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Weber - Fichamento

Por:   •  2/5/2015  •  Dissertação  •  2.051 Palavras (9 Páginas)  •  790 Visualizações

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EDILSON DE ALMEIDA TURMA 27 A MATR. 201221471

A POLÍTICA COMO VOCAÇÃO

MAX WEBER

FICHAMENTO – TEORIA GERAL DO ESTADO E CIÊNCIA POLÍTICA

1/4/2013

ESTE FICHAMENTO FAZ PARTE DAS EXIGÊNCIAS DA DISCIPLINA TEORIA GERAL DO ESTADO E CIÊNCIA POLÍTICA

WEBER, Max “A POLÍTICA COMO VOCAÇÃO” _ Edilson de Almeida Turma 27-A 201221471

FICHAMENTO “A POLÍTICA COMO VOCAÇÃO”

No início deste trabalho, Weber deixa claro que o seu objetivo é o estudo da política que vive no âmago do Estado. Sem usar de subterfúgios, fica clara a definição de Estado, (senão por completo, mas inerente, segundo o autor) como o detentor legal da coerção. Nesta passagem, "Todo Estado se funda na força", disse um dia Trotsky a Brest-Litovsk. E isso é verdade. Se só existissem estruturas sociais de que a violência estivesse ausente, o conceito de Estado teria também desaparecido e apenas subsistiria o que, no sentido próprio da palavra, se denomina "anarquia", e em outras, Weber afirma que a relação do Estado é uma relação de dominação, em que homens dominam homens por meio do uso da força. Mas ele indaga sobre o porquê dos homens obedecerem este Estado, e justifica dizendo sobre a existência de três dominações legítimas. A dominação Tradicional, que é aquela baseada na crença da santidade das ordenações e dos poderes senhoriais há muito existente, a dominação Carismática baseada na devoção afetiva à pessoa do senhor e a seus dotes sobrenaturais (carisma) e, particularmente a revelações, heroísmo, poder intelectual ou de oratória, e por fim a dominação Racional legal onde o poder do estado está vinculado à validade do estatuto legal e na competência funcional, fundada em regras racionalmente criadas. Neste caso de dominação, a obediência não é pela pessoa, mas à regra já instituída.

A partir destas definições, Weber começa a caracterizar os tipos de políticos e suas atitudes perante a sociedade, quando menciona que no exercício da política, vamos encontrar os que vivem para a política e os que vivem da política. “Quem vive para a política a torna o fim de sua existência, ou porque essa atividade permite obter no simples exercício do poder, ou porque mantém seu equilíbrio interior e sua auto-estima fundados na consciência de que sua existência tem sentido à medida que está a serviço de uma causa. Num sentido profundo, todo aquele que vive para uma causa vive dela também. É o aspecto econômico um dos elementos importantes da condição do homem político. O que vê na política uma fonte permanente de rendas vive da política como vocação; no caso oposto, vive-se para a política”

Dessa maneira a política, está sujeita aos caprichos dos políticos que a utilizam e assim, esta pode ter diversas conseqüências que poderão auxiliar ou não o desenvolvimento de uma sociedade.

Weber não é contra ao fato de que o Estado possua seus recursos para manter os políticos que não sejam detentores de bens que os mantenham, pois teoricamente, estes não trabalhariam em pró das classes que possuiriam interesse em seus “serviços”. Este pensamento parece ter referência quando ele (Weber) discute e relaciona fatos históricos de relação de “Estado” e “sociedade” e comenta que se quem possui bens pode viver para a política, pois não depende desta, pode utilizar-se da política como forma de manter seus interesses, e, portanto poderia interferir no Estado, assim seria interessante a legitimação da criação de políticos profissionais que possam ter sua renda garantida para que não dependam da política para viver.

Este ponto, no meu modo e analisar a obra, são passíveis de muitos questionamentos. A questão de políticos que vivem da política, e políticos que vivem para a política, podem ser o que chamamos vulgarmente de “faca de dois gumes”, onde a criação desta categoria profissional, com o objetivo de evitar interesses, pode criar exatamente aquilo que esta atitude repudia, fazendo com que esta categoria “profissional” atue com o objetivo de perpetuar seu cargo prejudicando o bom funcionamento do Estado. Este termo “político profissional” foi revestido de caráter pejorativo, justamente mostrando que viver do dinheiro do Estado pode muitas vezes tornar este político apenas um detentor de representação de um grupo que o mantenha em seu posto de simples distribuidor de migalhas do Estado.

Portanto resta uma questão. O político profissional é aquele que tem vocação e se deixa “contaminar” pelas benesses do Estado ou, usa do seu carisma para se tornar um “profissional” considerando o lado mais sujo deste termo? Penso que um político com vocação seria aquele que se mostra apaixonado por uma causa. Ética. Seria esta a palavra (não só palavra, mas atitude) que poderia substituir o que Weber pensou quando projetou o “político profissional”?

Em certa passagem de sua obra, Weber lembra que “... a função avassaladora do Poder, e a procura incontrolada pelo prazer em ter, é tido como compulsão em fazer aquilo que fere a conduta moral e a própria condição de ética”.

Penso que a maneira com que Weber discursa neste capítulo é sem dúvida um ideário a ser almejado, porém quando ele se refere ao modo como o político deveria ser remunerado, penso que o futuro mostraria que não apenas o “dinheiro”, mas o poder seduziria o político que vive da política. Este pensamento se destaca quando... “Ou a atividade política se exerce "honorificamente" e, nessa hipótese, somente pode ser exercida por pessoas que sejam, como se costuma dizer, "independentes", isto é, por pessoas que gozam de fortuna pessoal, traduzida, especialmente, em termos de rendimentos; ou as avenidas do poder são abertas a pessoas sem fortuna, caso em que a atividade política exige remuneração. O homem político profissional, que vive "da" política, pode ser um puro "beneficiário" ou um "funcionário" remunerado. Em outras palavras, ele receberá rendas, que são honorários ou emolumentos por serviços determinados — não passando a gorjeta de uma forma desnaturada, irregular e formalmente ilegal dessa espécie de renda — ou que assumem a forma de remuneração fixada em dinheiro ou espécie ou em ambos ao mesmo tempo.”

Ora, o fato de Weber ter vivido até o século XX, faz de sua obra

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