ATPS Produção: Linguagem e Produção em Rádio.
Por: Caio Nazatto • 7/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.420 Palavras (10 Páginas) • 342 Visualizações
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Ágatha Miqueloti Calegari
Caio Nazatto
Daiane Pereira do Nascimento
Deyse Nascimento
Gustavo Iansen
Larissa Rosolen
Nicholas Moraes
ATPS Produção: Linguagem e Produção em Rádio.
Etapa 1 e 2
Santa Bárbara d’ Oeste
2016
HISTÓRIA DO RÁDIO
Existem diversas opiniões e relatos quanto a data da primeira transmissão de rádio e do surgimento da mesma no Brasil, porém aprofundando-se um pouco em sua história, e lendo relatos, podemos tomar conhecimento e dimensão da importância do rádio no Brasil na década de 1990. O rádio possibilitou a globalização para os privilegiados, e alguns anos tornou-se um meio de comunicação de massa. O Brasil começará uma nova época.
Era como um circuito fechado, que aos poucos foi abrindo suas portas para a participação ser mais popular, começando assim uma nova época, onde o Brasil entrava para a era das comunicações de massa, dos ídolos e mitos populares. Para Roquette Pinto, o rádio é muito mais do que um simples veículo de comunicação: O rádio é o jornal de quem não sabe ler; é o mestre de quem não pode ir a escola; é o divertimento gratuito do pobre; é o animador de novas esperanças; o consolador do enfermo; o guia dos são, desde que o realizem com espírito altruísta e elevado. (ROQUETTE PINTO, FERRARETTO, 2000).
A história do rádio no Brasil começa no ano de 1901, devido a uma viagem aos Estados Unidos, feita pelo padre Roberto Landell de Moura, com o auxílio do governo brasileiro, patenteia o telégrafo sem fio, o telefone e o transmissor de ondas. A primeira transmissão radiofônica no Brasil ocorreu em 07 de setembro de 1922 na cidade do Rio de Janeiro que até então era a capital da república, ao som do discurso de independência do Brasil feito pelo presidente da república Epitácio Pessoa. O transmissor de 500watt para a transmissão foi instalado no alto do Corcovado, e mais 80 receptores distribuídos ao redor da cidade.
O alvoroço foi grande, pois naquele momento, o discurso era ouvido em São Paulo, Petrópolis e Niterói, devido à transmissão por torres.
Após esse marco histórico a emissora passou a ser utilizada pelo Correio, para transmitir informações do clima, e do preço do café, açúcar e outras informações.
Somente em 20 de abril de 1923, Roquette Pinto um empresário influente em seu meio social, convence a Academia Brasileira de Ciências a comprarem os equipamentos e iniciarem na cidade do Rio de Janeiro a primeira emissora de rádio, a PRA-2 Sociedade Rádio do Rio de Janeiro (atual rádio MEC), iniciando sua transmissão regularmente.
Durante toda década de 20 foram surgindo as rádios no Brasil, que inicialmente só chegavam a classe mais elitizada, devido a seu único meio de renda ser através de mensalidades e doações de discos, e conteúdo para a programação.
Até a chegada dos anos 30 o rádio já tinha se expandido por todo país, e o governo demonstrava interesse no meio de comunicação em massa. Em 1932 foi sancionada por Getúlio Vargas a liberação de anúncios publicitários nas rádios, e foi o que levou a rádio para sua chamada “época de ouro” entre os anos 30 e 40, devido a receita da publicidade, sua programação foi tornando-se mais pública, e as rádios conseguiram comprar equipamentos e contratar funcionários.
Logo no início dos anos 1930 o Brasil já tinha cerca de 29 emissoras de rádio espalhadas entre as capitais, transmitindo textos instrutivos, óperas e músicas e notícias. Nesse mesmo ano, Nicolau Tuma narra seu primeiro jogo de futebol ao vivo em uma emissora de rádio. Em 1932 Ademar Casé foi o primeiro a pagar cachê para um artista em um programa de rádio.
Por volta de 1940 começaram a surgir os programas de humor e as telenovelas, causando um burburinho pela grande repercussão e grande audiência que se teve com a primeira novela transmitida pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, que se chamava: “Em busca da felicidade”, e logo em seguida “O direito de nascer”, nesse mesmo ano também surge o primeiro jornal falado “Grande Jornal Falado Tupi”, porém logo após é criado o “Repórter Esso”, um dos noticiários mais importantes de todos os tempos.
Nosso humorista brasileiro Chico Anysio também foi um dos primeiros a ter um programa de humor na rádio brasileira, era chamado de: “Rua da Alegria”, logo após em 1942 Abelardo Barbosa (Chacrinha) sai da Rádio Clube Pernambuco e inicia sua carreira na Rádio Difusora Fluminense, onde surge seu apelido “chacrinha” devido à localização da rádio em uma chácara em Niterói – RJ.
Em 1946 tivemos outro marco na história da rádio brasileira: as fitas magnéticas, que possibilitaram a fazerem as programações sem serem transmitidas ao vivo. Em 1948, o que está causando frisson na população brasileira é o programa de humorístico “Balança mais não cai”, um de seus integrantes que mais marcaram na história do programa foi Paulo Gracindo “primo rico”. No dia 1º de abril de 1948, em um programa transmitido pela Rádio Record, Geraldo José de Almeida, que era locutor esportivo na época, narra um jogo completo de futebol entre o time São Paulo, e outro time Europeu, e ao final da locução, choca todos os ouvintes com o resultado da partida, onde o São Paulo havia perdido de 7 a 0. No dia seguinte, anunciou que tudo era uma farsa, o jogo nem havia acontecido, era somente uma piada de 1º de abril.
No ano de 1955 a primeira rádio FM chegou ao Brasil, com o nome de ‘Rádio Imprensa’, quando a antiga fundadora da rádio Eldorado AM, Anna Khoury, a trouxe para o país. Nessa época não havia locução. Na rádio FM tocava apenas músicas e era utilizada e Frequência Modulada.
A Rádio Imprensa foi a única FM até o ano de 1976, quando surgiu então outras rádios FM e elas foram se multiplicando cada vez mais.
Ao longo do tempo, com a popularidade das rádios FM, o AM foi perdendo força cada vez mais.
No ano de 2013 foi feito um decreto pela presidenta Dilma Roussef para que as rádios AM’s migrassem para FM. As mudanças tendem a ocorrer até abril de 2016. A presidenta defendeu que visa fortalecer as emissoras que hoje não possuem grande quantidade de ouvintes por conta desse atual esquecimento do AM. Além de o público ter acesso à rádios que talvez antes eles não conhecessem, por fazerem parte de outra frequência, as emissoras também terão melhor sintonia e melhor qualidade de áudio.
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