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Pensamentos de grandes софистов: Socrátes, Platão, Xenofonte, Aristóteles

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Por:   •  29/10/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.483 Palavras (6 Páginas)  •  473 Visualizações

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. OS SOFISTAS

Os sofistas - primeiros filósofos do período socrático - adotavam essa educação, substituindo a educação antiga dos poetas. Os sofistas mais importantes foram: Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e Isócrates de Atenas.

A palavra sofista deriva do grego sophistés, com o sentido original de habilidade específica em algum setor, ou homem que detém um determinado saber (do grego sóphos, «saber, sabedoria»).

A partir do século V a.C. surgiram os professores itinerantes de gramática, eloquência e retórica, que ofereciam seus conhecimentos para educar os jovens na prática do debate público. A educação tradicional era insuficiente para preparar o cidadão para a discussão política. Era preciso o domínio da linguagem e de flexibilidade e agudeza dialética para derrotar os adversários.

Apresentavam-se como mestres de oratória ou de retórica, afirmando ser possível ensinar aos jovens tal arte para que fossem bons cidadãos. Diziam que os ensinamentos dos filósofos cosmologistas estavam repletos de erros e contradições e que não tinham utilidade para a vida da polis.

Que arte era esta? A arte da persuasão. Os sofistas ensinavam técnicas de persuasão para os jovens, que aprendiam a defender a posição ou opinião A, depois a posição ou opinião contrária, não-A, de modo que, numa assembléia, soubessem ter fortes argumentos a favor ou contra uma opinião e ganhassem a discussão.

O êxito desses tutores foi extraordinário. Passaram a ser então designados de sofistas, sábios capazes de elaborar discursos fascinantes, com intenso poder de persuasão. Por outro lado, foram recebidos com hostilidade e desconfiança pelos partidários do antigo regime aristocrático e conservador.

Pensadores como Sócrates, Platão, Xenofonte e Aristóteles passaram a atacar sistematicamente os sofistas. O termo que antes era um elogio adquire um sentido pejorativo: argumento sofístico ou sofisma é o mesmo que falso argumento ou argumento intencionalmente falacioso.

Na peça As Nuvens, Aristófanes diz que o sofista possui a habilidade de pronunciar um discurso justo e um discurso injusto sobre o mesmo tema. No caso de um homicídio, por exemplo, o sofista poderia argumentar com igual brilhantismo como advogado de defesa e como promotor de acusação.

Outro discípulo de Sócrates e contemporâneo de Platão, Xenofonte escreve nos Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates, que os sofistas eram comerciantes da sabedoria, e como tais comparáveis à venalidade da prostituição.

E Aristóteles, na obra Argumentos Sofísticos, acusa os sofistas de «traficantes de uma sabedoria aparente, não real». (Arg. Sof., I, 165a). Como se não bastasse, ainda o mesmo Platão em diálogos como Ménon e Crátilo, dirige aos sofistas as mesmas denúncias de vendedores caros de uma ciência não real, mas aparente.

Como homem de seu tempo, Sócrates, considerado o patrono da Filosofia, concordava com os sofistas em relação:

- à educação antiga do guerreiro belo e bom já não atendia às exigências da sociedade grega:

- aos filósofos cosmologistas, que defendiam idéias tão contrárias entre si que também não eram uma fonte segura para o conhecimento verdadeiro.

Nota: Temos dificuldade para conhecer o pensamento dos grandes sofistas porque eles não deixaram textos. Restaram fragmentos apenas. Temos conhecimento do que eles disseram por meio de seus adversários - Platão, Xenofonte, Aristóteles. Portanto, não temos como saber se estes foram justos com os sofistas. Os historiadores mais recentes consideram os sofistas verdadeiros representantes do espírito democrático, isto é, da pluralidade conflituosa de opiniões e interesses, enquanto seus adversários seriam partidários de uma política aristocrática, na qual somente algumas opiniões e interesses teriam o direito para valer para o restante da sociedade.

3. SÓCRATES

Nasceu em 477 ou 469 a.C., em Atenas, filho de Sofrônico, escultor, e de Fenáreta, parteira. Dedicou-se inteiramente à meditação e ao ensino filosófico, sem recompensa alguma, não obstante sua pobreza. Desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre modelo irrepreensível de bom cidadão. Foi, acima de tudo um autodidata e alcançou a alta cultura ateniense da época.

O filósofo Sócrates, considerado o patrono da Filosofia, rebelou-se contra os sofistas, dizendo que não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade, defendendo qualquer idéia, se isso fosse vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valerem tanto quanto a verdade.

Apesar de ter sido um valioso soldado, manteve-se afastado da vida pública e da política contemporânea, na medida em quês estas não se coadunavam com a postura crítica e ética que defendia. Acreditava que, ao formar cidadãos sábios, honestos, temperados – daria à pátria uma contribuição de valor singular.

3.1. PROPOSTA DE SÓCRATES

Propunha que, antes de querer conhecer a Natureza e persuadir os outros, cada um deveria conhecer-se a si mesmo. A expressão “conhece-te a ti mesmo” que estava gravada no pórtico do templo de Apolo, patrono grego da sabedoria, tornou-se a divisa de Sócrates.

Por fazer do autoconhecimento a condição de todos os outros conhecimentos verdadeiros, é que se diz que o período socrático é antropológico, isto é, voltado para o conhecimento do homem, particularmente de seu espírito e de sua capacidade para conhecer a verdade.

O retrato que a história da Filosofia possui de Sócrates foi traçado por seu mais importante aluno e discípulo, o filósofo ateniense Platão. Nas obras de Platão, temos o pensamento socrático, mas, estas não nos podem dar o preciso retrato histórico do pensamento de Sócrates; na medida em que, o retrato que o discípulo faz do mestre é necessariamente atravessado pela sua leitura. Ainda assim, cabe a Platão o privilégio de ter sido o grande historiador do pensamento de Sócrates.

- A DIFERENÇA

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