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ÉTICA DE 1965

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Por:   •  28/10/2014  •  1.691 Palavras (7 Páginas)  •  360 Visualizações

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ÉTICA NAS RELAÇÕES

DE TRABALHO

INTRODUÇÃO

“Nenhum homem é uma ilha”. Esta famosa frase do filósofo inglês Thomas Morus ajuda-nos a compreender que a vida humana é convívio. Para o ser humano viver é conviver. É justamente na convivência, na vida social e comunitária, que o ser humano se descobre e se realiza enquanto um ser moral e ético. É na relação com o outro que surgem os problemas e as indagações morais: o que devo fazer? Como agir em determinada situação? Como me comportar perante o outro? Diante da corrupção e das injustiças, o que fazer?

Portanto, constantemente no nosso cotidiano encontramos situações que nos colocam problemas morais. São problemas práticos e concretos da nossa vida em sociedade, ou seja, problemas que dizem respeito às nossas decisões, escolhas, ações e comportamentos - os quais exigem uma avaliação, um julgamento, um juízo de valor entre o que socialmente é considerado bom ou mal, justo ou injusto, certo ou errado, pela moral vigente.

1. O que é Ética?

Ética vem da palavra grega ethos e significa a morada humana. “A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”. (Valls, 1993: 07).

O ser humano precisa de ética, pois vive em sociedade. A sociedade

não pode funcionar, e nem pode ser administrada também sem ética. Portanto, ética significa tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que ele venha a ser uma moradia saudável.

A ética, como expressão única do pensamento correto, conduz à idéia da universalidade moral, ou ainda, à forma ideal universal do comportamento humano, expressa em princípios válidos para todo pensamento normal e sadio. (Plácido, 2000: 24).

Na verdade, a ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é puramente teórica, pois a ética é, antes de tudo, um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, e tem por objetivo essencial demarcar as ações humanas. Ela somente existe como uma referência para os indivíduos que convivem em sociedade, ou seja, entre todos nós.

1. A Relação entre ética e moral

A moral se traduz em normas aceitas íntima e livremente pelos indivíduos, por convicção pessoal, sendo reconhecidas como obrigatórias por refletirem os princípios, valores e interesses dominantes na sociedade na qual estão inseridos. As normas morais ditam como devem agir os membros de uma determinada sociedade. Não se recorre à força ou à imposição coercitiva.

[...] O que vem a ser a moral? Um conjunto de valores e de regras de comportamento, um código de conduta que coletividades adotam, quer sejam uma nação, uma categoria social, uma comunidade religiosa ou uma organização. Enquanto a ética diz respeito à disciplina teórica, ao estudo sistemático, a moral corresponde às representações imaginárias que dizem aos agentes sociais o que se espera deles, quais comportamentos são bem-vindos e quais não. (SROUR, 2000, p. 29).

A ética se caracteriza como a ciência que investiga a moral. Não encontramos na ética uma norma de ação para cada situação concreta. O problema de como agir de maneira a que a sua conduta seja boa, ou seja, moralmente valiosa pertence à moral. A ética, diferentemente, preocupa-se com problemas gerais de caráter teórico, como definir a essência da moral, sua origem, as condições objetivas e subjetivas do ato moral e as fontes de avaliação moral.

Ao se definir a essência da moral e as condições do ato moral, está-se traçando um caminho geral, a partir do qual os homens possam orientar seu comportamento.

Ética e moral, portanto, são diferentes, embora guardem estreita relação. Adolfo Sánchez Vázquez, nesse sentido, afirma que a missão da ética é explicar a moral e, assim, termina por influir na própria moral.

A ética e moral caminham juntos, independente da direção, espaço e grupo. Para o exercício da atividade profissional é importante instigar no trabalhador, juízo crítico de seus atos para que o mesmo possa resistir à prática profissional negativa comum na sociedade atual.

1. Ética e mercado de trabalho

O mercado de trabalho exige cada vez mais de quem está na busca por um espaço e força a constante atualização de quem já está inserido nele. Villela; Pita; Breitenbauch; referem que as ofertas de emprego, as formas de trabalho e o perfil profissional são ditados pelas inovações tecnológicas. Por isso conforme o avanço da tecnologia, as pessoas devem adequar-se, para não se tornarem desatualizadas e serem excluídas do mercado de trabalho inovador.

O trabalho é fundamental na vida das pessoas, pois através dele o indivíduo determina seu status, realizando-se profissional e socialmente. Dentro desta perspectiva, o trabalhador precisa receber incentivo moral e salarial por parte da administração e em contrapartida, necessita desempenhar sua atividade com esmero estabelecendo um relacionamento de confiança com toda a equipe. O profissional torna-se agente de si mesmo, quando investe em seu aperfeiçoamento, traçando metas e procurando atingir os objetivos dentro dos anseios da coletividade, pois sozinho ele não prospera.

As culturas que valorizam o trabalho e o trabalhador criam no sujeito uma dimensão social da atividade produtiva [...]. Nelas são criados vínculos sociais e comunitários, relações interpessoais e afetivas fundamentais a vida das pessoas. (SENAC, 1997, p.63).

Percebe-se atualmente que a boa conduta está à sombra de valores ditados pelo capitalismo, alterando o conceito ético que deve estar eminente nas relações de trabalho. As pessoas buscam acumular bens, independente dos meios utilizados, tornando-se individualistas na realização do seu trabalho e suprimindo o que é correto na postura de um profissional. A ética é um princípio que devemos fazer uso no cotidiano, não importando a situação.

“Não é uma carruagem que se pode parar ao seu bel-prazer para nela subir ou para dela descer segundo o caso”.(SROUR, 2000, p. 93 apud WEBER, 1999, p.169-170).

Assim, é imprescindível que seja retomado na vida do profissional, comportamentos condizentes com a postura ética em volta de responsabilidade, comprometimento e ações coletivas.

Segundo Matos, “Ser ético, hoje, não é mais uma opção. Para pessoas e organizações, é questão de sobrevivência”. Com a velocidade em que ocorrem as transformações, há necessidades de valores intangíveis para que haja um alinhamento na tomada de

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