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Você Sabe Com Quem Está Falando?

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Por:   •  27/10/2014  •  1.344 Palavras (6 Páginas)  •  595 Visualizações

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Carnavais, Malandros e Heróis (1979), do antropólogo Roberto DaMatta. Nesse livro, DaMatta se pergunta o que torna a sociedade brasileira diferente e única. Para DaMatta, o carnaval é a utopia brasileira, é a maneira mais explícita que temos para falar de nós mesmos positivamente.

RESENHA CRÍTICA

DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil?. Rio de Janeiro: Editora Rocco. 2001

1 CREDENCIAIS DO AUTOR

Graduação e Licenciatura em História pela Universidade Federal Fluminense (1959 e 1962). Curso de Especialização em Antropologia Social do Museu Nacional (1960); M.A e Ph.D em, respectivamente, 1969 e 1971 pelo Peabody Museum da Universidade de Harvard. Foi Chefe do Dept. de Antropologia do Museu Nacional e Coordenador do seu Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (de 1972 a 1976). É Professor Emérito da Universidade de Notre Dame, USA, onde ocupou a Cátedra Rev. Edmund Joyce, c.s.c., de Antropologia de 1987 a 2004. Atualmente é Professor Titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Realizou pesquisas Etnologicas entre os índios Gaviões e Apinayé. Foi pioneiro no estudo de rituais e festivais em sociedade industriais, tendo investigado o Brasil como sociedade e sistema cultural por meio do carnaval, do futebol, da música, da cidadania, da mulher, da morte, do jogo do bicho entre outras categorias.

Obras; Índios e castanheiros (com Roque de Barros Laraia) – 1967 ,Ensaios de antropologia cultural – 1975, Um mundo dividido: a estrutura social dos índios Apinayé - 1976 (em inglês, 1982) , Carnavais, malandros e heróis - 1979 (em francês, 1983; em inglês, 1991) Universo do carnaval: imagens e reflexões – 1981 Relativizando: uma introdução à antropologia social, 1981 O que faz o brasil, Brasil? – 1984 A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil - 1984 (em 2000, foi lançada a 11ª edição) Explorações: ensaios de sociologia interpretativa – 1986 Conta de mentiroso: sete ensaios de antropologia brasileira – 1993 Torre de Babel: ensaios, crônicas, críticas, interpretações e fantasias – 1996 Águias, burros e borboletas: um ensaio antropológico sobre o jogo do bicho – 1999 Profissões industriais na vida brasileira – 2003 Tocquevilleanas, notícias da América – 2005 A bola corre mais que os homens: duas Copas – 2006 O que é Brasil? – 2007 Crônicas da vida e da morte – 2009 Fé em Deus e pé na tábua – 2010, Além de sua obra em livro, DaMatta tem centenas de artigos e ensaios em revistas científicas e coletâneas, bem como verbetes em dicionários e enciclopédias, no Brasil e no exterior, publicados a partir de 1963. Mantém uma coluna semanal no O Globo, do Rio de Janeiro.

2 RESUMO DA OBRA

Roberto Damatta é um estudioso que há alguns anos vem discutindo assuntos de interesse nacional. Antropólogo como tal, levanta a bandeira de um Brasil sob a visão antropológica mostrando as suas características e comparando-as com outros países. Aqui ele faz uma indagação, O que faz desse país Brasil? De fato, trata-se de uma questão de identidade, ou melhor, de uma construção de identidade permeada pela história desde o descobrimento do Brasil até os dias de hoje, com nossas particularidades e características ímpares. Em uma pesquisa da identidade nacional, DaMatta revela o Brasil, os brasileiros e sua cultura através de suas festas populares, manifestações religiosas, literatura e arte, desfiles carnavalescos e paradas militares, leis e regras (quando respeitadas e quando desobedecidas), costumes e esportes.

No sétimo capitulo (p. 92-105) “O modo de navegação social; A malandragem e o jeitinho”, o autor retrata algumas condutas que são peculiares ao brasileiro como a malandragem, o jeitinho, o despachante. O jeito é um modo pacífico e ate mesmo legitimo de resolver tais problemas, provocando essa junção inteiramente casuística de lei coma pessoa que a está utilizando. Jeito esse que se configura no jeitinho brasileiro- “você sabe com quem você está falando?”. A malandragem faz parte desse jeitinho, é uma de cinismo e gosto pelo grosseiro e pelo desonesto, o despachante, só pode ser visto quando damos conta da dificuldade de juntar a lei com realidade social diária.

3 CONCLUSÃO DO AUTOR

Fazer uma leitura do Brasil, como sugere a obra, não pode ser tão simples como construir um livro, ela é mais ampla do que parece, o que se configura na certeza de que este breve ensaio do que é Brasil é apenas o primeiro passo para a descoberta de nossa identidade. Aqui apenas se busca tirar algumas lições do modo de ensinar, tentando mostra que a sociedade brasileira não é homogênea, mas sim heterogênea.

4 QUADRO DE REFERÊNCIAS DO AUTOR

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