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Ética no ambiente de trabalho

Pesquisas Acadêmicas: Ética no ambiente de trabalho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/10/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  7.069 Palavras (29 Páginas)  •  357 Visualizações

Página 1 de 29

Introdução 09

1- Ética 10

1.1 Significado 10

1.2 Comportamento 11

1.3 Característa 11

1.4 Decisões 12

1.5 Conseqüências 13

1.6 Importância 14

1.7 Questões Éticas 15

1.8 Integridade 16

1.9 Credibilidade 18

1.10 Transparência e Credibilidade 19

1.11 Ética e lucro 20

1.12 Ao Profissional 22

1.13 Comprometimento 22

1.14 Investimento 23

2– Conclusão 25

3– Bibliografias Consultadas 26

INTRODUÇÃO

“Ética no ambiente de trabalho” e não é por acaso, são frequentes as queixas sobre a falta de ética na sociedade, na política, na empresa e ate mesmo nos meios esportivos, culturais e religiosos.

A sociedade valoriza comportamentos que praticamente excluem qualquer possibilidade de cultivo nas relações éticas, mas o que é ética? Primeiro temos que compreender o seu significado, para que possamos partir de um principio, e assim colocar em pratica. Saber direcionar nossas decisões e saber as consequências que ela trás, temos que quer a sabedoria em saber que as decisões tomadas podem afetar a diversos segmentos.

A instituição que se preocupa em formar uma equipe consolidada e consciente da importância do esforço coletivo e que trabalha em sintonia tem vantagem, pois não dará espaço para o individualismo e a vaidade, reduzindo os jogos de poder existentes nas pessoas.

Temos que ter o princípio básico das coisas, senão chegaremos a um ponto que não haverá respeito entre as pessoas, temos que por em pratica não somente no âmbito familiar ou na empresa em sim na vida, para o ser humano e ser capaz de responder pelos nossos atos e não colocar a culpa nos outros, gerando assim uma forma de esconder as atitudes tomadas.

1. ÉTICA

1.1 Significado

Ética, palavra de origem grega ethos, que quer dizer o modo de ser, a conduta ou o caráter da pessoa. Etimologicamente, a palavra ética corresponde à palavra latina moral e, que tem o mesmo significado.

Assim, podemos concluir que ética e moral são palavras sinônimas, pelo menos em sua origem. Por Sánchez VÁSQUEZ (1995 p. 235)

Entretanto, a moral estabelece regras comuns à sociedade, que são assumidas pela pessoa.

Segundo o dicionário Aurélio, ética é “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e o mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”.

Aristóteles (384 - 322 a.C.) afirmou que a “finalidade da ética é promover o bem-estar”. Disse ainda que o “estudo do bem tem natureza política e que mais importante que o bem-estar do individuo é o bem-estar da coletividade.”

A ética aceita a existência da historia da moral, tomando como ponto de partida a diversidade de morais no tempo, entendendo que cada sociedade tem sido caracterizada por um conjunto de regras, normas e valores, não se identificando com os princípios e normas de nenhuma moral em particular nem adorando atitudes indiferentes ou ecléticas diante delas. A história da ética é um assunto complexo e que exige alguns cuidados em seu estudo.

Cumpre advertir, antes de tudo, que a historia da ética como disciplina filosófica é mais limitada no tempo e no material tratado do que a historia das ideais morais da humanidade. Esta ultima historia compreende o estudo de todas as normas que regularam a conduta humana desde os tempos pré-históricos ate os nossos dias. Esse estudo não é só filosófico ou histórico-filosófico, mas também social. Por esse motivo, a história das idéias morais ou se prefere eliminar o termo “história”, a descrição dos diversos grupos de ideais morais – é um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e antropologia.

