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Sala De Espera

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Por:   •  19/1/2015  •  610 Palavras (3 Páginas)  •  443 Visualizações

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trabalho apresenta uma trajetória de mais de um ano e compreende dois momentos distintos, embora contínuos. A primeira parte refere-se a conversas na sala de espera em um Centro de Referencia em Assistência Social (CRAS), de Taboão da Serra (SP). Já a segunda parte refere-se a uma intervenção em uma praça pública do mesmo município. O tema em comum entre elas é o mundo do trabalho. No trabalho em um CRAS buscou-se: compreender o que as pessoas buscavam no CRAS e como era vivida a situação de trabalho/desemprego; trazer elementos dos contextos sociais/históricos/políticos do desemprego problematizando visões que culpabilizavam as pessoas pelo desemprego enfrentado, tendo como base o Projeto Desemprego (Farina, AS & Neves, TFS. Formas de lidar com o desemprego, Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, v.10, n.1, p.21-36, 2008). A partir da constatação de um perfil restrito no CRAS - predominância de mulheres com histórico de serviços de limpeza - passamos a frequentar uma praça pública portando apenas um cartaz de papel cartão com os dizeres “TRABALHO?”, em que esperamos a aproximação das pessoas para perguntar como era seu trabalho e a oferta da região, visando fomentar discussão do tema em espaço público. Esta intervenção teve como base a intervenção fílmica realizada por Miyashiro & Trench (In: Imaginário, n. 16, 2008, p. 211-230).

1. Introdução

A construção de um formato para as atividades no CRAS tiveram início no primeiro semestre de 2010 sob orientação de Tatiana das Neves do Centro de Psicologia Aplicado ao Trabalho (CPAT), no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). O CRAS é uma unidade pública da política de assistência social, de base municipal, integrante do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), localizado em aéreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social. É responsável pela prestação de serviços e programas assistenciais de proteção social básica às famílias e indivíduos e à articulação destes serviços no seu território de abrangência, dentro de uma perspectiva que se propõe a favorecer a autonomia e a cidadania através do desenvolvimento, da justiça e da equidade social (Brasília, 2007).

Após algumas visitas ao CRAS e participação nos grupos de acolhimento e avaliação para inserção no Programa Bolsa-Família (PBF), havíamos pensado em um grupo de trocas para pensarmos juntos a situação do desemprego, a partir da premissa de constituir um trabalho que tivesse como fundamento respeitar a autonomia dos indivíduos, contrariando uma orientação autoritária, assistencialista ou de tutoria. A idéia central era criar um espaço que privilegiasse a experiência do grupo, ou seja, que levasse em conta o coletivo, em que as pessoas pudessem falar, debater sobre questões que fossem relevantes para suas vidas. O objetivo era ser um espaço em que as pessoas pudessem, através de contato com as outras pessoas em situação semelhante, refletir sobre essas questões e conosco construir um espaço de troca, de organização, de articulação, de esclarecimento sobre seus direitos de acordo com a própria perspectiva emancipatória proposta pelo SUAS. Aliado a isso, constatamos, nas reuniões do PBF e conversando com um psicólogo que trabalhava naquela instituição, que ha muitas pessoas que não entram no perfil de recebimento do programa e que

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