Surgimento Do Serviço Social
Trabalho Escolar: Surgimento Do Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JamileJN • 19/5/2013 • 2.420 Palavras (10 Páginas) • 1.724 Visualizações
SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL NA EUROPA, ESTADOS UNIDOS E BRASIL
INTRODUÇÃO
a finalidade deste trabalho é abordar sobre o surgimento do serviço social no Brasil, Estados Unidos e Europa, bem como sua trajetória.
A institucionalização do Serviço Social no Brasil, como profissão, está ligada a circunstâncias históricas concretas: o contexto do desenvolvimento capitalista europeu e norte-americano, o agravamento da questão social em fins do século dezenove e os conseqüentes embates políticos, ideológicos e sociais. Os pioneiros do Serviço Social estavam ligados, em geral, às instituições assistenciais e a grupos cristãos (católicos ou protestantes), partidários da reforma social.
A profissionalização do voluntário da assistência se inseria no processo da divisão social do trabalho, numa fase do desenvolvimento capitalista, em que se tornavam necessárias medidas mais efetivas de preservação da ordem social e do próprio sistema. O Serviço Social surgia como uma dessas medidas, mas situado num complexo mais amplo de implementação de políticas sociais pelo “Estado capitalista”.
O Serviço Social é uma profissão que surge no seio da Igreja Católica, que teve sua base teórica os conceitos morais, confessional do Neotomismo, em meio a uma conjuntura sócio-histórica e contexto institucional, tem hoje em sua fundamentação teórica e prática o método dialético de Karl Marx. Para entender todo esse processo de renovação crítica do Serviço Social se faz necessário pontuarmos a denuncia do conservadorismo profissional, iniciada ainda na década de 1960 e desenvolvida nas décadas de 1970 a 1980, sob a influência do Movimento de Reconceituação do Serviço Social Latino Americano, contextualizando a conjuntura histórica da época no mundo e principalmente na América latina.
A emergência e institucionalização do Serviço Social como especialização do trabalho ocorre nos anos 20 e 30, sob influência católica européia. Com ênfase nas idéias de Mary Richmond e nos fundamentos do Serviço Social de Caso, a técnica está a serviço da doutrina social da Igreja.
O Serviço Social profissional teve suas origens no contexto do desenvolvimento capitalista e do surgimento da questão social.
DESENVOLVIMENTO
A profissão surge no final do século XIX, em 1898, na cidade de Nova York, Estados Unidos. Com a ascensão da sociedade burguesa com o aparecimento de classe sociais, a burguesia (classe social dominante) necessitava de um profissional que cuidasse da área social assistindo a classe proletária. Dessa forma, a classe dominante exerceria um certo controle sobre os proletários. No momento, não existia uma metodologia ou teoria acerca da profissão ou o que era a mesma.
Mas no Brasil é por volta de 1936, quando se iniciou o processo de industrialização intensa e urbanização no país, como parte das estratégias do Estado, para atender às demandas da questão social, via execução direta das políticas sociais. A emergência da profissão encontra-se relacionada também à articulação dos poderes dominantes (burguesia industrial, Igreja Católica e Estado Varguista) à época, com o objetivo de controlar as insatisfações e pauperismo populares, advindos da relação capital x trabalho.
Com o passar do tempo a profissão foi se estruturando, chegando hoje a uma profissão com teorias, metodologias. Atualmente o serviço social se tornou uma profissão interventiva que busca diminuir as disparidades sociais.
O Serviço Social surgiu na década de 1930, num momento de grandes transformações na sociedade brasileira. Até 1930, o País se caracterizava por uma economia agrária exportadora.
As transformações na estrutura econômica e política do País foram aceleradas com a Revolução de 30 e permitiram uma intensificação no processo de industrialização nacional. A classe operária começava apenas a se organizar para reivindicar melhores condições de vida e de trabalho.
O primeiro núcleo de Serviço Social brasileiro foi fundado em 1932, em São Paulo, onde se concentrava a maior parte do parque industrial nacional e, logo depois, em 1936, surgiram às primeiras experiências do Rio de Janeiro (LIMA, 1982). Aos primeiros assistentes sociais brasileiros coube a tarefa de batalhar pela criação de instituições sociais, organizar e racionalizar a assistência, construir uma profissão e preparar os novos profissionais. Tudo devia ser iniciado e desenvolvido ao mesmo tempo, seguindo um modelo importado do estrangeiro, o que era, aliás, uma das características da sociedade brasileira, historicamente dependente de países hegemônicos, tanto no domínio econômico, como no tecnológico, científico e cultural.
A emergência e institucionalização do Serviço Social como especialização do trabalho ocorre nos anos 20 e 30, sob influência católica européia. Com ênfase nas idéias de Mary Richmond e nos fundamentos do Serviço Social de Caso, a técnica está a serviço da doutrina social da Igreja.
A profissão de assistente social surgiu no Brasil na década de 1930. O curso superior de Serviço Social foi oficializado no país pela lei nº 1889 de 1953. Em 27 de agosto de 1957, a Lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15 de maio de 1962, regulamentou a profissão. Em virtude das mudanças ocorridas na sociedade e no seio da categoria um novo aparato jurídico se fez necessário de forma a expressar os avanços da profissão e o rompimento com a perspectiva conservadora. Hoje a profissão encontra-se regulamentada pela Lei 8662 de 07 de junho de 1993 que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e Conselhos Regionais. E, fundamentalmente, definem em seus artigos 4º e 5º, respectivamente, competência e atribuições privativas do assistente social.
Nos anos 40 e 50 o Serviço Social brasileiro recebe influência norte-americana. Marcado pelo tecnicismo, bebe na fonte da psicanálise, bem como da sociologia de base positivista e funcionalista/sistêmica. Sua ênfase está na idéia de ajustamento e de ajuda psico-social. Neste período há o início das práticas de Organização e Desenvolvimento de Comunidade, além do desenvolvimento das peculiares abordagens individuais e grupais. Com supervalorização da técnica, considerada autônoma e como um fim em si mesmo, e com base na defesa da neutralidade científica, a profissão se desenvolve através do “Serviço Social de Caso”, “Serviço Social de Grupo” e “Serviço Social de Comunidade”.
As décadas de 1950 e 1960 sinalizaram um impulso das bases científicas da formação profissional no Brasil, marcada por uma perspectiva
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