A Comunicação e Inteligencia Artificial na sociedade
Por: jacquemaciel • 19/6/2018 • Artigo • 1.702 Palavras (7 Páginas) • 344 Visualizações
Comunicação e Inteligência Artificial: os impactos da tecnologia na sociedade e a evolução da comunicação.
Resumo:
Abstract:
Introdução
. Nessa obra será elaborado conceitos da Inteligência Artificial na sociedade, seus impactos e de como seus efeitos refletem na comunicação, será mencionado estudos científicos sobre tal assunto.
A Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial está presente no dia a dia ainda que poucos se atentem para esse fenômeno, esse estudo faz parte do ramo da ciência da computação dedicado a buscar métodos ou dispositivos computacionais que possuam ou multipliquem a capacidade racional do ser humano de resolver problemas, cujo o intuito é fazer com que computadores realizem atividades que atualmente os humanos fazem melhor, como: capacidade de raciocínio, aprendizagem, reconhecer padrões, inferência entre outros. A expressão Inteligência Artificial (IA) foi produto de uma conferência acadêmica elaborada por John McCarthy no Dartmouth College em 1957, é o artigo de Alan Turing, realizado em 1950, como o “jogo da imitação”
conhecido também como “Teste de Turing” o artifício que define e caracteriza o campo. Apesar de Turing se questionar o estudo a ponto de considerar a questão de que “as máquinas podem pensar?” ele de fato reconhece que há muitos obstáculos nessa questão em si.
Esse método é elaborado obtendo as seguintes respostas. O interrogador faz para A e B diversos questionamentos e, com base nas respostas, tenta entender se é um homem ou uma mulher. “Para que nenhuma informação ajude o interrogador”, Turing “estabelece que, que as respostas deveriam ser escritas ou datilografadas. O recurso ideal é um telegravador com comunicação entre os dois quartos”(Turing, 1996, p.22). Deste modo, a configuração inicial do “jogo da imitação” é, como relata Turing, uma comunicação mediada-por-computador (CMC) avant la letre (figura 1). O interrogador interage com dois participantes desconhecidos via uma sincrônica mediada por computador que rotineiramente é chamada de chat. Já que essa troca acontece por meio de mensagens de texto, o interrogador não pode ver ou de alguma maneira notar a identidade dos dois interlocutores e deve, buscar acertar o gênero baseado em resposta que são dadas às questões como “a pessoa X poderia me dizer, por favor, o tamanho do seu cabelo” (Turing, 1996). Consequentemente, que Turing dispõe é aquilo que hoje é uma função comum na CMC: a identidade real de dois interlocutotes é ocultada e só pode ser acertada pelo modo de como as mensagens são trocadas.
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Fig.1. O jogo da imitação, primeira fase.
Turing leva, após isso, seu experimento ainda mais longe. Nós podemos fazer a pergunta? O que vai acontecer se uma máquina tomar o lugar de A nesse jogo? O interrogador irá decidir erroneamente com frequência quando jogamos o jogo desse jeito ou em sua forma anterior entre um homem e uma mulher? Essas questões substituem a primeira delas, Máquinas podem pensar? (Turing,1996). Em outras palavras, se o homem (A) é substituído por um computador no jogo da imitação, esse dispositivo seria capaz de responder as questões e “se passar” por outra pessoa, efetivamente enganando o interrogador e o levando a pensar que era apenas mais um interlocutor humano? (figura 2). É esta questão, de acordo com Turing, que substitui a pergunta infeliz e ambígua “Máquinas podem pensar?”. Consequentemente, se um computador de fato pode se tornar capaz de simular um ser humano de ambos os gêneros, em intercâmbios comunicativos com um interrogador humano de modo que o interrogador não consiga dizer se está interagindo com uma máquina ou outro ser humano, Turing conclui que essas máquinas devem ser consideradas “inteligentes”.
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Fig.2. O jogo da imitação, fase dois.
Na época da publicação do artigo de Turing, ele estimou que o ponto crítico – aquele no qual uma máquina poderia conseguir jogar com sucesso o jogo da imitação – seria atingido em pelo menos meio século no futuro: Acredito que, em cerca de 50 anos, será possível programar computadores, com uma capacidade de memória de cerca de 109 para fazê-los jogar o jogo da imitação tão bem que um interrogador médio não terá mais de 70% de probabilidade de chegar à identificação correta, após cinco minutos de interrogatório. (TURING, 1996, p. 44) Não demorou tudo isso. Já, em 1966, Joseph Weizenbaum demonstrou uma aplicação simples de processamento de linguagem natural que era capaz de conversar com interrogadores humanos de maneira a parecer outra pessoa. ELIZA, como era chamada a aplicação, foi o primeiro chatterbot. Apesar desse termo ainda não ser utilizado por Weizenbaum, foi aplicado retroativamente como resultado dos esforços de Michael Maudlin, fundador e pesquisador-chefe da Lycos, que introduziu esse neologismo em 1994 para identificar uma aplicação de processamento de linguagens naturais que por ele foi chamada de Julia. ELIZA era, em termos técnicos, um programa bem simples que: Consistia principalmente de métodos gerais de análise de frases e fragmentos delas, localizando o que chamamos de palavras-chave nos textos, montando David J. Gunkel Galaxia (São Paulo, online), ISSN 1982-2553, n. 34, jan-abr., 2017, p. 05-19. http://dx.doi.org/10.1590/1982-2554201730816 9 sentenças a partir dos fragmentos, e assim por diante. Ela tinha, em outras palavras, nenhum ferramental contextual embutido do universo do discurso. Isso era provido a ele por meio de um script. De certo modo ELIZA era uma atriz que comandava um conjunto de técnicas, mas não tinha nada pra dizer vindo de si mesma. (WEIZENBAUM, 1976, p. 188; tradução nossa) Apesar dessa objeção, o programa de Weizenbaum demonstrou aquilo que Turing havia inicialmente previsto: ELIZA criou a ilusão mais marcante de ser capaz de ter entender o que se passava na mente das muitas pessoas que conversaram com ela. Pessoas que sabiam muito que estavam conversando com uma máquina logo esqueceram esse fato - assim como a plateia de um teatro, sob o domínio da suspensão da descrença - e logo esqueceram que aquilo que estavam presenciando não era “real”. Essa ilusão era especialmente forte e se apegava com mais tenacidade em pessoas que conheciam pouco ou nada sobre computadores. Eles frequentemente pediam que as deixassem conversar com o sistema em privado e, após terem conversado com ela por um tempo, insistiam, mesmo depois de minhas explicações, que a máquina havia realmente os entendido. (WEIZENBAUM, 1976, p. 189; tradução nossa)
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