Análise do Filme Perdi meu Corpo a Partir das Teorias da Semiótica
Por: Ana Clermann • 14/4/2021 • Trabalho acadêmico • 318 Palavras (2 Páginas) • 300 Visualizações
Análise do filme Perdi meu corpo a partir das teorias da semiótica
Analisando a animação Perdi meu corpo com os conceitos do estudo da semiótica de Charles Pierce, focado na forma da recepção da informação, pode-se concluir a presença da primeiridade como primeira sensação que temos, relacionada ao sentimento que nos é causado dado os ícones primeiramente apresentados. No caso podemos relacionar com a estranheza de ver uma mão solta de seu corpo andar pela cidade sozinha, até tentarmos achar um significado para isso.
O conceito da secundidade, relacionada ao índice, quando tentamos decifrar os ícones que o filme está apresentando, indicando, e o que eles significam. É possível abstrair tal conceito do filme pelos flashbacks que o personagem principal Naoufel tem como forma de mostrar informação para que nós possamos compreender as ações dele, a nossa tentativa de decifrar os ícones.
A terceiridade, quando estabelecemos conceitos para a informação que recebemos, processo de simbolização dos signos, o processo de efetivamente racionalizar o que nos foi apresentado. No filme podemos dizer que isso se espelha no processo que fazemos até entendermos que a mão perde seu sentido de personagem ativo na história, como algo real, e é mais como uma metáfora, uma forma do personagem principal contar como ele a perdeu.
Já visando o estudo de Ferdinand de Saussure focado na maneira que se emite a informação, pode-se abordar o conceito da parte estrutural do signo, o significante, no filme como a própria mão desconectada do corpo andando pela cidade a procura do corpo como a forma de emitir as informações para o receptor.
O significado que a mão, como significante, carrega é a maneira como entendemos a informação passada e aplicamos ela, no caso podemos conceituar a memória que a mão nos apresenta ao longo do filme, os flashbacks e todas suas ações passadas até chegar no momento atual, onde relacionamos e compreendemos como o Naoufel chegou a tal situação.
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