Identidade e Mídia: Estudo de caso sobre Gaby Amarantos e Gang do Eletro – Representações Sociais

O presente trabalho traz como objeto de estudo a produção de identidade do tecnobrega pela mídia televisiva nacional, usando como recorte os artistas paraenses Gaby Amarantos e Gang do Eletro. Pretende-se, através da pesquisa, identificar as produções de sentidos na sociedade sobre esses artistas, geradas pelas veiculações nos meios eletrônicos de comunicação social entre 2012 e 2013. O discurso midiático é um dos principais dispositivos capaz de atualizar as redes de memórias coletivas, construídas em condições de possibilidades históricas que dão conta de uma visão do artista de maneira geralista. Tal construção deve ser entendida a partir dos poderes produtores de mídia, que são encarregados de institucionalizar aparatos de etiquetagem e de disciplinamento do corpo social. Amparado pelo método arqueológico de Foucault, parte-se do retrospecto histórico dos artistas Gaby Amarantos e Gang do Eletro e dos enunciados midiáticos construídos pela televisão acerca de ambos, através de aparições em programas de audiência expressiva em um período de projeção nacional de ambos. Exploraremos como essas identidades são visibilizadas sem levar em conta as subjetividades de cada um, num jogo envolto pela memória coletiva do que é ser artista no Pará, uma representação constantemente atualizada e sustentada por uma noção folclórica e sem valor cultural. Além de Michel Focault, os principais referenciais teóricos deste trabalho são os estudos em memória, esquecimento e silenciamento de Michel Pollak e em discurso e identidade de Maria do Rosário Gregolin.

PALAVRAS-CHAVE: discurso; mídia; memória; música paraense.

RESUMEN

Este trabajo tiene como objeto de estudio la producción de la identidad tecnobrega por los medios de televisión nacional, utilizando como recorte los artistas Gaby Amarantos y Gang do Eletro. Se pretende, a través de la investigación, identificar las producciones de sentido en la sociedad acerca de estos artistas, generadas por las colocaciones en los medios electrónicos entre 2012 y 2013. El discurso de los medios es uno de los dispositivos capaces de actualizar las redes de memorias colectivas, construidas en condiciones de posibilidades históricas que dan cuenta de una visión geralista sobre el artista. Dicha construcción se debe entender a partir de los poderes productores de medios, quienes se encargan de institucionalizar aparatos de etiquetado y disciplinar el cuerpo social. Apoyado por el método arqueológico de Foucault, partimos de la retrospectiva histórica de los artistas Gaby Amarantos y Gang do Eletro y de las declaraciones construidas en los medios de televisión sobre ambos a través de apariciones en programas de teleasistencia significativa en un período de proyección nacional de ambos. Explorar cómo estas identidades se visualizan sin tener en cuenta la subjetividad de cada uno, en un juego rodeado de la memoria colectiva de lo que es ser un artista en Pará, una representación constantemente actualizada y soportada por una noción popular y ningún valor cultural. Además de Michel Foucault, las principales referencias teóricas de este trabajo son los estudios sobre la memoria, olvido y silencio en Michel Pollak y el discurso y la identidad de María do Rosario Gregolin.

PALABRAS