1.2 Comportamento

Ética diz respeito ao comportamento humano voluntario livre. O comportamento ético não se impõe: é uma adesão livre ao que se apresenta como bom, e não uma submissão exterior a um conjunto de regras e proibições. Obviamente, na maior parte dos casos, essa submissão é necessária, já que o comportamento ético é também um comportamento legal, mas não se reduz a ele. Em determinados casos, tratando-se de leis injustas, o comportamento ético exige o descumprimento dessas leis.

Por outro lado, alguns comportamentos que não preveem qualquer sanção legal são considerados antiéticos e desagradam à maioria das pessoas; um bom exemplo é o ato de se “furar fila”.

Para ajudara diferenciar atitude ética de outra não ética, existe ainda uma regra de ouro: “faça aos outros o que você gostaria que fizessem com você”.

Parece ser uma tendência do ser humano, como tem sido objeto de referencias de muitos estudiosos, “a de defender, em primeiro lugar, seus interesses próprios e, quando esses interesses são de natureza pouco”, conforme ARRUDA (2002)

Podemos perceber com clareza o crescimento dos movimentos de consumo socialmente responsável e a reação das pessoas em geral em relação a escândalos que envolvem ícones do capitalismo.

1.3 – Caracteristas

A ética é uma caracterista inerente a toda a humanidade, por esta razão, é vital para a realidade social, podemos chamar de “consciência moral”, estando constantemente sendo avaliado e julgado para sabermos se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.

A Ética é o ideal para conduta humana, pois a evolução de seus princípios deu-se juntamente com o processo evolutivo da humanidade, e orienta o ser humano sobre o que é bom e correto e o que deveria assumir, orientado sua vida em relação a seus semelhantes, visando o bem comum.

É comum ouvir alguém dizer que tem a própria visão sobre o que é ética, que nem sempre esta alinhada com a verdade e a ética aceitas pelo grupo e pela empresa. Esse entendimento é fortalecido pelo culto ao individualismo e ao consumismo. Normalmente, essa argumentação sobre a particularidade de interpretação procura esconder ou justificar determinadas ações.

1.4 Decisões

Um dos campos mais carentes, no que diz respeito à aplicação da ética, é o do trabalho e exercício profissional. Por esta razão, executivos e técnicos em administração de empresas voltaram a se debruçar sobre questões éticas. O individualismo extremo, muitas vezes associado à falta de ética pessoal , tem levando alguns profissionais a defender seus interesses particulares acima dos interesses das empresas em que trabalham, colocando-as em risco. Os casos de corrupção e investimentos duvidosos nas empresas públicas e privadas são os maiores exemplos. Esse quadro nos remete diretamente à questão da formação de recursos humanos, pois é as pessoas a base de qualquer tentativa de iniciar o resgate da ética nas empresas e nas relações de trabalho.

A Ética no trabalho orienta não apenas o teor das decisões como também o processo para a tomada de decisão. Para que seja ético no trabalho é preciso antes de tudo ser honesto em qualquer situação, nunca fazer algo que não possa assumir em publico, ser tolerante e flexível.

1.5 Conseqüências

Em nossas relações cotidianas estamos sempre diante de problemas do tipo: devo sempre dizer a verdade ou existem ocasiões em que posso mentir? Será que é correto tornar tal atitude? Devo ajudar um amigo em perigo, mesmo correndo risco de vida? Existe alguma ocasião em que seria correto atravessar um sinal de transito vermelho? Os soldados que matam numa guerra, podem ser moralmente condenados por seus crimes ou estão apenas cumprindo ordens?

Essas perguntas nos colocam diante de problemas práticos, que aparecem nas relações reais, efetivas entre indivíduos. São problemas cujas soluções, via de regra, não envolvem apenas a pessoa que os propõe, mas também as outras pessoas que poderão sofrer as conseqüências das decisões e ações, conseqüências que poderão muitas vezes afetar uma comunidade inteira.

