Disciplina Educação e Processos não Escolares
Por: marinalvina • 29/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.671 Palavras (7 Páginas) • 379 Visualizações
Acadêmica: Maria Aparecida Bispo Guimarães
RA= 42141
Disciplina Educação e Processos não Escolares
Professoras: Drª Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula e Drª Aparecida Meire Calegari Falco
Atividade 1
- Quais as origens e características da Educação Popular, Educação Não Formal, Educação Social e Pedagogia Social no Brasil e no mundo?
Sem duvida a educação tem como principio básico os direitos e atender a todas as pessoas indistintamente, no Brasil as desigualdades sociais e educacionais se fazem presentes no atendimento ofertado as classes populares. As crianças, adolescentes, jovens e adultos no Brasil que vivem em situação de extrema vulnerabilidade não tem seus direitos sociais garantidos de forma digna, esse aspecto é uma das conseqüências da injusta ordem social vigente que se reflete nas condições precárias de escolarização para esta pessoas e no despreparo do professores e educadores para lidar com as realidades sociais dos alunos das classes populares.
A origem da Educação Popular, da Educação Não- Formal, Educação Social e das discussões de Pedagogia Social em nosso pais apresenta uma trajetória semelhante no que se refere ao debate do papel do Estado e sua ausência no comprimento das obrigações básicas na garantia dos direitos do cidadãos. Nesta concepção os pesquisadores procuram romper com metodologia educacionais tradicionais e currículos que não respeitem ao saberes, valores e modos de viver das classes populares. Entretanto, alguns dilemas e divergências conceituais são evidenciados nesta áreas. A Educação Popular é um método de educação que valoriza os saberes prévios do povo e suas realidades culturais na construção de novos saberes. Está implicada com o desenvolvimento de um olhar crítico, que facilita o desenvolvimento da comunidade que o educando está inserido, pois estimula o diálogo e participação comunitária, possibilitando uma melhor leitura de realidade social, política e econômica. Não é “Educação Informal” porque visa a formação de sujeitos com conhecimento e consciência cidadã e a organização do trabalho político para afirmação do sujeito. É uma estratégia de construção da participação popular para o redirecionamento da vida social. A principal característica da Educação Popular é utilizar o saber da comunidade como matéria prima para o ensino, valorizando todos os sujeitos sociais nesse processo, tornando esse espaço de educação um lugar de afetos alegres e amorosidade. É aprender a partir do conhecimento do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas geradores do cotidiano dele, reconhecendo a importância do saber popular e o saber científico. A Educação é vista como ato de conhecimento e transformação social, tendo um certo cunho político. O resultado desse tipo de educação é observado quando o sujeito pode situar-se bem no contexto de interesse. A educação popular pode ser aplicada em qualquer contexto, mas as aplicações mais comuns ocorrem em assentamentos rurais, em instituições sócio-educativas, em aldeias indígenas e no ensino de jovens e adultos, processos educativos no SUS. O pedagogo é o profissional especialista em educação, sua função é produzir e difundir conhecimentos no campo educacional. Ele precisa ser capaz de atuar em diversas áreas educativas e compreender a educação como um fenômeno cultural, social e psíquico complexo e capaz de produzir e difundir conhecimentos no campo educacional.É preciso ter capacidade de planejamento e execução de planos, dinamismo, além de saber comunicar e transmitir idéias. Este profissional precisa estar preparado para enfrentar, com criatividade e competência, os problemas do cotidiano, ser flexível, tolerante e atento às questões decorrentes da diversidade cultural que caracteriza nossa sociedade. Características desejáveis: equilíbrio emocional trabalhar bem em equipe objetividade criatividade gostar de lidar com público capacidade de comunicar-se ter iniciativa gostar de ensino desembaraço a educação popular nasceu no Brasil desde a década de 20 com o manifesto Pioneiros da Escola nova no qual o intelectual brasileiro pregavam uma educação popular para todos.só que na década de 60, devido ao processo de industrialização e urbanização é que o Brasil começou a se preocupar com altos índices de alfabetização de jovens e adultos das classes populares em função da necessidade de mão de obra qualificada para o trabalho.No caso da Educação Não Formal no Brasil, é possível perceber que suas ações tiveram origem a partir da década dos anos 90, em decorrência das mudanças na economia, na sociedade no mundo do trabalho, no que se diz respeito á Educação Social, esta área surgiu na Europa, no período pós-Segunda Guerra Mundial para atender aos jovens órfãs da guerra, considerados jovens “inaptados”. Sua origem ocorreu na França, Alemanha e Espanha na década de 40. Na America Latina, a educação Social também é muito expressiva principalmente em países como Uruguai, Chile, Venezuela e Argentina. E a Pedagogia Social, ela já existe há muitas décadas em países europeus, com cursos específicos para a formação de educadores, de acordo com Gomes (2009, p.3), as características da Pedagogia são apresenta-se estrelada ao campo da educação não formal, e formal cujos trabalhos são historicamente desenvolvidos pelas ONG’S, setores privados em parcerias com: empresas, igrejas e o estado. No Brasil, uma forma de Pedagogia Social atrela-se a historia dos menores abandonados: no começo do século passado á problemática dos “menores” e inaptos eram de responsabilidade das famílias, dos” pais irresponsáveis”, quando não da próprias crianças e adolescentes . propunha-se como possível solução á institucionalização destas onde não raro, havia denuncias e maus-tratos. No final dos anos sessenta, se observava no Brasil o desenvolvimento de um campo conceitual: o do movimento dos educadores de rua,com uma linha de trabalho adversa aos princípios da institucionalização das décadas anteriores, e que ainda se faz contemporâneo. Os Educadores Sociais de rua (E.S.R) surgem como uma resposta á problemática dos menores excluídos dos anos setenta do século passado.
- No capítulo dois: “Relações entre a Pedagogia Contemporânea e a Emergente Pedagogia Social no Contexto Brasileiro”, de Erico Ribas Machado, qual é o papel social do pedagogo e as contradições presentes na formação dos pedagogos no Brasil ?
Durante muito anos, tem se enfatizando nas teorias do papel social do pedagogo em suas praticas educacionais, pois ele é o responsável por contribuir na formação de sujeitos consciente de um pertencimento de grupo e que lhes é reservado o dever de contribuir nessa coletividade. Todavia, na pratica o que se percebe é uma formação em nível superior que restringe o olhar do profissional a apenas um aspecto do seu campo de atuação, que é a docência. Pois nessa perspectiva, a pedagogia passa a ser o curso Normal, ofertado em uma Instituição de ensino superior, que prepara educadores para atuar somente nos níveis de Educação Infantil e seres Iniciais. O pedagogo social ou socioeducador cuida da socialização do sujeito, em situações normalizadas ou especiais. Implica o conhecimento e a ação sobre os seres humanos, em atividades como crianças abandonadas, orientação profissional e atenção aos direitos da terceira idade. Em uma ação interdisciplinar, o socioeducador também participa constantemente na formulação de planos, construção, avaliação e monitoramento de projetos individuais e coletivos ele
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