SOCRATES E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O PENSAMENTO FILOSÓFICO
Por: lena.odb • 3/12/2018 • Trabalho acadêmico • 1.095 Palavras (5 Páginas) • 206 Visualizações
Sócrates nasceu em Atenas no ano de 470 a.C. e faleceu 399 a.C. Fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Era filho de um escultor e de uma parteira. Foi soldado, escultor, senador e filosofo. Homem feito chamava atenção não só pela sua inteligência, mas também pela estranheza de sua figura e seus hábitos, corpulento, baixo, nariz chato, olhos saltados, vestes rotas, pés descalços, vagava pelas ruas de Atenas e costumava passar horas, mergulhado em seus pensamentos. Quando não estava meditando solitário, conversava com seus discípulos, procurando ajudá-los na busca da verdade.
Dotado de sabedoria e inteligência tinha como principal transmissão o conhecimento e o seu diálogo com a missão de ajudar as pessoas a descobrir nelas mesmas o conhecimento que conduziriam as virtudes. A esse processo deu o nome de Maiêutica (do grego – arte de trazer à luz), fazendo com que as pessoas com quem tinha contato, elaborassem suas próprias idéias e conceitos, trazendo-lhes, segundo ele, a liberdade e a noção do que é realmente necessária à vida do homem, a sabedoria.
Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza, da alma humana, questionando o que é a essência do homem? A sabedoria passa a ter como objeto de pesquisa o homem, a sabedoria humana é o quanto o ser pode saber sobre si próprio, ou seja, o homem é a sua alma - psyché, por quanto é a sua alma que o distingue de qualquer outra coisa, dando-lhe, em virtude de sua história, uma personalidade única. O corpo tem que ser um instrumento da alma, da sabedoria, segundo ele conhecer a si mesmo é conhecer a própria alma. Defendia que a alma se apresenta como uma substância específica imaterial, não composta e essencialmente distinta do corpo material. Evidentemente, se a essência do homem é a alma, cuidar de si mesmo implica em cuidar da própria alma mais do que do corpo.
Ele não cobrava dinheiro por seus ensinamentos diferentemente dos Sofistas que cobravam pelos seus ensinamentos para tirar proveito para si.
Sócrates procurava de alguma forma indagar os cidadãos atenienses a respeito das virtudes, sua essência, valor, obrigação As questões socráticas podem ser consideradas como fundamento da ética ou filosofia moral porque procuram definir o campo no qual os valores morais podem ser estabelecidos além de tentar encontrar seu ponto de partida que, para ele, é a própria consciência do agente moral. Deste modo, o sujeito ético é aquele que sabe o que faz, conhece as causas, os fins de sua ação e a essência dos valores morais.
“Só sei que nada sei”, é uma das frases mais conhecidas e talvez a mais pronunciada do filósofo grego que guarda nas suas entrelinhas uma disposição moral digna de reflexão. A pior dar ignorâncias é aquela que acredita saber o que na realidade nada sabe. Concretamente, é fato que se torna muito difícil estabelecer qualquer tipo de diálogo com pessoas que acreditam saber de tudo.
A profunda concepção de liberdade e pensamento fazia com que o referido filósofo questionasse tudo, das leis humanas aos deuses, dos dogmas aos costumes e isso lhe trouxe a reputação de corruptor da juventude ateniense, pelo fato de fazer com que os jovens refletissem mais sobre a vida e os valores tidos como certos. Tal comportamento era inaceitável para a aristocracia da época, por isso, foi preso e julgado por um júri que reunia todos aqueles políticos cuja hipocrisia denunciara nas praças públicas. Os juízes o consideraram culpado e mesmo diante do tribunal e da certeza de sua condenação, ele manteve a postura de quem não teme nada, consciente de sua própria consciência, de que nada fez que merecesse a condenação. Quando lhe perguntaram qual deveria ser a sua punição, ele sorriu sarcasticamente e disse: “pelo que fiz por vós e pela vossa cidade, mereço ser sustentado
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