A ética seria então uma espécie de teoria sobre a pratica moral, uma reflexão teórica que analisa e critica os fundamentos e princípios que regem um determinado sistema moral. O dicionário abagnado, entre outras considerações nos diz que a ética é “em geral, a ciência da conduta” (Abbagnano, sd) e Sanchez Vasquez (1995, p.12) amplia a definição afirmando que “a ética é a teoria ou ciência de uma forma especifica de comportamento humano.” e reforça esta definição com a seguinte explicação:

Assim como os problemas teóricos morais não se identificam com os problemas práticos, embora estejam estritamente relacionados, tambem não se podem confundir a ética e a moral. A ética não cria a moral. Conquanto seja certo que toda moral supõe determinados princípios, normas ou regras de comportamento, não é a ética que os estabelece numa determinada comunidade. A ética depara com uma experiência histórico-social no terreno da moral, ou seja, com uma serie de praticas morais já em vigor e, partindo delas, procura determinar a essência da moral, sua origem, as condições objetivas e subjetivas do ato moral, as fontes da avaliação moral, a natureza e a função dos juízos morais, os critérios de justificação destes juízos e o principio que rege a mudança e a sucessão de diferentes sistemas morais

Em um passado não muito longe acreditávamos que os animais viviam em harmonia com sua própria natureza. Isso significava que todo animal age de acordo com as características de sua espécie, hoje sabemos que eles agem por impulso, ate mesmo ataca por prazer. E vidente que existem grandes diferenças entre os animais conforme seu lugar na escala zoológica: enquanto uma abelha constrói a colméia e prepara o mel seguindo os padrões rígidos das ações instintivas, animais superiores agem por instinto, mas também desenvolvem outros comportamentos mais flexíveis e, portanto menos previsíveis.

1.6 Importância

Os programas de treinamento, educação e desenvolvimento de recursos humanos dão muita ênfase aos assuntos técnicos, que são exaustivamente abordados, discutidos e considerados, esquecendo por completo os aspectos éticos, essenciais para a dinâmica de qualquer atividade profissional.

Irei omo proposta discutir a importância da ética na formação de recursos humanos, buscando as vantagens que as empresas e a sociedade poderiam obter com esse estudo. E se entendermos a universidade como o local da produção do conhecimento e ampliação de horizontes cognitivos, passaremos então a vê-la como o espaço natural para o desenvolvimento cientifico do estudo da ética. Seria redundante lembrar que administradores e homens de negócios quase sempre passam pelos bancos escolares e que teriam sua formação enriquecida com a oportunidade de desenvolver conhecimentos na área da ética empresarial.

A ética pode também contribuir para fundamentar ou justificar certa forma de comportamento moral. Assim, se a ética revela uma relação entre o comportamento moral e as necessidades e os interesses sociais, ela nos ajudará a situar no devido lugar a moral efetiva, real, do grupo social. Por outro lado, ela nos permite exercitar uma forma de questionamento, onde nos colocamos diante do dilema entre “o que é” e o “que deveria ser feito”,imunizando-nos contra a simplória assimilação dos valores e normas vigentes na sociedade e abrindo em nossas almas a possibilidade de desconfiarmos de que os valores morais vigentes podem estar encobrindo interesses que não correspondem às próprias causas geradoras da moral. A reflexão ética também.

1.7 Questões éticas

No Brasil, a cultura da “esperteza” foi muito valorizada, e seu maior ícone foi à propaganda em que o ex-jogador da seleção brasileira de futebol, Gerson, no ano de 1976, para uma marca de cigarros Vila Rica, expressava a frase que ficou conhecida como a “Lei de Gerson: a gente gosta de levar vantagem em tudo, certo?”. Durante décadas, o “jeitinho” brasileiro foi aceito como uma característica inata e apreciável. Desta forma, algumas praticas eram tão comuns que passaram a ser tratadas como “normais”.

