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Sociologia Alemã: A Contribuição De Max Weber

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Por:   •  11/4/2013  •  1.763 Palavras (8 Páginas)  •  6.952 Visualizações

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Sociologia alemã: a contribuição de Max Weber.

Introdução

As transformações sociais e econômicas do século XVII e XVIII vivenciadas em todo o continente europeu influenciaram as preocupações intelectuais de Max Weber. A Alemanha teve o desenvolvimento capitalista e intelectual diferente do restante da Europa, enquanto França e Itália vivenciavam as revoluções burguesas republicanas e industriais a Alemanha permanecia monárquica e agrária.

As sociedades modernas eram formadas a partir de uma profunda diversidade social, o restante do continente europeu em suas teorias políticas, econômicas e sociais buscava a universalidade através dos nacionalismos, do positivismo em relação ao progresso técnico e científico proporcionado pelo sistema capitalista industrial.

A sociedade é analisada sob uma perspectiva histórica e nesse ponto apresentam-se as divergências entre Max Weber e Émile Durkheim, isto é, entre Positivismo e idealismo, cuja principal diferença está em como cada um encara a História.

Essa divergência entre eles estimulou no país o interesse pela história como ciência da integração, da memória e do nacionalismo. O pensamento alemão se volta para a diversidade, enquanto o francês e o inglês, para a universalidade. Devemos distinguir no pensamento alemão, portanto, a preocupação com o estudo da diferença.

Mas, foi Max Weber o grande sistematizador da sociologia na Alemanha.

A sociedade sob uma perspectiva histórica

O contraste entre o positivismo e o idealismo se expressa, entre outros elementos, nas maneiras diferentes como cada uma dessas correntes encara a história.

No positivismo, a idéia era a de lei geral e História universal - processo universal de evolução da sociedade, ou seja, todos os povos de todos os continentes possuem uma História única, linear, apenas em estágios diferentes percebidos pelo método comparativo.

O Idealismo, por sua vez, corrente filosófica de Max Weber, defende as diferenças sociais em cada território ou de uma nação para outra, apresenta-se como gênese (origem) e formação, portanto de História, não de estágios de evolução. A perspectiva respeita o caráter particular e específico de cada formação social e histórica.

Essa forma de pensar do positivismo faz desaparecer as particularidades históricas, e os indivíduos são dissolvidos em meio a forças sociais impositivas.

Para Weber, a pesquisa histórica é essencial para a compreensão das sociedades. Essa pesquisa, baseada na coleta de documentos e nos esforços interpretativos das fontes, permite o entendimento das diferenças sociais, que seriam de gênese e formação, e não de estágios de evolução.

O caráter particular e específico de cada formação social e histórica contemporânea deve ser respeitado. O conhecimento histórico, entendido como a busca de evidências, torna-se um poderoso instrumento para o cientista social.

Weber consegue combinar duas perspectivas: a história, que respeita as particularidades de cada sociedade, e a sociológica, que ressalta os elementos mais gerais de cada fase do processo histórico.

Max Weber, entretanto, não achava que uma sucessão de fatos históricos fizesse sentido por si mesmo. O método compreensivo é um esforço interativo do passado e de sua repercussão nas características peculiares das sociedades contemporâneas.

A ação social: uma ação com sentido

Ação Social entende-se a conduta humana (ato, omissão, permissão) dotada de sentido, ou seja, de uma justificativa elaborada subjetivamente, isto é, um significado subjetivo dado de forma racional ou irracional por quem o executa, o qual orienta seu próprio comportamento, tendo em vista a ação – passada, presente ou futura – de outro ou outros.

Assim, o homem passou a ter, enquanto indivíduo, na teoria weberiana, significado e especificidade. E ele que dá sentido à ação social, estabelece a conexão entre o motivo da ação, a ação propriamente dita e seus efeitos.

A conexão entre motivo e ações sociais revela as diversas instâncias da ação social: política, econômica ou religiosa. As ações variam em grau de racionalidade: à medida que se afastam dos costumes e afetos elas são mais racionais.

Max Weber elaborou um quadro de tipos “puros” de ação social:

1. I. Ação racional com relação a fins;

2. II. Ação racional com relação a valores;

3. III. Ação tradicional;

4. IV. Ação afetiva.

A tarefa do cientista

O cientista, como todo indivíduo em ação, age guiado por seus motivos, sua cultura e suas tradições. Isto indica que o cientista parte de sua subjetividade para realizar uma pesquisa social.

As preocupações do cientista orientam a seleção e a relação entre os elementos da realidade a ser analisada. Os fatos sociais não são coisas, mas acontecimentos que o cientista percebe e cujas causas procura desvendar. A neutralidade durkheiminiana se torna impossível nessa visão.

Ao iniciar o estudo vem a busca da objetividade, a neutralidade é buscada para dificultar a defesa das crenças e das idéias pessoais e assim poder analisar o objeto de estudo a partir dos nexos causais que ele apresenta e não daquilo que o estudioso queira encontrar. Entretanto, uma vez iniciado o estudo, este deve se conduzir pela busca da maior objetividade na análise dos acontecimentos. Para a sociologia weberiana, os acontecimentos que integram o social têm origem nos indivíduos.

Cabe ao cientista compreender, buscar os nexos causais que dêem o sentido da ação social, isto é, compreender que os acontecimentos começam nos indivíduos. Ao fazer isso, o pesquisador contribui para o conhecimento não do todo social, mas de uma parte dele, pois uma teoria é sempre uma explicação parcial da realidade. Assim, um acontecimento pode ter causas econômicas, políticas e religiosas. Nenhuma dessas causas é superior a outra em significância. Todas elas compõem um conjunto de aspectos da realidade que se manifesta, necessariamente, nos atos individuais.

O que garante a cientificidade de uma explicação é o método de reflexão e os conceitos escolhidos para guiar a pesquisa, não a objetividade pura dos fatos. Sendo assim, a análise social envolve sempre qualidade, interpretação, subjetividade e compreensão.

Para entender como a ética protestante

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