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Trabalho Sobre Cheque

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Por:   •  2/4/2014  •  7.892 Palavras (32 Páginas)  •  585 Visualizações

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SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

JORGIANO DA SILVA BARBOSA

ERICA VERISSÍMO MOREIRA

DANGER PEREIRA DE ARAUJO

FRANCISCA IVANIR FERREIRA

AMILTON JOSE LOPES

ROBERTO LUTIANE

DAVID VIEIRA

CHEQUE, TEORIA E PRATICA

DIREITO DO EMPRESARIAL II

Fortaleza, 11 de maio de 2010

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por finalidade realizar uma analise quanto a doutrina e a jurisprudência sobre o título de crédito cheque; não tendo a pretensão de esgotar o assunto e sim esclarecer o corpo discente sobre o tema deste trabalho, com o objetivo maior de trazer um norte àqueles que estão interessados nos temas que abordam essa cártula tão comum no cotidiano negocial.

O trabalho foi pesquisado em livros disponíveis na biblioteca acadêmica, discutido entre os componentes da equipe, e finalizado com anuência de todos os membros que entendem ser este o melhor que se tem na doutrina, na jurisprudência que pode colaborar para o conhecimento acadêmico, preparando empiricamente para o exercício profissional.

DEFINIÇÃO

A Lei nº 7.357/85 (lei do cheque) não conceitua o cheque, apenas determina os pressupostos e requisitos necessários para que o “título” passe a valer como cheque, e é a partir desses dispositivos que os doutrinadores retiram o seu conceito, a saber:

O cheque é uma ordem de pagamento a vista, em favor próprio ou de terceiros, contra fundos disponíveis em poder de instituição financeira (conhecido como SACADO).

Ou seja, é um título de crédito de modo vinculativo, cuja forma é fixada pelo Banco Central do Brasil, através de um catálogo de documentos – CADOC.

Também é definido como um título causal, sendo que sua causa é a existência de um contrato de depósito de fundos existente entre o sacador e a instituição financeira.

Estes conceitos são semelhantes ao de vários doutrinadores, e tem fulcro nos artigos da Lei do Cheque, principalmente no Art. 32 que dispõe: "O cheque é pagável à vista"; no Art. 1º, inciso II, que determina: "O cheque contém: (...) II – a ordem incondicional de pagar quantia determinada;"; no Art. 3º, que prevê que o cheque deve ser sacado contra um banco ou uma instituição assemelhada; e no Art. 4º, que exige a existência de fundos disponíveis, e nos outros tantos artigos da Lei do Cheque; dessa forma são formulados de forma universal e unitária o conceito de cheque.

Outro aspecto também bastante interessante e que ele tem forma de uma cártula padronizada pelo próprio sacado, para atender a requisitos de segurança, evitando assim a falsificação da cártula.

ORIGEM DO CHEQUE

Para entendermos bem o que é o cheque vamos primeiro falar sobre sua origem, a qual é muito discutida, pois alguns estudiosos procuram as suas raízes na Antiguidade, onde, segundo historiadores, teriam existido ordens de pagamento em favor de terceiros, no Egito, na Grécia e na Roma antiga. Esse pensamento não goza de unanimidade já que existem outros autores que negam que a possibilidade da origem do cheque estar ligada a tais documentos, e reconhecem que, na Idade Média, em razão do aparecimento dos bancos de depósito, teriam surgido ordens de pagamento com algumas características dos cheques atuais, mas não que fosse o cheque como tal conhecemos. Já pensadores mais modernos entendem que, não se pode atribuir a origem do cheque a um único povo e a um determinado instante, pois as características atuais do título derivam de anos e anos de aprimoramento e influências de vários lugares.

De outra forma, a maioria dos autores concorda ao citar a Inglaterra como sendo o provável lugar onde o uso do cheque difundiu-se e tomou impulso, já no Século XVIII, através da prática bancária adotada naquele país. Cabe salientar, que o cheque, naquela época em questão, era confundido com a Letra de Câmbio, e ainda hoje é considerado pelo sistema inglês, como uma “Letra de Câmbio à Vista”, sacada contra um banqueiro; O cheque então foi para a França, onde se destacou da Letra de Câmbio, tomando características próprias com a criação da primeira lei que passou a disciplinar especialmente o cheque, em 14 de junho de 1865.

No Brasil a primeira referência aos cheques é de 1845, com a promulgação do Decreto nº 438/45, que determinava que as instituições financeiras poderiam receber dinheiro de qualquer pessoa e verificariam os pagamentos e as transferências por meio de cautelas destacadas dos talões. Porém a atualmente, no Brasil, vigora a Lei nº 7.357, de 2 de setembro de 1985, a qual surgiu para acabar com os conflitos introduzidos no país pela adesão do Brasil à Convenção de Genebra, que trouxe a dúvida para a comunidade jurídica quanto à aplicação da Legislação Interna (Lei nº 2.591 de 7/8/1912) ou as normas da Lei Uniforme (inserida em nosso direito interno pelo Decreto nº 57.595, de 7 de janeiro de 1966). Essa nova lei é, na verdade, uma consolidação dos princípios da Lei Uniforme sobre o cheque e das leis que anteriormente regularam esse título, principalmente a Lei nº 2.591 de 1912.

REQUISITOS ESSENCIAIS

O cheque deve apresentar os seguintes requisitos, legalmente estabelecidos, a saber:

a) denominação “cheque” deve estar inscrita no título:

Conforme a Lei do Cheque, que em seu Art. 1º, Inciso I, dispõe: “Art. 1º - O cheque contém: (...) I – a denominação “cheque”, inscrita no contexto do título e expressa na língua em que é redigido”.

b) ordem incondicional de pagar quantia determinada:

A Lei 7.357/85 determina que o cheque deve conter "ordem incondicional de pagar quantia determinada". A mesma coisa fala a Lei Uniforme, só que usando outra expressão, a saber: "O mandato puro e simples de pagar quantia determinada."

c) indicação do valor a ser sacado¬¬

deverá estar escrito por extenso e em algarismos.

d) o nome do banco ou da instituição financeira

A qual deve fazer o pagamento mediante

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