Até a década de 1980, o comportamento de políticos e governantes que se utilizavam dos serviços públicos em benefícios próprios era aceito sem maiores questionamentos. Utilizar veiculo, combustível e motorista do serviço publico para realizar tarefas particulares, como levar crianças a escolas ou esposas às compras, era tolerado não apenas pela impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por força da censura aos meios de comunicação, mas também porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das “vantagens” do cargo, esse tipo de comportamento era tão banal que muitos deles não só agiam assim, como se gabavam de ocupar posições que possibilitavam esse tipo de atitude.

Há um grande questionamento quanto à viabilidade de se desenvolver uma cultura ética, sob a argumentação de que o “ser ético” é uma características que vem do berço, da natureza genética, que facilita o comportamento ético, não se pode desprezar a importância do meio em que foi criado o individuo e das experiências vividas na formação da personalidade de cada ser humano. Independentemente da firmeza do caráter do profissional no exercício de suas funções, existem questões éticas que nem sempre são tão facilmente identificadas, é o que chamamos de dilema ético, antes de criar a consciência sobre o papel da delação, é preciso esclarecer quanto ao que deve ser considerada uma atitude antiética. Muitos empregados não têm sequer condição de avaliar quando estão diante de um dilema ético, agindo de forma questionável simplesmente porque não sabem que poderiam agir de outra maneira.

DE SOUZA (2009, p. 23) Vejamos um exemplo: um gerente que se vê pressionado para o cumprimento de metas de venda de títulos de capitalização orienta sua equipe a convencer clientes de poupança a direcionar seu investimento para a compra de um titulo de capitalização, independentemente de pequena probabilidade de aquele cliente vir a ser premiado, o gerente orienta o pessoal do atendimento a omitir a informação sobre a tarifa a ser paga no momento da compra, assim como o fato de que o dinheiro ficará indisponível para saque pelo período previsto (exceto se o cliente optar por arcar com o prejuízo do saque antecipado). Além disso, na data de vencimento do titulo de capitalização, o cliente vai receber muito menos do que teria acumulado em sua poupança naquele mesmo período, para completar o quadro, o gerente oferece premiações aos maiores vendedores. Será que todos os empregados têm a consciência de que estão agindo de forma antiética? Será que eles têm noção do prejuízo que estão causando ao cliente e do desgaste que poderão provocar na imagem da empresa? Se alguns desses clientes decidirem acionar judicialmente a empresa por se sentirem ludibriados, o prejuízo acumulado poderá atingir números assustadores.

1.8 Integridade

O foco na integridade considera a motivação ou a intenção que levou a determinada decisão, ou seja, importa mais a integridade de quem decidiu do que a decisão em si. Isso não significa que regras morais, princípios ou conseqüências não sejam respeitados, mas a avaliação considera o contexto do caráter e integridade de quem decidiu, nesse caso, é importante saber e a decisão foi honesta, seguiu as regras, considerou o código de ética da respectiva profissão e as conseqüências daquela decisão.

Considerando que as pessoas agem sob a influencia das próprias experiências, e que muitas dessas pessoas não tiveram acesso a informações adequadas sobre regras morais e conduta ética, é possível afirmar que, respeitando o direito à igualdade de condições e oportunidades entre os colaboradores, a empresa tem o dever de disseminar as questões relativas é ética.

As empresas que pretendem criar uma consciência ética entre seus colaboradores devem não apenas criar e divulgar um código de ética, como também criar um canal de denuncia. Muito mais do que isso (que são passos necessários, mas apenas iniciais): é preciso investir na disseminação da cultura ética. Cada empresa tem a própria cultura e expectativas em relação à postura de seus empregados. Evidentemente, um “curso” sobre conduta ética no trabalho não vai garantir que atitudes antiéticas deixem de acontecer, mas pelo menos os empregados não poderão agir inocentemente ou sob o pretexto de ignorarem o tipo de comportamento que se espera que eles adotem no trabalho. É uma questão de tratamento justo dado pela empresa a todos os seus empregados. Há que se considerar que a opção pela ética nem sempre vem de dentro do ser humano. Existem muitas pessoas, aliás, a imensa maioria, que só se comportam corretamente por causa da percepção de que ações vistas como erradas, desconectadas das regras adotadas, podem ser punidas e que para obter ganhos, é preciso agir dentro dos padrões aceitos.

