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Disjunção e diferença na economia cultural global

Por:   •  6/1/2017  •  Resenha  •  708 Palavras (3 Páginas)  •  959 Visualizações

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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS                                              Pós-graduação UFMS                                                                                        Mestrado em Comunicação                                                                               Disciplina Teoria da Comunicação | Profª Drª Márcia Gomes Marques Acadêmica: Tainá Mendes Jara

APPADURAI, Arjun (1994). Disjunção e diferença na economia cultural global. In FEATHERSTONE, Mike (Org.) Cultura Global. Nacionalismo, globalização e modernidade. Petrópolis, Vozes: 311-27

As contradições existentes na atual economia cultural global, especialmente na aplicação de conceitos como nacionalismo, globalização e modernidade, rendem aprofundados e numerosos estudos sem desconsiderar definições postas anteriormente.

Neste contexto, a relação com a comunicação aparece não só nas relações sociais mais latentes, mas é evidenciada pela lembrança da mídia em boa parte desses estudos, como o de autoria do antropólogo indiano Arjun Appadurai.

Nascido em 1949, em Mumbai, o autor é conhecido pelos seus trabalhos sobre modernidade e globalização, cujo aprofundamento é quase que indissociável das práticas comunicacionais.

No texto Disjunção e diferença na economia global (1994), Appadurai trabalha de forma didática conceitos como homogeneização, heterogeneização, “mundos idealizados”, desterritorialização e fetichismo para explicar a nova economia cultural global. A explicação é reforçada por diversos exemplos, porém, de proximidade com a própria realidade do autor, restando aos leitores aplicar os conceitos em seu próprio cotidiano na busca de uma melhor compreensão.

Ao colocar os conceitos de homogeneização cultural e heterogeneização cultural, o autor admite a coexistência de ambos como protagonistas e elementos problematizadores das interações globais atuais. Entretanto, é a heterogeneização que é utilizada como elemento norteador deste estudo.

Partindo da argumentação de que as forças provenientes de várias metrópoles são constituídas em novas associações e tende a se tornar indigenizadas, o autor sugere uma estrutura elementar como ponto norteador para analisar as disjunções decorrentes deste modelo.

O autor lista e estuda o relacionamento entre cinco dimensões de fluxo da cultura global, são elas: etonopanoramas, midiapanoramas, tecnopanoramas, finançopanoramas e ideopanoramas.

O uso do sufixo “panorama” é para explicar “que não se tratam de relações objetivamente dadas que têm a mesma aparência a partir de cada ângulo de visão” (pg 312).  Dentro disto, os agente individuais conhecem e constituem formações mais amplas, cujo os cenários são denominados “mundos idealizados”.

Ao serem explicados pelo autor, os panoramas são separados em dois grupos. Etnopanoramas, tecnopanoramas e finançopanoramas. Estruturados sobre essas disjunções está os midiapanoramas e os ideopanoramas, panoramas de imagens intimamente relacionados.

        Appadurai coloca como uma das forças que sustentam a estrutura proposta por ele, a desterritorialização. Esta colocada como uma dicotomia, pois, ao mesmo tempo que caminha as populações trabalhadoras para os setores e os espaços da classe inferior das sociedades relativamente prósperas, cria novos mercados .

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