Senso Comum
Seminário: Senso Comum. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: neuracir • 27/9/2014 • Seminário • 523 Palavras (3 Páginas) • 258 Visualizações
O exemplo clássico de procedimento científico das ciências experimentais nos mostra o seguinte: inicialmente há um problema que desafia a inteligência humana, o cientista elabora uma hipótese e estabelece as condições para seu controle, a fim de confirmá-la ou não, porém nem sempre a conclusão é imediata sendo necessário repetir as experiências ou alterar inúmeras vezes às hipóteses. A conclusão é então generalizada, ou seja, considerada válida não só para aquela situação, mas para outras similares. Assim, a ciência, de acordo com o pensamento do senso comum, busca compreender a realidade de maneira racional, descobrindo relações universais e necessárias entre os fenômenos, o que permite prever acontecimentos e, conseqüentemente também agir sobre a natureza. Para tanto, a ciência utiliza métodos rigorosos e atinge um tipo de conhecimento sistemático, preciso e objetivo.
EXEMPLOS > Explicações científicas
Vamos então virar-nos para esta questão. Uma característica notável de muita da informação que adquirimos ao longo da experiência comum é a de que, embora essa informação possa ser suficientemente precisa dentro de certos limites, ela raramente é acompanhada por qualquer explicação que nos diga por que se deram os factos alegados. Deste modo, as sociedades que descobriram os usos da roda habitualmente não sabiam nada sobre forças de fricção, nem sobre as razões que fazem com que os bens colocados em veículos com rodas sejam transportados com mais facilidade do que os bens arrastados pelo chão. Muitas pessoas aprenderam que era aconselhável adubar os seus campos agrícolas, mas poucas se preocuparam com as razões para agir assim. As propriedades medicinais de plantas como a dedaleira foram reconhecidas há séculos, embora habitualmente não se tenha oferecido qualquer explicação das suas virtudes benéficas. Para além disso, quando o "senso comum" tenta dar explicações para os seus factos — como quando se explica o valor da dedaleira como estimulante cardíaco através da semelhança entre a forma da flor e a do coração humano — as explicações carecem frequentemente de testes sobre a sua relevância para os factos.
É o desejo de explicações que sejam ao mesmo tempo sistemáticas e controláveis através de dados factuais que gera a ciência, e é a organização e classificação do conhecimento segundo princípios explicativos que é o objectivo próprio das ciências. Mais especificamente, as ciências procuram descobrir e formular em termos gerais as condições sob as quais ocorrem acontecimentos de vários géneros, sendo as proposições sobre essas condições determinantes as explicações desses acontecimentos. Podem descobrir-se relações regulares que abrangem vastos domínios de factos, de tal forma que com a ajuda de um pequeno número de princípios explicativos pode mostrar-se que um número indefinidamente grande de proposições sobre esses factos constituem um corpo de conhecimento logicamente unificado. Esta unificação assume por vezes a forma de um sistema dedutivo, como acontece na geometria demonstrativa e na ciência da mecânica. Deste modo, através de poucos princípios, como os que foram formulados por Newton, consegue-se mostrar que proposições sobre o movimento da Lua, o comportamento das marés, os percursos de projécteis e a subida
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