Trabalho Final Sociologia
Por: lauramq • 16/1/2016 • Trabalho acadêmico • 1.072 Palavras (5 Páginas) • 628 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM[pic 1]
FACULDADE DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA QUÍMICA
LAURA MARQUES
21100444
TRABALHO FINAL DE SOCIOLOGIA DO TRABALHO E ÉTICA
PROFESSORA CARLA DENISE MOURA FERNANDES
Manaus, 2015
O trabalho nos Tempos Modernos
O trabalho é uma atividade que existe desde o início dos tempos. Ele se fez necessário desde o surgimento das primeiras formas de vida. Os homens da caverna precisavam trabalhar durante o dia para conseguir alimento e também porque tinham que adaptar os lugares mais seguros que encontravam para servir-lhes de abrigo. Os animais tinham como trabalho a caça, noturna para alguns e diurna para outros.
Durante muito tempo, o trabalho foi realizado apenas para atender às necessidades fisiológicas dos seres que dele se utilizavam, como alimentação e moradia, porém, com o passar do tempo, as necessidades sofreram mudanças e, como normalmente se diz, “evoluíram”. As atividades passaram então a não somente satisfazer necessidades básicas, mas também oferecer luxo e divertimento. Surgiram, então, novas formas de organização de trabalho.
No Brasil, inicialmente havia apenas populações indígenas, as quais utilizavam o trabalho para satisfazer necessidades básicas da comunidade, sem se preocupar em desenvolvimento ou produção maior do que a demanda. Com a chegada dos colonizadores esse quadro começou a mudar gradativamente. a extração de madeira e minérios começou a ser realizada em escala de exportação, para que gerasse lucro para Coroa.
Nos tempos atuais, a forma de trabalho é muito diferente daquela que se utilizava no início das civilizações, hoje a preocupação visa o lucro que se pode conseguir, sendo este o fator determinante para a realização de qualquer atividade, principalmente a industrial. O Capitalismo instaurou-se na sociedade, ganhando muitos adeptos, principalmente pela ganância que este sistema alimenta e pelo sucesso que ele promete. As pessoas se sentem confiantes no Capitalismo justamente pelas promessas que ele faz, de que todos têm condições de alcançar êxitos em suas metas ou de alcançar postos de grande poder. O grande problema deste sistema é que ele tem como requisito para a felicidade algo que não pode ser gerado pelo próprio indivíduo, como sentimento e outros valores subjetivos, o requisito principal é o dinheiro, algo que nem todas as pessoas têm a sorte de trazer consigo de berço e depende de muitos fatores externos para se conseguir. Muito pelo contrário, a maioria das pessoas faz parte do grupo visto como “fracasso” por não atender às especificidades tão rigorosas do Capitalismo.
No filme Tempos Modernos, estrelado pelo brilhante Charles Chaplin, essa realidade imposta pelo Capitalismo se faz bem clara quando podemos acompanhar a vida do personagem principal, Carlitos, um homem sem dinheiro, sem lugar para morar, apenas com muita garra para continuar lutando por sua própria vida, um “pobre coitado”. Inicialmente, ele trabalha em uma fabrica, onde sua função é apertar parafusos e vê-se o presidente da empresa, que é quem coordena a produção, através de câmeras e alto-falantes, sentado no conforto da sua sala, enquanto monta quebra-cabeças e é servido pelos funcionários. Outra cena chocante, ainda que misturada a muito humor por Chaplin, é a cena em que o presidente deseja testar uma máquina que serve comida sem que a pessoa precise parar o que está fazendo para comer, visando assim ganhar lucro retirando o horário de almoço dos funcionários; ele chama Carlitos e testa a máquina nele, sem nem ao menos explicar o propósito da máquina. Nestes momentos que se passam dentro da fábrica, podemos observar claramente a falta de ética, quando o chefe se diverte no horário de trabalho e usa o funcionário para testar equipamentos novos, sem nem ao menos dar uma explicação do que iria ocorrer, e ainda mais quando a máquina apresenta um problema técnico e começa a machucar o personagem principal. Posteriormente, Carlitos tem um surto decorrente de depressão causada pela ansiedade do ambiente de trabalho e é levado para uma clínica onde passa um tempo em tratamento, uma crítica explícita às condições de trabalho na Revolução Industrial, que desumanizavam o trabalho e acabava por gerar consequência desastrosas nos operários.
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