A tregua

Resenha: “A Trégua” – Mario Benedetti.

“A trégua” é um livro do escritor Mario Benedetti, escrito em formato de diário, com pequenas anotações, porém profundas. Martin Santomé que está numa fase indiferente da vida, viúvo, e prestes a completar 50 anos e viver uma realidade de aposentado, começa a compartilhar seus anseios, sua relação com seus filhos e ressentimentos da morte de sua esposa. Com sua aposentadoria surgindo nos pensamentos, Martin se pega  imaginando  como será seu futuro, a brevidade da vida, contrastando com seus sentimentos que o poibem de viver intensamente, os quais são postos em seu diário.

Sobre as preocupações, ele faz uma relação com o tema e o trabalho, quando descreve duas formas de trabalhos feitas no escritório, as automáticas que todos se acostumam e são feitas sem muito pensar, e as novas petições que exigem maior atenção, com isso se mantém atento e fora de uma rotina cotidiana. Nessa comparação, Martin tenta mostrar duas formas de viver, uma delas na qual se questiona, e outra, passiva. Ainda no contexto, ele questiona a vida e como ela pode passar despercebida se apenas olharmos momentos bons, sem observar também os negativos, isso impossibilita uma forma de questionamento a fim de bucar uma melhor existência.

Explicando melhor a trama, se trata de amores, perdas, religiões, dentre outros. O livro faz pensar como é a vida quando se começa a questionar e conhecer o que está ao redor, é a vida de forma racional, sem o lado romanceado. Que acaba nos contando sobre a falta de esperança que em algum momento acaba nos visitando.

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