UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE A INFLUÊNCIA DAS QUESTÕES SOCIAIS NO CONTEXTO DA ATUALIDADE

UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE A INFLUÊNCIA DAS QUESTÕES SOCIAIS NO CONTEXTO DA ATUALIDADE

UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE A INFLUÊNCIA DAS QUESTÕES SOCIAIS NO CONTEXTO DA ATUALIDADE

Trabalho apresentado ao Curso SERVIÇO SOCIAL da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como Atividade Interdisciplinar com eixo integrador das disciplinas: Sociologia, Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos, Ciência Política e Filosofia.

Orientador: Prof. Marcia Bastos, Giane Albiazzetti, Sergio Goes e Rosane Malvezzi.

ESPLANADA-BA

2013

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 AS EXPRESSOES DA QUESTÃO SOCIAL X SERVIÇO SOCIAL 4

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 8

4 REFERÊNCIAS 9

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo refletir criticamente sobre as refrações da questão social no passado extrapolando no contexto da atualidade.

A questão social foi originada a partir das transformações econômicas, políticas e sociais decorrentes da implantação da industrialização na Europa do século XIX, onde eram originalmente tratadas a partir da tomada de consciência da sociedade, ou pelo menos boa parte da mesma, em relação aos problemas gerados a partir do trabalho urbano que banalizava os direitos dos integrantes de classes sociais mais baixas, e da pauperização como fenômeno social. Na atualidade a questão social é a visão das desigualdades e lutas sociais em suas várias manifestações e todos os segmentos sociais participativos, trabalhadores, desprotegidos, desfavorecidos, todos são heterogêneos;

O profissional do Serviço Social está em ativo convívio diário com as mais amplas expressões da questão social, que é na verdade o eixo de trabalho do mesmo. Encontrando-se com as manifestações mais ríspidas dos processos da questão social em níveis sociais diferenciados, de maneira individual ou coletiva.

2 AS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL X SERVIÇO SOCIAL

O assistente social tem na “questão social” a estrutura de sua fundação enquanto aperfeiçoamento do trabalho; ou seja, tem nela o elemento principal da relação profissional e realidade. Nesta conjuntura, os assistentes sociais são chamados a agir nas relações sociais do dia a dia, procurando sempre à ampliação e realização concreta da aplicação da cidadania garantindo os direitos civis, políticos e sociais aos segmentos menos favorecidos e mais vulneráveis dentro da sociedade (trabalhadores, crianças, adolescentes, idosos, portadores de necessidades especiais, mulheres, negros, homossexuais e suas respectivas famílias) (GARCIA, RAMOS, BONADIO, 2013).

Deve ser pontuado que esta questão por muito tempo esteve relacionada à “disfunção” ou “ameaça” de algumas pessoas à ordem social. Seu reconhecimento deu-se na segunda metade do século XIX, a partir da aparição da classe operária e seu surgimento no cenário político, na luta pelos direitos relacionados ao trabalho e na luta pelo reconhecimento de seus direitos pelos poderes vigentes, em especial pelo Estado. Segundo Iamamoto e Carvalho (2006, p. 77) a expressão “questão social” pode ser considerada como:

A ‘questão social’ não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção, mais além da caridade e da repressão.

A “questão social”, enquanto categoria teórica e problemática histórica destacou-se no cenário europeu em meados do século XIX, quando a classe proletária, então liderada pelas suas forças operárias, impôs-se como um ator político independente e autônomo, lutando e reivindicando soluções para mazelas, tais como pauperismo, fome, péssimas condições de habitação, degradação do espaço urbano, dentre outras tantas. Estamos diante de necessidades sociais prementes sendo transformadas em demanda política coletiva, organizada e consciente dos seus meios e objetivos (MARTINELLI, 2007).

As múltiplas expressões da “questão social” tornam-se um problema a ser enfrentado pelas classes dominantes quando sua outra face, a classe trabalhadora, se organiza em torno de sujeitos coletivos que dão voz ativa, expressão e ação aos interesses dos grupos menos favorecidos, demandando e exigindo reformas no sistema capitalista, ganhos econômicos parciais, plenos direitos de cidadania e, num sentido mais radical, a supressão do capitalismo por uma nova ordem social.

“A “questão social” contemporânea na sociedade mantém a característica de ser uma expressão concreta das contradições e antagonismos presentes nas relações entre classes, e entre estas e os líderes políticos. As relações capital-trabalho, no entanto, não são invariáveis, como tampouco o é a forma de organização do capital e do trabalho: por isso, concordamos com a ideia de que existem novidades nas manifestações imediatas da “questão social”, o que é bem diferente de afirmar que a “questão social”