DIREITOS SOCIAIS - CONTEXTO ATUAL
Pesquisas Acadêmicas: DIREITOS SOCIAIS - CONTEXTO ATUAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mauriciofirmino • 9/9/2013 • 3.308 Palavras (14 Páginas) • 623 Visualizações
DIREITO CONSTITUCIONAL II
PROFESSOR : ALEXSANDRO NASCIMENTO DA COSTA
“[...] o lugar
onde seguramente se acha
a Cristo é onde está sua Mãe”
(Padre Antônio Vieira)*
*extraído da internet em tese inerente ao assunto
DIREITOS SOCIAIS – CONTEXTO ATUAL
INTRODUÇÃO
Munido dos meus parcos conhecimentos, mas mercê da determinação emanada do insigne professor para consignar de forma acadêmica em palavras, pensamentos sobre temas constitucionais, rendo-me à minha posição de aluno e atrevo-me a escrever sobre o tema DIREITOS SOCIAIS.
O tema a ser abordado trata dos “ direitos de conteúdo econômico-social que visam melhorar as condições de vida e de trabalho para todos. São prestações positivas –negativas - do Estado em prol dos menos favorecido e dos setores economicamente mais fracos da sociedade” (SINOPSES JURÍDICAS 17 – TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO E DIREITOS FUNDAMENTAIS, Rodrigo César Rebello Pinho, pgs. 167, 169 e 170).
Conforme a clássica e exemplar classificação do renomado doutrinador constitucionalista, José Afonso da Silva, desdobram-se os direitos sociais em :
”a)... relativos ao trabalhador(arts. 7ºao 11);
b)...relativos à seguridade social, abrangendo direitos à saúde, à previdência social e à assistência social(arts. 93 a 204);
c)...relativos à educação, à cultura e ao esprte(arts. 205 a 217);
d)..relativos á família, à criança, ao adolescente, ao idoso e às pessoas portadoras de deficiência(arts. 226 a 230).
BRASIL - ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO/CONTROVÉRSIAS
A célebre frase de Abraham Lincoln conceituando Democracia “governo do povo, pelo povo e para o povo”, repetida recentemente pelo Professor em sala de aula, traduz o que existe de mais puro em conceito deste regime, que incorpora em suas matizes básicas e práticas: a liberdade, a igualdade e a fraternidade.
A nossa Carta atual, é tida e o é, ao menos no papel, a “Constituição Cidadã”, a qual prevê mais claramente os direitos sociais, iniciados em Cartas anteriores e histórica e timidamente percorridos no decorrer do tempo.
No entanto, dentre os entes constitutivos da vida em sociedade - Estado e povo - o fomentador de tais direito e cumpridor por dever institucional – o Estado – é o protagonista ausente da obra. Ora, se a sociedade contemporânea é socialmente perturbada, refém de um Estado detentor de um regime capitalista selvagem; este mesmo Estado perdeu-se no cumprimento do seu mister constitucional, deixando prosperar uma lacuna, onde permeia-se a prevalência da vontade dos mais fortes política e economicamente falando prevalecendo sobre a tênue vontade de muitos – a do povo - esquecida e a mercê da sorte.
Bem, mas estamos numa República, sistema que permite a alternância do poder e quem escolhe os seus mandatários ou seus legítimos representantes é o POVO. Na prática, para não dizer ser isto uma “falácia”, digamos que não funciona, motivado por anomalias políticas.
A atuação do Estado não tem consonância com a autonomia das vontades individuais, o que não convém com uma realidade democrática. O ente maior não atende consoante o erário público, as necessidades mais prementes da sociedade, descumprindo o seu papel precípuo e que remonta de épocas da sua necessária criação. Imiscui-se com instituiçoes retrógradas; com práticas políticas nefastas e com o poder econômico clássico, configurando-se um Estado com formatação antiga e inadequada.
Assim, sendo reféns do capitalismo, engulimos “goela abaixo”, a relação Estado-Governo-Poder e sua precária interaçào com o povo; mais ainda, sua dificuldade de conviver com as desigualdades sociais e problemas hodiernos advindos da escolha pelo modelo econômico vigente.
Pior ainda, se as conquistas sociais consagradas na Carta Magna não têm execução plena ou o respeito devido, a perda é debito do povo. Senão vejamos, a CF, em seu artigos 3º - fundamentos - 6º - direitos básicos – e 7º - especificação das conquistas trabalhistas, define bem a participação do Estado nas relações de âmbito coletivo; a questão é que sejam protegidas e passíveis de consecução prática, a despeito das opções político-econômicas adotadas pelo mesmo.
O PAPEL DO ESTADO NAS QUESTÕES SOCIAIS
Portanto, o paradigma a ser vencido encontra-se na geração de problemas sociais naturais de um modelo político neoliberal e o regime econômico concentrado no capital, eivado de desigualdades e estratificação social de longa amplitude, que vai da miséria ao cume restrito de poucos privilegiados, passando por camadas bastante diversificadas. Isto dificulta a ação genérica do Estado de conceder e proteger o cidadão em seus direitos sociais. Ainda mercê da situação de um país capitalista emergente, funciona uma máquina estatal de estrutura logística deficiente e ineficiente.
Ademais a resistência das forças conservadoras – capitalistas neoliberais - pós-conquistas constitucionais no âmbito social juntam-se às dificuldades que entravam a sua aplicabilidade. Na esteira dessa oposição dos avanços sociais encontramos dos cortes orçamentários a plataformas políticas de reação “lobista” e orquestrada.
Na esfera privada, “tubarões”, amantes do capital, em seu lado monstruoso – exceções à parte - burlam constantemente princípios e normas constitucionais e/ou infralegais, fugindo do controle e fiscalização do Estado ou contando com a sua conivência, para imputar aos trabalhadores situações de desrespeito ao princípio maior, o da dignidade humana. Esses, exclusos os excludentes, não merecem respeito e tão somente os rigores da Lei.
Ora, mas foi na área trabalhista que historicamente obtivemos as maiores conquistas – embora atrasados, porquanto já no século 18, a célebre Revolução Francesa estabeleceu os ditames da livre, igual e fraterna convivência Povo e Poder. No entanto, para quem já era espoliado desde a colonização, foi um grande avanço. Ocorre que a máquina estatal esteve sempre atrás dos avanços das grandes empresas e nunca conseguiu alcançá-las, daí a precária condição de acompanhamento
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