Durante milhares de anos, a religião se encarregou de exercer esse controle sobre o comportamento humano. Hoje, com o desenvolvimento da ciência, em especial após a teoria da evolução da espécie humana, a religião já não tem o mesmo poder para fazer com que as pessoas obedeçam à lei e às regras por medo de pagar por seus erros depois da morte.

A impunidade é, inquestionavelmente, um fator determinante no sentido de estimular a atitude antiética. Estelionatários, de maneira geral, agem na confiança de que jamais serão descobertos, contam com a boa-fé ou com a distração das pessoas ou com falhas de sistemas tecnológicos.

É claro que existe um grupo de pessoas que age de forma ética, independentemente de haver ou não controle, punição ou premiação. Essas pessoas agem sob a influencia de uma consciência ética própria, apoiada em suas convicções e dentro de um sentimento de justiça e honestidade. Empresa ética tem de contar com o trabalho de pessoas que temam decisões éticas.

Nas empresas que não têm uma adequada gestão de pessoas, costuma haver uma grande diferença entre o discurso e a pratica. Infelizmente, ainda hoje, não é raro encontrar funcionários desatentos e desmotivados, estressados e mal-educados que apresentam um comportamento sem qualquer vinculo com a ética, seja com o cliente ou com a empresa, são capazes de mentir, ludibriar e ate mesmo ofender clientes, chegando ao ponto de prejudicar a empresa na sociedade, com o famoso boca a Baco, instrumento de grande credibilidade, que faz toda a diferença na imagem de uma empresa ou de um produto.

Importantes parâmetros sobre os aspectos éticos e das caracteristas pessoais de gestão, que quando ignorados, permitem que os comportamentos comuns e perniciosos estejam presentes na maioria das empresas.

1.9 Credibilidade

Credibilidade é algo que se constrói lentamente ao logo dos anos. É formada pelas ações praticadas, pelas palavras honradas, pela coerência das posições assumidas e pelo cumprimento dos compromissos. Credibilidade é o resultado da soma dos detalhes do comportamento de uma pessoa ou de uma empresa; baseia-se fundamentalmente nas ações, e não no discurso. Com palavras, é possível ate se conquistar a confiança de alguém por algum tempo, mas, se não houver consistência entre o que é dito e o que se percebe nas atitudes, a confiança se quebra. E, uma vez quebrada, é muito difícil (em muitos casos chega a ser impossível) recuperá-la.

Credibilidade tem relação direta com a ética no trabalho porque essa é uma das características condicionantes que diferenciam a carreira de um bom profissional. Uma empresa com funcionários que não se preocupam em conquistar credibilidade juntos as partes terá grandes dificuldades de fazer negócios com empresas e clientes que preferem manter relacionamento empresas confiáveis.

Promessas e prazos não cumpridos, fornecimento de informações erradas ou omissão daquelas consideradas “inconvenientes”, pagamentos atrasados, não cumprimento de garantias ou de cláusulas contratuais, além da falta de compromisso com a qualidade dos produtos, serviços e atendimento, é o caminho mais curto para a criação de uma imagem de não credibilidade. O mesmo acorre nas relações entre os empregados dentro da empresa. Empregados que conseguem conquistar a confiança de seus colegas em todos os níveis da hierarquia têm uma grande vantagem.

Não podemos esquecer que o ser humano é o agente principal das empresas e que os princípios e valores de seus proprietários e dirigentes é que criam à cultura da empresa. As empresas que desejam atuar de forma ética terão de projetar essa atitude junto com as partes interessadas.

