Visualização do conservadorismo no serviço social brasileiro

é Paulo Netto.

As tendências à Reatualização do Conservadorismo no Serviço Social brasileiro, explicitada na recorrência de um novo modelo de atuação profissional, pressupõem a participação do denominado cliente (hoje o termo utilizado é usuário) nas decisões e ações profissionais. O diálogo passou a ser dado como instrumento de psicologização da prática profissional, dando cientificidade à atuação. Um processo de experiência compartilhada entre o cliente e o profissional, na colaboração da pesquisa e descoberta. A ajuda profissional é uma das referências para a transformação social, neste momento, onde são propostas atitudes reflexivas necessárias para transformação pessoal que partam do próprio cliente, a partir do contato com o profissional Assistente Social. Sendo assim, foi necessário constituir bases teóricas para que houvesse a compreensão da necessidade de comunicação com o outro para a própria transformação: eis, a vertente fenomenológica. Considerações finais: A Reatualização do Conservadorismo não impõe significativas mudanças na prática do Assistente Social, tendo em vista que mantém a hierarquização do profissional sobre o cliente, sendo este responsabilizado por sua condição social, o que vai ser alterado, apenas no anos 1980, com a inserção da matriz teórica crítica.

O termo de nova roupagem do conservardorismo, para fazer referência a volta do movimento reconceituação significando que houve uma extrema mudança que internamente a raiz do serviço social continuava igual.

Para uma mudança interna era necessário relacionar a profissão com a totalidade, perceber como a realidade social influencia a profissão. Esse movimento de relacionar um problema a uma totalidade e de suma importância para serviço social, pois ajuda os profissionais entenderem melhor os fatos. Os seminários te teorização de Araxá, Teresópolis e Alto do Sumaré geraram documentos importantes o material documentos na atualidade tem valor histórico para estudar a teoria e metodologia da profissão e preciso reconsiderar os avanços agregados no ano de 1980 na profissão.

Na década de 1970, no bojo do Movimento de Reconceituação, ganha espaço no Serviço Social brasileiro a presença da fenomenologia. Segundo Aguiar (1984), já se encontram sinais desta postura no Serviço Social brasileiro desde o período desenvolvimentista, porém somente a partir da década de 1970

é que se pode considerar que esta corrente passa a exercer influência no

Serviço Social brasileiro; principalmente a partir da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, com as reflexões da assistente social Ana Augusta de Almeida, que refletiu sobre o Serviço Social brasileiro numa postura fenomenológica. Em 1978, com o III Seminário de Teorização do Serviço Social brasileiro, que resultou no Documento de Sumaré, é explicitada pela primeira veza presença da fenomenologia no Serviço Social brasileiro.

A entrada da fenomenologia no Serviço Social se dá no processo de busca de renovação da teoria e da prática do Serviço Social e a influência mais marcante desta corrente na filosofia brasileira vem da Bélgica e da França, principalmente a partir da Escola de Louvain. Entre os pensadores