As desigualdades sociais na atualidade e os problemas causados pelo crescimento do desemprego

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Discussão teórica sobre o tema: As desigualdades sociais na atualidade e os problemas causados pelo crescimento do desemprego.

Trabalho de Prática como componente regular (PCC) – Sociologia_2015

Aluna: Isabela Motta de Lima – RA: 1536458

TERESÓPOLIS 2015

As desigualdades sociais na atualidade e os problemas causados pelo crescimento do desemprego

Os problemas relacionados à desigualdade social e ao desemprego não se apresentam somente na atualidade. Estes são fatos históricos que podem ser analisados a partir da Revolução Industrial séc. XVIII com a migração dos camponeses para os centros urbanos; embora este processo tenha se iniciado em meados do séc. XVI com a expulsão dos camponeses de suas plantações.

O processo de industrialização e a implantação do sistema capitalista trouxeram muitos impactos para a sociedade, principalmente para o homem que foi inserido em um maçante sistema de exploração de sua força de trabalho.

O grande fluxo migratório tornou as áreas urbanas palco de grandes transformações sociais, as multidões passaram a viver na miserabilidade, habitavam porões sem ventilação, sem esgotos e sofriam doenças epidêmicas. As mulheres e crianças eram submetidas às intensas jornadas de trabalho. Culminando em uma nova classe de trabalhadores empobrecidos, trabalhando árduo, objetivando produzir lucros para a burguesia.

A urbanização e industrialização trouxeram com si expressões da questão social, como por exemplo, a criminalidade, a violência com o surgimento de delinqüentes, o alcoolismo, as favelas, além de profundas transformações na estrutura institucional, cultural, política e social.

A implantação do capitalismo tornou a vida em sociedade altamente complexa, pois em seu bojo estão presentes duas classes sociais distintas: o trabalhador e o empresário, ambos com interesses antagônicos.

Através do pensamento sociológico é possível lançar a compreensão dos problemas sociais presentes na atualidade. Grandes autores que viveram no passado contribuíram com teorias sociais das quais podemos perfeitamente relacioná-las com os problemas da sociedade contemporânea. Como por exemplo, podemos citar o pensador Francês Émile Durkheim que viveu em uma época de grandes crises econômicas e sociais que causavam desemprego e miséria entre os trabalhadores. Em suas teses já mencionava questões como o desemprego, criminalidade, condutas morais e coletivas buscando explicar tais fenômenos através da Teoria dos Fatos Sociais.

Assim como Karl Marx que através do seu materialismo histórico e dialético já buscava esclarecer as bases sociais sobre as quais se assentam as desigualdades e as lutas de classes.

 Hoje, vivemos os impactos provocados pelo sistema Capitalista que visa o lucro, o consumismo exagerado e o crescente processo de globalização que atinge todos os níveis da vida humana. Assim como a expansão do mercado e das multinacionais que ao mesmo tempo geram transformações positivas com a integração de regiões, desintegram outras formando uma nova classe: a elite da globalização x os excluídos da globalização.

A falta de acesso a recursos como informação, conhecimento e tecnologia dificulta a capacidade de enfrentar as situações inerentes à própria vida e o desenvolvimento econômico da cidade, o que afeta a vida das populações. Excluídos, desvalorizados e esquecidos pelo capital, são também abandonados pelo poder público, tornam-se uma população vulnerável, se inserem precariamente no espaço urbano, em locais sem infraestrutura, sem oportunidades de trabalho e de condições de vida. Formam “territórios de risco” que alimentam o ciclo vicioso da “imobilidade social”.

A ausência de políticas (públicas e privadas) que ofereçam as estruturas de oportunidades e o acesso aos ativos, como informação, formação profissional, formação de renda e trabalho, educação, saúde, exercício da cidadania, direitos sociais, pode ser apontada como um dos indicadores de vulnerabilidade.

Outro ponto a ser destacado são as crises econômicas que possuem efeitos devastadores que provocam o desemprego e transforma-se numa variável estrutural que, para além de representar por si só um grave problema social, pode induzir novas relações com outras dimensões sociais e econômicas, designadamente com a pobreza e a desigualdade. O desemprego representa uma situação de redução de rendimento disponível dos indivíduos e respectivos agregados familiares.