1.10 Transparência e Coragem

A transparência esta visceralmente associada à criação da percepção de confiança e credibilidade. Ao contrario do que se apregoavam tempos atrás, quando a máxima dizia que o “o segredo é a alma do negócio” (salvo em casos que se refere às inovações), percebe-se agora que a fórmula que abre o caminho da viabilidade e perpetuidade dos negócios é a transparência nas informações e na conduta dos ocupantes de cargos de todos os níveis hierárquicos.

A mudança no conteúdo da mensagem empresarial vem sendo percebida nos últimos tempos, embora apenas as melhores empresas estejam efetivamente em busca da transparência. Empresas transparentes, portanto éticas, passaram a falar também sobre o que não deu tão certo, sobre os problemas não resolvidos ou sobre as necessidades não atendidas. A importância na comunicação, com a divulgação do que não vai tão bem, permite que as pessoas se sintam incluídas e possam participar da busca de idéias e soluções.

A adoção da transparência de procedimentos pela empresa é atitude fundamental para o desenvolvimento da conduta ética por parte das pessoas que integram as equipes. O trabalho entre pessoas que não confiam umas nas outras é desgastante e contraproducente. Informações deixam de ser compartilhadas e impedem que mais pessoas possam contribuir.

Para ser transparente, é preciso ter coragem, coragem para assumir erros, para admitir que não se consegue resolver tudo sozinho e, acima de tudo, para agir e reagir diante de situações delicadas inerentes ao relacionamento entre pessoas.

Um empregado que abusa no descumprimento do horário, que não cumpre prazos, que comete muitos erros em seu trabalho ou que não atende aos clientes com a necessária atenção precisa ser advertido pela chefia. Isso também é transparência. A crítica apoiada em fatos reais dificilmente é contestada. O feedback honesto e respeitoso, quando feito no momento oportuno, contribui para fomentar a confiança entre o chefe e subordinado. Uma dos segredos do sucesso na gestão de pessoas é reconhecer a forma correta de dizer o que precisa ser dito.

No ambiente empresarial, dependendo da conduta antiética percebida, o ideal é tentar interromper a continuidade da situação por meios menos radicais antes de se decidir por uma denuncia formal, quando surge a suspeita de que alguém esta agindo de forma antiética, é fundamental que se busque apurar o fato da melhor maneira possível. É preciso agir com cautela para não acabar, inadvertidamente, sendo envolvido na situação que gerou a investigação e tornando-se alvo de retaliação ou de outras conseqüências imprevistas.

Empresas que pretendem ser éticas têm de criar caminhos que viabilizem o controle da conduta ética de seus empregados.

1.11 Ética e lucro

A ética é pessoal e, por essa razão, pode haver empresários e empresas éticas e antiéticas. Quem despreza a atuação empresarial pautada na ética é quem não assume compromisso pessoal com a honestidade ou é cética quanto à possibilidade de se construir uma sociedade mais ética.

O momento em que uma pessoa precisa optar entre atuar com valores éticos na busca de seus objetivos ou buscar resultados econômicos a qualquer custo é aquele em que se conhece seu verdadeiro caráter.

A ética pode não ser o caminho mais lucrativo, mas é o caminho que trata sustentabilidade e um maior numero de negócios ao longo do tempo.

Ainda é prematuro considerar a ética um fator de competitividade, mas já é possível observar alguns exemplos de empresas que sofrerão boicotes a seus produtos por utilizarem mão-de-obra infantil ou por demonstrarem falta de preocupação com a preservação ambiental.

Por outro lado, já existem empresas especializadas em preparar portfólios de investimentos apenas em empresas consideradas socialmente responsáveis e éticas. Destaque-se que esses investimentos costumam dar maior retorno aos investidores.

Tornou-se evidente que empresas que mantém péssimas relações trabalhistas costumam apresentar um enorme passivo e baixa produtividade, o que reflete negativamente nos resultados operacionais. Empresas que poluem o meio ambiente ficam sujeitas a arcar com multas de grande valor, aplicadas por órgãos reguladores, o que compromete o resultado, isso também acaba levando a uma imagem ruim da empresa perante a sociedade.

