Manual de Radiojornalismo (pp. 55 – 83)

Manual de Radiojornalismo (pp. 55 – 83)

BARBEIRO, Heródoto. Manual de Radiojrnalismo, Rio de Janeiro: Campos, 1946

 “O rigor na apuração dos fatos é determinante para a qualidade da reportagem. O repórter precisa ter máximo de informação sobre o assunto que cobriu. A reportagem deve responder a todas as perguntas comuns que o ouvinte poderia fazer.”  (p. 56)

“Nunca imagine que o ouvinte já conheça os antecedentes do fato, mesmo que este venha sendo noticiado com insistência.” (p. 56)

“O ceticismo é uma qualidade do jornalista. Ele deve desconfiar do que ouve e vê. Muitas vezes a notícia não está na forma como e apresenta, mas escondida em declarações e fatos aparentemente irrelevantes.” (p. 56)

“A reportagem dever ser iniciada com um fato novo, mesmo que o assunto seja conhecido.” (p. 57)

“A liberdade de imprensa não autoriza o repórter a cometer qualquer deslize e não lhe dá imunidade contra toda a sociedade.” (p. 58)

“A pergunta tem que ter tamanho certo, suficiente para que o ouvinte entenda o assunto.” (p. 59)

“Entrevista não é debate. É necessário tomar cuidado para que um bate-boca não confunda o ouvinte.”  (p. 61)

“Sempre é bom lembrar que existem limites na entrevista, como, por exemplo, de não se invadir a privacidade do entrevistado, preservar sua vida pessoal e agir sempre pautado em ações éticas.” (p. 62)

“O âncora deve fiscalizar o ego e, de forma alguma, se confundir com a notícia.” (p. 63) “O apresentador, ou âncora, deve dar preferência ao pronome nós em vez de eu.” (p. 63)

“O apresentador é a principal parte visível, mas não é o dono do programa. Jornalismo só se faz em equipe, portanto, erros e acertos deem ser creditados a todos.” (p. 64)

“O lead é do repórter, que presencia o fato e, portanto, tem melhores condições de informar o que está acontecendo.” (p. 64)

“Denúncias ou acusações feitas por entrevistados em programas ao vivo devem ser seguidas de imediato e direito de respostas” (p. 64)

“Não deve dramatizar acontecimentos nem alterar o sentido das frases com impostação desnecessária.” (p. 64)

“O pauteiro pensa o assunto por inteiro e indica os caminhos que devem ser percorridos para que a reportagem penda a atenção do ouvinte” (p. 65)

“Tudo que for relevante para a sociedade é o objeto de interesse jornalístico e de pautas.” (p. 65)

“A rotatividade e de audiência nunca deve ser esquecida. Os jornais de rádio devem ser repaginados a cada meia hora com uma sequência de assuntos que atraiam a atenção.” (p. 68)

“Parte-se do princípio de que o programa deve abordar o que o ouvinte quer saber e não o que nós querermos dizer para ele.” (p. 69)

“As chamadas são importantes para atrair a tenção do ouvinte sobre a importância do tema que será desenvolvido no programa do dia seguinte.” (p. 69)

“A repetição de matérias é possível desde que seja um assunto importante.” (p. 70)

“O produtor deve estar sempre em contato com as fontes, já que notícias interessantes podem surgir de uma conversa informal, e deve manter um arquivo com sugestões de assuntos.” (p. 70)