parte também da intuição e da ideia de espontaneidade infantil, preconizando uma autoeducação da criança pelo jogo, por suas vantagens intelectuais e morais; além de seu valor no desenvolvimento físico. Nessa concepção, os recursos utilizados por ele, eram divididos em dois grupos: as prendas ou dons e as ocupações. As prendas eram materiais que não mudavam de forma – cubos, cilindros, bastões e lápis – e que, usados em brincadeiras possibilitariam à criança fazer construções variadas e formar um sentido da realidade e um respeito à natureza. Já as ocupações consistiam em materiais que se modificavam com o uso – tais como argila, areia e papel – usados em atividades de modelagem, recorte e dobradura.

A ênfase posta por ele na liberdade da criança, espelha os movimentos liberais na Europa, passando a ser vista como ameaçadora ao poder político alemão, que levou o autoritarismo governamental da época a fechar os jardins de infância do país por volta de 1851. Já no século XX, Decroly e Montessori contribuíram com a especificidade da educação infantil, ou seja, experiências onde o ensino era focado de forma significativa para as crianças excepcionais. Decroly defendia a ideia de que, o ensino deve ser voltado para o intelecto, além de propor que, a criança deve ser colocada diante de um objeto concreto, e a partir daí, o profissional deve fazer uma análise e uma síntese, que deveria por sua vez expressar por meio de uma obra pessoal o entendimento e pensamento que o aluno produziu.

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