Uma comparação entre o lucro e o ar que se respira é muito interessante: é impossível uma pessoa sobreviver se parar de respirar, como é impossível uma empresa sobreviver sem ter lucro. Mas ninguém vive só para respirar; respirar é simplesmente uma necessidade essencial da sobrevivência. Aumentar a quantidade de ar que se respira não implica obrigatoriamente a obtenção de melhor saúde. Assim também é o lucro: nenhuma empresa atua só para ter lucro; o lucro é um dos fatores necessários à sobrevivência da empresa.

Baseado na avaliação utilitarista, uma decisão quanto a um dilema ético deve ser basear na busca de maximizar os benefícios para a sociedade, minimizando os prejuízos. O que realmente importa é agir de modo a fazer as conseqüências boas superarem as ruins.

Assim, é preciso identificar as alternativas de atuação possíveis diante de um dilema ético e suas respectivas conseqüências no que se refere aos benefícios e perdas de casa uma dessas alternativas.

Essa perspectiva surge a partir de uma nova consciência coletiva, que descobre a importância de se buscar selecionar as empresas merecedoras de confiança a partir, não apenas de seus produtos ou serviços, mas também de sua postura com relação à sociedade na qual esta inserida.

1.12 Ao Profissional

Muitos autores definem a ética profissional como sendo um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em pratica no exercicio de qualquer profissão. Seria a ação “reguladora” de etica agindo no desempenho das profissoes, fazendo com que o profissinal respeiro seu semelhante quando no exercicio da sua profissão.

A ética é ainda indispensável ao profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados. O fazer diz respeito à competência. À eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.

(MOTTA, 1984 p. 69).A ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o fim de todo ser humano, por isso, “o agir” da pessoa humana esta condicionado a duas premissas consideradas básicas pela Ética: “o que é” o homem e “para que vive”, logo toda capacitação cientifica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios essenciais da Ética.

Ela atinge todas as profissões e quando falamos de etica profissinal estamos nos referindo ao carater normativo e ate juridico que regulamenta determinada profissão a oartir de estatutos e codigos especificos.

São eles que efetivamente agem e interagem que inferem e diferenciam o que é certo do que é errado sob a influencia de suas reais intenções ou escolhas.

1.13 Comprometimento

(FELIPPE, Maria Inês) em seu artigo diz: Para efeito de conceituar o que é uma empresa comprometida com a ética, precisamos considerar ainda os seguintes aspectos: integridade nas relações comerciais, políticas justas nas relações de trabalho, responsabilidade na proteção ao meio ambiente, vigência e observância de códigos de conduta, solidariedade nas ações junto à comunidade, estimulo a pratica do voluntariado entre os colaboradores.

A obtenção de lucro permanece como objetivo essencial para empresas capitalistas. Entretanto, a sustentação dos negócios lucrativos precisa estar inserida em um circulo virtuoso que inclui a ética e a responsabilidade sócia. As empresas buscam aumentar suas margens de lucro por meio de gestão responsável, governança corporativa e processos avançados de controle que asseguram o retorno aos acionistas.

1.14 Investimento

Já é grande a quantidade de empresas que estão investindo maciçamente em ações que visam promover a associação de sua imagem a imagem de uma empresa responsável, transparente, uma empresa que valoriza seu quadro de funcionários e que investe na preservação do meio ambiente.

Aqui no Brasil, podemos citar empresas como a Companhia Vale do Rio Doce – a Vale que criou a Fundação Vale – e o banco Real – Grupo Santander, com o projeto Sustentabilidade, como exemplos de organizações que investem na preservação ambiental ou que estão empenhadas em evitar o aquecimento global.

Esses investimentos têm como principal objetivo a sustentabilidade da empresa, fazenda com que sua marca seja associada ao conceito de empresa consciente de sua responsabilidade social.

