SERVICO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE
Pesquisas Acadêmicas: SERVICO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: eldas • 27/9/2014 • 1.811 Palavras (8 Páginas) • 215 Visualizações
INTRODUÇÃO
O Brasil vive um momento de redefinição e não deixa de receber influencias neoliberalistas provocando rearranjos políticos que perpetuam a desigualdade social, afetando o mundo do trabalho e revelando a precariedade das relações trabalhistas.
Neste âmbito, observamos a presença constante do Serviço Social, voltados para as necessidades, carências e metas a serem supridas por conta do estado que não consegue por conta de suas habilidades subjetivas, resultando assim cada vez mais uma demanda maior para o campo da assistência social, seja através do CRAS, CREAS, Secretarias, Sociedade Civil ou Terceiro Setor.
O panorama histórico do Serviço Social mostra que foi necessário um rompimento com antigas concepções acerca de assistencialismo em contraposição com trabalho de assistência organizado. O que antes era considerado uma caridade e auxílio aos pobres e doentes, hoje é oficializado e estruturado, sendo estes serviços prestados por profissional qualificado que contemplam também a ideia de ajustamento e ajuda psicossocial.
Os estudos e pesquisas pertinentes a área e a função do assistente social nos auxilia a embasar nossa prática e nos permite vislumbrar o campo de atuação profissional. Assim, é primordial que o acadêmico em processo de formação, busque informações e já comece a pensar em propostas viáveis que atendam as necessidades dos usuários da Assistência Social.
DESENVOLVIMENTO
A trajetória histórica da Assistência Social revela que durante muitas décadas, o Serviço Social era visto como um trabalho assistencialista, de medidas paliativas e curativas. Ao longo dos anos, foi-se rompendo com esta visão que prevalecia no Império Romano, Cristianismo e Idade Média Nesta época, o governo não tinha um plano oficializado, mas organizava um grupo de senhoras para visitarem doentes e pobres para dar-lhes assistência e conselhos (SILVA, 1995).
A Política de Assistência Social, bem como a profissão de Serviço Social, foram institucionalizados a partir do reconhecimento do Estado, em conformidade com a necessidade de reconhecimento dos direitos humanos e trabalhistas do indivíduo em sociedade. No âmbito nacional, este surgiu em face à ascensão do sistema capitalista, em meio a contradição existente entre os detentores do capital e a classe trabalhadora . Haja visto, nos seus primórdios, a assistência social teve a iniciativa do Estado sob o respaldo da igreja católica como práticas caridosas por meio de suas entidades filantrópicas.
O Serviço Social, no princípio, possuía um caráter de filantropia, não apresentando um perfil profissional. Durante muito tempo, o mesmo assim se manteve, aderindo, posteriormente, aos dogmas da doutrina social da Igreja Católica, que deu um aspecto ‘humanista’ à profissionalização desta área, perfil este que foi incorporado no início do século passado, pelo Serviço Social desenvolvido no Brasil.
Ao mesmo tempo em que se desenvolveu na Europa, seguindo concepções semelhantes, o Serviço Social também se desenvolveu nos Estados Unidos, que se tornou o centro de referência do capitalismo, logo no início do século XX. Tanto na Europa, quanto nos EUA, foram desenvolvidos esforços no sentido de viabilizar a profissionalização do Serviço Social.
Nestes últimos dez anos, diferentes mecanismos participativos e de controle social, democratizadores da gestão pública da políticas sociais começaram a por em prática, como os conselhos gestores, fóruns em defesa das políticas públicas, plenários populares, conferências nos três níveis de governo, orçamento participativo, audiências públicas, ouvidorias sociais. Nessa dinâmica societária, é notável a presença e participação ativa dos assistentes sociais, por meio das suas entidades representativas e da contribuição de pesquisadores e militantes.
Pensar o Serviço Social na contemporaneidade requer os olhos abertos para o mundo contemporâneo para decifrá-lo e participar da sua recriação. Um grande pensador alemão do século XIX dizia o seguinte: "a crítica não arranca flores imaginárias dos grilhões para que os homens suportem os grilhões sem fantasia e consolo, mas para que se livrem deles e possam brotar as flores vivas".É esse o sentido da crítica: tirar as fantasias que encobrem os grilhões para que se possa livrar deles, libertando os elos que aprisionam o pleno desenvolvimento dos indivíduos sociais.
De acordo com Silva (1995), com a chegada do século XX, surge a necessidade da institucionalização deste serviço como trabalho, assim, Mary Richmond, Assistente Social norte americana, começou a escrever sobre a profissão e a diferenciá-la da caridade e filantropia. Definia que o fazer do Serviço Social está voltado não somente para o atendimento às necessidades físicas do individuo, mas também interessado em sua personalidade e o seu meio social. .
Na década de 50 ocorre o início das práticas de Organização e Desenvolvimento de Comunidade, com influência das ciências psicológicas e sociais, cuja ênfase estava na ideia de ajustamento e ajuda psicossocial (idem).
Em 1954 foi determinado o currículo mínimo para o curso de Serviço Social e em 27 de agosto de 1957 foi regularizada a profissão de Assistente Social sendo definidas suas atribuições. O CFESS (Conselho Federal do Serviço Social) foi criado em 15 de maio de 1962 com a finalidade de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão, elaborar o Código de Ética Profissional e fiscalizar o CRESS (Conselho Regional do Serviço Social).
A partir da década de 90 ocorre uma ampliação do campo de atuação para o terceiro setor, nos Conselhos de Direitos e funções de assessoria, tornando os instrumentos operacionais mais eficazes, primando pela pratica ética e capacitação continuada (IAMAMOTO, 2002).
De acordo com o Código de Ética Profissional da classe, em sua prática, o Assistente Social deve coordenar elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas e projetos na área de Serviço Social; prestar informações e elaborar pareceres; planejar, coordenar, executar atividades sócio-educativas; estabelecer parcerias e contatos institucionais; atuar como facilitadora de processos de formação de lideranças; planejar, coordenar e realizar reuniões e palestras na área de atuação do Serviço Social; treinar, avaliar, supervisionar e orientar estagiários de Serviço Social (CÓDIGO DE ÉTICA DO ASSISTENTE SOCIAL, 2013).
Atualmente, o campo de atuação do assistente social abrange seis grandes áreas:
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