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Ética E Globalização

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Por:   •  21/11/2014  •  505 Palavras (3 Páginas)  •  387 Visualizações

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ÉTICA E GLOBALIZAÇÃO

A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma espécie de “consciência moral”, estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas. A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os outros, relações justas e aceitáveis. Ela não é algo superposto à conduta humana, pois todas as nossas atividades envolvem uma carga moral (ideias sobre o bem e o mal, o certo e o errado, o permitido e o proibido que definem a nossa realidade).

Globalização é um conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial, visíveis desde o final do século XX. Trata-se de um fenômeno que criou pontos em comum na vertente econômica, social, cultural e política, e que consequentemente, tornou o mundo interligado, uma espécie de “aldeia global”.

A globalização significa a intensificação das relações sociais à escala mundial de tal maneira que faz depender aquilo que sucede a nível local de acontecimentos que se verificam a grande distância e vice-versa. O processo de globalização é a forma como os mercados de diferentes países interagem e aproximam pessoas e mercadorias.

A ética da globalização tem de partir da seguinte realidade: a existência de uma só atmosfera, uma só economia e uma só comunidade. Logo uma só lei aplicada por uma instituição, a ONU, e uma só ética. A ética Universal, a ética da Globalização, deve ser uma ética das virtudes – ser livre, no sentido da compreensão de si, ser verdadeiro e justo, ser tolerante e sensato; deve ser uma ética dos deveres – o dever para consigo próprio, com a família, os amigos e a humanidade, o dever de cumprir com os compromissos livremente assumidos; deve ser uma ética dos afetos – tratamento preferencial para com os seus familiares e amigos, embora o fim seja estender esse tratamento a toda a Humanidade. Deve ser uma ética de valores universais: liberdade, igualdade, solidariedade justiça, verdade e razão. Deve compreender e aceitar a parcialidade dos afetos fraternais, familiares e amigáveis, comuns a todas as culturas. A ética Universal de um mundo globalizado (a ética da chamada “aldeia global”) tem de considerar tanto os deveres como os direitos individuais e defender que o individualismo não só é compatível como pressupõe o altruísmo. Deve rejeitar o egoísmo psicológico, o egoísmo ético e o relativismo cultural.

Deve-se compreender sobre a ética da globalização como a ideia de que o homem não é só o “homo economicus”. Mas, mesmo neste domínio há, também, um mínimo necessário nas condições de existência para que possamos começar a pensar em sermos livres. Os organismos mundiais têm um papel importante na defesa de uma ética que promova a consciência coletiva da existência de uma só atmosfera, de uma só Terra, de um só mundo, onde todos os seres vivos – humanos e não humanos – e a natureza têm uma existência interdependente.

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