As pessoas é que atuam de forma ética. As empresas apenas espelham o caráter das pessoas que desempenham suas atividades em nome dela.

O papel de uma empresa é, em síntese, criar riqueza e emprego, fornecer produtos de qualidade aos consumidores e promover bem-estar, respeitando o meio ambiente. A sobrevivência não pode mais ser um fim a qualquer custo.

2 – CONCLUSÃO

Foi de muito valia esse tema, principalmente para que possamos ver que estamos deixando uma coisa que aprendemos deste de criança, como principio básico da nossa educação, como o respeito ao próximo, ser honesto e ter coerência na nossa tomada de decisão.

Apesar de termos uma vida “corrida” não podemos esquecer que as nossas atitudes podem vir a prejudicar alguém, mesmo de uma forma indireta, temos que saber como nossa decisão vai impactar seja no ser humano ou na natureza, temos como base a nossa educação, não estou me referindo apenas na educação escolar, mais sim na educação familiar, aonde aprendemos a respeitar os mais velhos, ser honesto, cuidar das nossas coisas, ser solidário e não ser egoísta, afinal de contas quando nos tornamos adulto esquecemos essas coisas, não podemos colocar a culpa nas empresas, ate porque as pessoas são geridas por pessoas, pessoas essas que também aprenderam esses princípios básicos, só não podemos deixar isso de lado em prol de realizações pessoais, até porque uma hora isso vai impactar em alguém, será que vale a pena, temos sim que colocar nossos pés no chão, somos humanos cometemos erros, mas alguns podem ser evitados.

3 - BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS

DE SOUZA, Márcia Cristina Gonçalves. Ética no Ambiente de Trabalho – Uma abordagem franca sobre a conduta ética dos colaboradores. Ed. Campus.

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Arruda, L. M. (2002), Correspondência científica de Francisco de Arruda Furtado. Introdução, levantamento e estudo de Luís M. Arruda. Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada.

VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Ética, 15ª Edição, Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1995.

MOTTA, Nair de Souza. Ética e vida profissional. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural, 1984.

http://www.arconconstrutora.com.br/boletim/edicao_12.pdf 15/02/2010 as 12h22min

http://www.rh.com.br/Portal/Relacao_Trabalhista/Artigo/3956/etica-no-ambiente-de-trabalho.html em 27/02/2010 as 00h13min

http://www.administradores.com.br/noticias/etica_no_ambiente_de_trabalho_e_cada_vez_mais_cobrada_pelo_mercado/3815/ em 10/03/2010 as 15h37min

http://www.mariopersona.com.br/entrevista_acritica_etica.html em 16/03/20010 as 01h01min

http://www.webartigos.com/articles/25474/1/Comportamento-Etico/pagina1.html em 21/04/2010 as 22h57mim

27

ARRUDA, M.C.C. Código de Ética: um instrumento que adiciona valor. São

Paulo: Negócio Editora, 2002. Em 21/04/2010 as 23h06min

http://www.mariainesfelippe.com.br/artigos/artigos.asp?registro=63 em

21/04/2010 as 23h21min

28

INDICE

Introdução 09

1- Ética 10

1.1 Significado 10

1.2 Comportamento 11

1.3 Característa 11

1.4 Decisões 12

1.5 Conseqüências 13

1.6 Importância 14

1.7 Questões Éticas 15

1.8 Integridade 16

1.9 Credibilidade 18

1.10 Transparência e Credibilidade 19

1.11 Ética e lucro 20

1.12 Ao Profissional 22

1.13 Comprometimento 22

1.14 Investimento 23

2– Conclusão 25

3– Bibliografias Consultadas 26

4– Índice 28

5 – Folha de Avaliação 29

29

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: Ética no Ambiente de Trabalho

Autor: Roberto Rodrigo Alves de Araujo

Data da entrega: 16/03/2010

Avaliado por: Ana Cristina Conceito:p

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