Atps sistemas de multimida
Por: juniormoreno22 • 3/6/2017 • Trabalho acadêmico • 9.149 Palavras (37 Páginas) • 280 Visualizações
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A Realidade Aumentada na comunicação do ser humano.
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A Comunicação e a Realidade Aumentada
A palavra “comunicação”, do latim comunicativo e que deriva do feminino singular “comunicar” tem como significado, segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, informação, participação, transmissão, notícia, relações, entre outros. Na comunicação social é considerada como a “prática ou campo de estudo que se debruça sobre a informação, a sua transmissão, captação e impacto social” (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa). “Comunicar” significa partilhar, divulgar, transmitir. Transformar algo desconhecido e privado em algo público, divulgando uma mensagem, um produto, uma informação, que nas palavras de Poyares (1970), é a ação de tornar algo comum a muitos.
É recorrente assistirmos a tipos de comunicação diferentes, invasivos, que se intrometem no nosso dia-a-dia mesmo que não estejamos à espera. Com a evolução inevitável dos tempos, os recursos tecnológicos tendem a tornar-se, de forma cada vez mais fulminante, em algo que podemos considerar, por vezes, uma extensão do nosso próprio corpo, como um novo membro associado intrinsecamente a nós. Estamos envolvidos em redes de comunicação que se espalham por tudo e todos. Em Uma Leitura da ‘Sociedade da Comunicação’ a partir de Teillard de Chardin de Paulo Serra investigador da Universidade da Beira Interior, é-nos apresentada a ideia de que:
“uma rede de comunicação é, antes de mais, uma rede de máquinas de comunicação. Esta rede tem, em cada um dos seus pontos de origem e de destino, um ou mais seres humanos a quem cabe, mediante um «esforço quase nulo» – um pequeno gesto ou mesmo só um sinal – comandar o fluxo das imagens auditivas e visuais que “alimentam” todos e cada um deles.”
(2006, p. 2)
Comunicamos porque é essa a origem do ser humano e aquilo para o qual realmente foi feito. Quem não tem um celular repleto de funcionalidades que na maioria das vezes nem sequer são utilizadas? A câmara fotográfica, o acesso à internet, os jogos em três dimensões que nos sugam o tempo e nos fazem dispersar da verdadeira funcionalidade e finalidade que o celular tem: estabelecer a comunicação entre as
pessoas. Fazer chamadas e enviar mensagens de texto, deixaram de ser a principal funcionalidade do celular, tomando agora um segundo plano no intuito funcional do mesmo. Se este uso desmedido acontece todos os dias ao nosso redor e todos vivem a tecnologia no máximo do seu potencial, usando e abusando das novas funcionalidades (por vezes menos do que realmente se deveria disfrutar, tamanhas são as novidades), porque não usar essa mesma tecnologia que nos rodeia para comunicar, não só entre nós, não só numa comunicação diária e sem um propósito fixo, mas sim uma comunicação já mais ao nível da publicidade, da cultura, do ócio?
Há já algum tempo que uma questão tem vindo a ser colocada repetidamente: qual será o futuro dos livros, dos jornais, do papel, numa altura em que a tecnologia e formatos digitais são cada vez mais utilizados, descurando por vezes do tradicional e mais simples modo de comunicar. Com o surgimento de tais vias tecnológicas, existem também tentativas (que podem ou não vir a ser infrutíferas) de tentar inovar, mantendo algum quê de tradição e de raiz comunicacional.
Os sistemas comunicativos, assim como toda a comunicação tal como a conhecemos, estão a sofrer com a introdução de novos paradigmas comunicacionais. A nossa escolha é o que importa, é o mais evidente, o mais emergente. Dá-se ouvidos ao público e a oportunidade de cada um escolher o que quer, como quer, quando quer. A participação na comunicação é ainda mais latente, precisando de marcar o seu espaço, precisando de saber o seu território, como avançar, para onde avançar.
A comunicação e a evolução tecnológica dos sistemas comunicativos
“A comunicação foi e continua a ser o elo mais importante da evolução humana, fez o grande diferencial entre o ontem e o hoje. Será a mola propulsora entre o hoje e o amanhã, e será uma grande força contributiva de um futuro bem próximo”.
(BRAGANÇA, 2009, p. 1)
A era da comunicação em massa é a era em que vivemos atualmente. Só não se informa quem não quer, só não comunica quem não quer. No entanto, com o evoluir das tecnologias, existe um paradigma de massificação que se tem vindo a desmistificar e a desconstruir aos poucos. É cada vez mais facilmente personalizar os conteúdos a que cada pessoa tem acesso. Apesar de a comunicação em massa ser feita por todos e para todos, há necessidades que têm que se suprir e em que esta forma de comunicar em grupo não se aplica. Mas todos os tipos de comunicação são possíveis, onde quer que seja. Se há várias décadas apenas o telegrama era utilizado como meio de comunicação, hoje já nem o e-mail é suficiente. Fazendo uma breve contextualização histórica sobre os vários sistemas comunicativos que até hoje foram inventados, encontramos inúmeras técnicas que têm vindo a sofrer uma evolução demasiadamente abrupta e repentina. Esta história pode ser dividida em várias eras.
As eras da comunicação
A Era da Fala marcou o início do progresso comunicativo e perceptível. Desde os primórdios, a comunicação é essencial. Nessa era os homens das cavernas comunicavam através de sons incompreensíveis aos ouvidos atuais e através de desenhos nas paredes, cravados e desenhados com as pontas das lanças utilizadas pelos mesmos para caçar. O poder de comunicar foi passando de geração em geração, os vocábulos evoluíram e a comunicação também. “A cultura oral passa de geração em geração através de uma atmosfera de interação pessoal emotiva e sensorial” (BACELAR, 1999, p. 3) fazendo com que o poder de comunicar se torne algo de transcendente.
O homem é o animal que fala. Aristóteles dizia que o ser humano era um animal político, um animal que falava. Contando com cerca de 40 mil anos, a fala deu ao
Homem a possibilidade de dar um gigante salto no desenvolvimento da comunicação humana, fazendo com que se tornasse viável, através da fala, a transmissão de mensagens complexas e precisas. As pinturas rupestres foram algumas das primeiras tentativas de compreensão e armazenamento de informação, e a arte passou a fazer parte do dia-a-dia do homem como meio de comunicação.
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