SERVIÇO FORNECIDO NA CONFIABILIDADE
Tese: SERVIÇO FORNECIDO NA CONFIABILIDADE. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: davidpinguim • 8/9/2014 • Tese • 1.928 Palavras (8 Páginas) • 205 Visualizações
MANUTENÇÃO CENTRADA NA CONFIABILIDADE
Estabelecendo a Política de Manutenção com Base
nos Mecanismos de Falha dos Equipamentos
Eduardo de Santana Seixas
Consultor da Reliasoft Brasil
Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM – Reliability Centred Maintenance) é a aplicação de um método estruturado para estabelecer a melhor estratégia de manutenção para um dado sistema ou equipamento. Esta começa identificando a funcionalidade ou desempenho requerido pelo equipamento no seu contexto operacional, identifica os modos de falha e as causas prováveis e então detalha os efeitos e conseqüências da falha. Isto permite avaliar a criticidade das falhas e onde podemos identificar conseqüências significantes que afetam a segurança, a disponibilidade ou custo. A metodologia permite selecionar as tarefas adequadas de manutenção direcionadas para os modos de falha identificados.
As estratégias de manutenção em vez de serem aplicadas independentemente são integradas para tirarmos vantagens de seus pontos fortes de modo a otimizar a operacionalidade e eficiência da instalação e dos equipamentos, enquanto minimizamos o custo do ciclo de vida.
RCMReativaPreventivaPreditivaProativa- Pequenos itens- Não críticos- Sem conseqüência- Improvável defalhar- Redundantes- Sujeito a desgaste- Modelo de falhaconhecido- Vida útil definida- Modelo de falharandômica- Não sujeitos adesgaste- Falhas induzidaspela MP- RCFA- FMEA/FMECA- FTA- Teoria daRenovação (RT)- Exploração daIdade (AE)
Fig. 1 – Componentes de um Programa de RCM
Histórico
A análise das políticas de manutenção na indústria da aviação civil na década de 60 e no início dos anos 70 conduziu ao desenvolvimento dos conceitos da Manutenção Centrada na Confiabilidade . Os princípios e aplicações da RCM foram documentados na publicação de Nowlan and Heap intitulada “Manutenção Centrada na Confiabilidade”. O trabalho demonstrou que a forte correlação entre idade (tempo) e falha não existia e a premissa básica da manutenção com base no tempo (manutenção preventiva sistemática) era falsa para a grande maioria dos equipamentos.
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Característica das Falhas
A curva da taxa de falhas cai em seis tipos básicos (eixo vertical – taxa de falhas e eixo horizontal – tempo). A percentagem de equipamentos, de acordo com os seis modelos apresentados abaixo, foi determinada em quatro estudos: UAL- United Air Lines, BROMBERG, US NAVY (Navio) e US NAVY (Submarino).
AEDCBF4%2%5%7%14%68%3%1%4%11%15%66%UAL1968BROMBERG1973TempoTempo3%17%3%6%42%29%U.S. NAVY1982 (Navio)Tempo2%10%17%9%56%6%U.S. NAVY2001 (Submarino)Tempo
Fig. 2 – Taxa da Falha versus Tempo
As curvas A e B são típicas de pequenas peças e itens simples tais como pneus, lâminas de compressores, sapatas de freio e partes estruturais. Itens mais complexos têm as curvas de probabilidade condicional dos tipos C, D, E e F.
Aplicando a Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM)
A RCM quando adequadamente conduzida deverá responder a 7 (sete) perguntas:
• 1 - Quais as funções do sistema/equipamento e os padrões de desempenho associados?
• 2 - Como o sistema pode falhar ao realizar essas funções?
• 3 - O que pode causar a falha funcional?
• 4 - O que acontece quando uma falha ocorre?
• 5 - Quais podem ser as conseqüências quando da ocorrência da falha?
• 6 - O que pode ser feito para detectar e prevenir a ocorrência da falha?
• 7 - O que deverá ser feito se uma tarefa de manutenção não pode
ser identificada?
Basicamente, as seguintes ferramentas e áreas de conhecimento são empregadas para desempenhar a análise da RCM.
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• FMEA / FMECA (Modos de Falha e Análise dos Efeitos / Modos de Falha, Efeito e Análise da Criticidade). Esta ferramenta analítica ajuda a responder as perguntas de 1 a 5.
• Fluxo do Diagrama de Decisão da RCM. Este diagrama auxilia na resposta das perguntas 6 e 7.
• Projeto, engenharia e conhecimento operacional do equipamento.
• Técnicas de monitoramento da condição.
• Tomada de decisão com base no risco, isto é: a freqüência e conseqüência de uma falha em termos do impacto sobre a segurança, ambiente e operações.
Documentação e implementação são os passos finais para formalizar este processo e os seguintes pontos devem ser considerados:
• Análise e tomada de decisão
• Melhoramento contínuo com base na experiência da manutenção e operação.
• Auditoria clara dos caminhos das ações tomadas pela manutenção e maneiras de melhorá-las.
Uma vez que esteja documentado e implementado, este processo será um sistema efetivo para assegurar operações confiáveis e seguras de um sistema ou equipamento.
Hierarquização de um Sistema
Um ponto básico para a análise da RCM é a hierarquização do sistema a ser analisado, ou seja, a identificação do sistema, subsistema, item, componente e peça.
Sub. Compartimento doMotoristaSubsistema MotorSubsistema Painel PrincipalSub. Aliment. de CombustívelSubsistema LubrificaçãoSub. Transmissão e DireçãoSubsistema FreioSubsistema ElétricoSubsistema RefrigeraçãoSubsistema Proteção QBNSubsistema Combate a IncêndioSubsistema Trem deRolamento e SuspensãoSubsistema AquecimentoSubsistema Alimentação de ArSub. Hidráulico de MergulhoVBCLeopard I A1SistemaChassiBloco, Camisa,Árvore deManivelas,Bielas,Casquilhos,Pistão, Cárter, ....Bomba Injetora,Tubulações,Filtro Principal,Regulador daBomba, ... .Reservatório,Bomba, Válvulas,Acumuladores,Cilindro Mestre,Mangueiras eSensoresAssento,Escotilhas eControlesPolia Tensora,Parafuso deRegulagem,Braço da Roda,Amortecedores,Rodas de Apoio,Lagarta, Rodetesde Apoio, MolaEvoluta e PoliaMotora.Bomba comAcumuladorHidráulico,Tampas deFechamento,Válvulas, Bombade Ar e Bombado PorãoConjunto
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