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Sistema Capitalista - Efeitos E Causas

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Por:   •  23/10/2014  •  3.662 Palavras (15 Páginas)  •  508 Visualizações

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O sistema capitalista: Efeitos e causas

O sistema capitalista enfrenta um dos maiores dilemas da sociedade em todo seu tempo: não distribui renda de forma justa a todas camadas da sociedade. Nesse sistema, maior parte da renda se concentra na mão dos empregadores, que correspondem a uma pequena parte da sociedade, a grande maioria da população, os trabalhadores, recebem apenas o chamado salário, esse último, na maioria das vezes, apenas suficiente para sua sobrevivência. Desta forma, existe um grande descontentamento da maioria com esse sistema capitalista, uma vez que todo lucro gerado pela produção (através da mão-de-obra) não é repassado para a mesma. Recebem apenas o que o empregador determinou previamente como sendo o seu ordenado, mas e o lucro? Esse irá apenas aos empresários ou detentores privados do capital. Assim percebemos que no sistema capitalista a tendência é que os “pobres” permaneçam onde estão e os mais ricos acumulem cada vez mais riqueza.

Karl Marx

Um dos grandes pensadores de seu tempo, idealizou uma sociedade com uma distribuição de renda justa e equilibrada, economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx, nasceu em 05 de Maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e História. Devido ao seu radicalismo, foi expulso da maior parte dos países europeus. Seu envolvimento com radicais franceses e alemães, no agitado período de 1840, fez com que ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista. Para ele o capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana e defendia a idéia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema, que segundo ele era o maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.

Esse grande revolucionário, que também participou ativamente de organizações clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra “O Capital”, livro publicado em 1867, mas que é citado até os dias de hoje, seu tema principal é a economia. A obra mostra estudos sobre o acúmulo de capital, identificando que o excedente originado pelos trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez mais rica as custas do empobrecimento do proletariado, ou seja, a classe trabalhadora. Com a participação de Engels, Marx escreveu também o “Manifesto Comunista”, que não poupou críticas ao capitalismo.

Até os dias de hoje, as idéias marxistas continuam a influenciar muitos historiadores e cientistas sociais, que aceitando ou não as teorias do pensador alemão, concordam com a idéia que para se compreender uma sociedade deve-se entender primeiramente sua forma de produção.

Karl Marx: suas idéias

Um dos pensadores mais influentes da história, autor de O Capital, Karl Marx, não escreveu para leigos e sim para economistas, o poder e a alta sociedade, uma vez que seu trabalho era embasado cientificamente. Marx defende que o capitalista torna-se mais rico, na mesma medida que consegue explorar a força de trabalho dos outros cada vez mais, impondo assim ao trabalhador a abstinência de todos os outros fatores da vida, como lazer, bem-estar social, cultura, entre outros.

A maior crítica de Marx com relação ao capitalismo é a questão valor- trabalho é a teoria de que os salários tenderiam a um nível de subsistência, socialmente definido. De acordo com a teoria do valor-trabalho, o valor de qualquer bem é determinado pela quantidade de trabalho necessário para produzi-lo. Entretanto, conforme Marx reconhecia, esse valor deve incluir tanto o tempo de trabalho diretamente gasto na produção, quanto o tempo gasto em etapas anteriores ao mesmo, ou seja, o trabalho gasto em fazer as máquinas necessárias à produção. Assim ele propunha: se o trabalho é a origem de todo valor, os trabalhadores recebem todo o valor do produto nacional, como contrapartida de sua contribuição? A resposta é negativa, pois tudo que ele recebe é um baixo salário que representa uma fração do que ele produziu, o restante do valor ele define como mais-valia: ou seja, o lucro.

A mais-valia e a luta de classes

“Trabalhadores de todos os países: Uni-vos!” – Com esse imperativo, Marx inicia sua crítica ao proletariado que lutando em grupos, conquistaria mais espaço no sistema capitalista. Conforme sua visão acumula-se a riqueza na medida que se acumula a miséria – um correspondente ao outro.

Segundo Marx, a exploração do trabalhador não decorre do fato de o patrão ser bom ou mau, mas sim da lógica do sistema: para o empresário vencer a concorrência entre os demais produtores e obter lucros para novos investimentos, ele utiliza-se da mais-valia, que constitui a verdadeira essência do capitalismo. Sem a mais-valia o capitalismo não existe, mas, a exploração do trabalho acabaria por levar, por efeito da tendência decrescente da taxa de lucro, ao colapso do sistema capitalista.

Uma solução para o problema da grande exploração, segundo Marx, seria derrubar do poder o controlador capitalista, os empresários, com uma revolução, uma greve geral, e assim a tão idealizada sociedade comunista, apareceria, uma vez que o Estado desapareceria.

“Através da abolição violenta dos direitos de propriedade, (os trabalhadores) centralizarão todos os meios de produção nas mãos do Estado.”

(Karl Marx)

O socialismo

É um sistema econômico no qual o Estado tem a posse dos meios de produção: capital, edificações e terra. O socialismo em sua teoria é justo e eficaz, já na sua pratica é difícil de funcionar. È um sistema econômico que visa igual distribuição de renda para todas as classes, não permitindo que existam milionários ou miseráveis na sociedade.

Nesse sistema os trabalhadores centralizarão todos os meios de produção nas mãos do Estado. Para os radicais de esquerda, é uma ferramenta crítica á sociedade estabelecida. Para a classe mais rica, o socialismo sugere uma conspiração para arruinar suas riquezas.

Não restam dúvidas que com o socialismo teríamos um sistema econômico mais humano e com melhor distribuição de renda, mas seria muito difícil vivermos numa sociedade em que todos têm o mesmo nível socioeconômico, uma vez que sempre a classe mais rica dependerá da mão-de-obra da classe mais pobre. Os assalariados necessitam de manter-se empregados produzindo o “lucro” para a classe rica, somente com o lucro e crescimento da classe rica, cada vez mais os trabalhadores se manterão ativos na sociedade e crescerá

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