Semeador e Ladrilhador e outros textox Questionário
Por: José Roberto de Melo Filho • 20/9/2018 • Resenha • 4.436 Palavras (18 Páginas) • 342 Visualizações
Questionário sobre o texto de Sérgio Buarque de Holanda, “O Semeador e o Ladrilhador”.
1. Por que o autor afirma que a construção de cidade implica numa atitude de domínio e poder?
O autor afirma que para muitas nações conquistadoras a construção de cidades foi o mais decisivo instrumento de dominação que conheceram, pois se tratava do meio específico de criação de orgãos locais de poder. Como exemplo é apresentado o das tribos Miaotse, onde a china urbanizou suas terras como forma de subjugação.
2. Que aspectos você enfatizaria da colonização espanhola a respeito da importância atribuída à construção de cidades?
A coroa espanhola tinha zelo com a fundação de cidades na América. A liberdade para se aventurar nas novas terras logo deu lugar a disciplina imposta pelo estado entre os novos e velhos habitantes apaziguando suas rivalidades e dicussões e canalizando a rude energia dos colonos para o maior proveito da metrópole.
3. Os espanhois, segundo o autor, através de critérios pensados para construção de cidades. Defina quais os aspectos legais porpostos para:
a. Construção de cidades na costa:
Era preciso considerar o abrigo, a profundindade e a capacidade de defesa do porto e, quando possível, que o mar não batesse na parte do sul ou do poente.
b. Construção de cidades no interior:
Não deveria escolher locais demasiados altos, expostos aos ventos e de acesso difícil; nem muito baixos, que costumavam ser enfermiços, mas sim que se achassem a altura mediana, descobertos para os ventos de norte e sul. Se houvessem serras que fossem pela banda do levante e poente. Caso recaísse a escolha sobre localidade a beira de um rio, ficasse ele de modo que, ao sair o sol, desse primeiro na povoação e só depois nas águas.
4. O que significava para você a construção de universidade no início do processo de colonização espanhol?
Significa que a Espanha não planejava que suas colônias fossem apenas de passagem, de forma que não seria preciso ir para longe afim de buscar por ensino, da mesma forma que a colônia possuiria pessoas capazes e ela mesma geraria material intelectual.
5. Caracterize os aspectos proibitivos da colonização portuguesa no Brasil impedindo a fundação de cidades.
Portugal havia proibido a povoação do interior por receio de despovoar a costa brasileira e tratou de só permitir que adentrassem no interior aqueles que tivessem licença e um bom motivo ou que não viessem a trazer problemas. Além disso haviam termos que limitavam o quantos as vilas poderiam se distanciar do litoral.
6. Por que os bandeirantes não contribuíram para a formação de cidades?
Pois eram “puros aventureiros” constribuindo com a formação de cidades apenas quando forçados. Ao fim das expedições voltavam a seus sítios e vilas sem realizar obra colonizadora.
7. Qual o significado da colonização portuguesa no Brasil e por que toda expansão das cidades e urbanização (autonomia comercial, insdustrialização, vida cultural) das mesmas foi evitada conscienciosamente?
Não convinha a construção de grandes obras no Brasil, ao menos quando não produzissem imediatos benefícios. Era rigorosamente proibida, nas possessões ultramarinas, a produção de artigos que pudessem competir com o reino, sendo a colônia sempre dependente do mesmo. Isso implicava no Brasil ser apenas uma colônia extrativista e de passagem, de forma que não importava ao reino investir em urbanização ou expansão.
8. Por que o autor defende que a mentalidade do português (saudosista, abstrato) influenciou na ausência de administração racional e efetiva das cidades no Brasil?
Por preferirem agir por experiências sucessivas, nem sempre coordenadas umas as outras, a traçar de antemão um plano e segui-lo até o fim. Raros os estabelecimentos fundados por eles no Brasil que não tenham mudado uma, duas ou mais vezes de sítio.
QUESTIONÁRIO SOBRE O TEXTO DE GERALDO GOMES SOBRE OS ENGENHOS:
1. Que documentos podem ser considerados importantes para o estudo dos edifícios dos Engenhos em Pernambuco?
Foram os documentos holandeses, o Breve discurso, datado de 1638 e um outro documento de 1640, onde é citado tal texto:
“O Brasil tem todo o necessário à carpintaria; as matas são ricas de várias espécies de madeiras próprias e duráveis tanto para a construção de casas como de navios, faltando apenas ferro, cordoalha, alcatrão, breu, mas, sobretudo, mão-de-obra. Queima-se boa cal e se bem existia pedra (leevenden steen) faz-se muito bom tijolo, cada engenho tem a sua olaria (DUSSEN apud MELLO, 1981, p. 198, grifo nosso).”
2. Que fatores de localização foram considerados importantes para que os engenhos se instalassem na costa?
Conseguir pedras que servissem para a construção dos engenhos nem sempre era fácil em Pernambuco, como mostra o texto a seguir:
“Entre Barra de Jangadas e o cabo de Santo Agostinho desenha-se o litoral em duas enseadas muito abertas separadas entre si pela ponta das Pedras Pretas e orladas de praias holocênicas. De origem igualmente recente são os recifes de arenito calcífero, fossilifero, dispostos em franja que a baixa-mar descobre nas enseadas do Paiva e de Gaibu (ANDRADE, 1984, p.28)”
3. Que constantes foram observadas na lógica da implantação dos engenhos?
A fábrica, insto é, o engenheor propriamente dito, constituído por moenda e caldeiras, está sempre na parte mais baixa do terreno, o que se explica em parte pelo aproveitamente da água para força motriz. Em nível mais elevado está a casa de vivendo do senhor de engenho, o que se deve, provavelmente, à necessidade de domínio visual das atividade manufatureiras. A capela está ora ao mesmo nível da casa de vivenda ou acima dela, o que atesta o seu caráter simbólico. Detodos esses edifícios, o único que parece ter tido uma maior proteção contra o ataque inimígo, índio ou holandês, foi a casa-grande.
4. Como era a defesa das casas-grandes e por que não se considera que era uma proteção contra ataques indígenas?
A defesa das casas-grandes foram citadas da seguinte forma: “ Nesse interim
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