Revisão do filme do homem
Resenha: Revisão do filme do homem. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JulianaSaulo • 17/11/2014 • Resenha • 1.305 Palavras (6 Páginas) • 365 Visualizações
O Filme trata especificamente de problemas sociais. Conforme o Capitão Nascimento o Rio de Janeiro tem mais de 700 favelas e as armas que seriam usadas pra fazer guerra em outros paises são utilizadas no Rio pelas facções criminosas.
Nesse contexto o policial se omiti, se corrompe ou vai pra guerra mesmo.
Como era de se esperar os policiais corruptos cobram uma grana preta pra aliviar o trafico de drogas. Segundo o filme que pressupõe retratar uma realidade inexorável, a paz do Rio de Janeiro depende de um equilíbrio delicado entre a munição dos bandidos e a corrupção dos policiais.
Ali a honestidade não faz parte do jogo, mas como foi dito de inicio os policiais honestos partem para guerra.
O BOP é a tropa de elite da policia, na teoria eles de fato fazem parte da polícia militar, mas na prática seus métodos são totalmente diferentes. Com farda preta eles emitem mais autoridade e terror perante as facções criminosas. Essa elite policial foi justamente criada pra intervir quando a policia convencional não tem condições de resolver o problema.
Para acabar com a guerra na cidade a única solução é o desarmamento dos traficantes, assim sendo a prioridade do BOP não é prender traficante e sim capturar armas. O BOP geralmente tem um número reduzido de policiais se comparado a policia convencional, esta que é totalmente despreparada pra lidar com a criminalidade. Geralmente quem fornece as armas na favela são justamente os tais policiais corruptos.
O número de crimes, de ocorrências que a PM não impediu são cada vez maiores nos arredores da cidade do Rio de Janeiro.
Nas palavras do capitão Nascimento: “A guerra sempre cobra seu preço, e quando o preço fica auto demais é hora de pular fora, se você deixar a hora passar pode perder a ultima chance de sair inteiro”.
A partir daí no enredo do filme o capitão procura um substituto.
Matias um aspirante a substituto do Nascimento é um personagem interessante na trama, por causa de seu gênio. Um negro que cursava direito, além de ser altamente disciplinado, qualificado e metódico. Por esse motivo era extremamente idealista, e até aquele momento estava longe da realidade que saltava os olhos de outros. Mas logo o Matias aprenderia a impor limites e endurecer sua cerviz perante a contingência do lugar. Já o Neto outro policial honesto, também um aspirante, se adaptava facilmente ao contexto do BOP, pela sua coragem, impulso e avidez, mas pecava por falta de estratégia.
Muitos traficantes são o que são devido à má influencia que recebem desde moleques, apenas um reflexo do contexto social das favelas. Eles vivem numa subcultura viciada no crime pela sedução das drogas, prazer rápido e barato, diante da pobreza “calcificante”. Embora muitos que nascem fora desta realidade se inserem nela por motivos variados, mas em sua maioria extremamente cretinos, esses são os playboys do trafico. Interessante notar que num dos trabalhos de Faculdade do Matias, se decorre a respeito de
Michel Foucault e a relação de Micro poderes, realidade clara, porém desassociada as demandas mais urgentes.
A polícia é citada hipocritamente pelos alunos maconheiros como sendo um exemplo de instituição com relações de poder, e embora isso seja uma realidade, não foi avaliado ali a necessidade inexorável da mesma no contexto do Rio de Janeiro.
Fato é que a corrupção existe claramente no meio da policia, porém ainda assim como em toda instituição existem pessoas sinceras também.
Num dado momento do filme acontece algo interessante, uma mãe se apresenta ao Capitão Nascimento solicitando o direito de enterrar seu filho, um fogueteiro assassinado em confronto. Naquele instante o mesmo sente certo remorso e destaca pra si mesmo o quanto aquele sentimento era perigoso na posição que se encontrava.
Isso demonstra que em certas circunstancias a humanidade de um homem pode ser obstruída diante de um ambiente que não a permita, a saber o campo de guerra.
Certamente você será humano com seus companheiros, mas socialmente falando não poderá agir dessa forma num confronto de calibres. Injustiças acontecerão se avaliarmos o contexto social e a juventude estragada que fazem parte de facções criminosas. Quem sofre realmente é a família, os pais que perdem seus filhos para o tráfico, isso sem considerar balas perdidas e outros desastres.
A polícia em sua versão honesta acaba sendo similar as sessões de quimioterapia que tendo como função extirpar o tumor maligno acaba por gerar sequelas indesejáveis.
Nas palavras do Capitão Nascimento, os batalhões da PM foram abandonados pela política de segurança publica, sem a corrupção, sem o jeitinho brasileiro a policia pararia por falta de manutenção. Ele diz que quem corrompe o batalhão também corrompe pra família, sendo assim quem desejar uma viatura próxima ao seu estabelecimento tem que
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