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Midia Metro

Por:   •  10/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  139 Visualizações

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Esta modalidade de financiamento se apoia na vontade das pessoas em ajudar um negócio a sair do papel, mesmo com baixo investimento, com o objetivo de poder participar de alguma forma daquela empresa no futuro. Muitos empreendedores que divulgam sua ideia em busca deste financiamento colaborativo recompensam seus investidores com alguns brindes, prêmios e até mesmo com participação dentro da empresa, tudo dependerá da quantia investida no projeto.

A premissa é relativamente simples: o autor da ideia apresenta sua proposta em uma plataforma online e diz quanto quer captar. Através deste sistema, indivíduos que se interessem em apoiar o projeto fazem doações – cada um dá o que quer ou o que pode. Em troca, o dono do projeto oferece uma recompensa – se o projeto anunciado for um filme, por exemplo, os “investidores” podem receber uma cópia gratuita em primeira mão.

Se o projeto conseguir captar os recursos desejados, os donos da plataforma repassam a verba aos responsáveis pelo projeto, ficando com uma comissão – em geral, 5%. Se a meta de arrecadação não for atingida, o dono da ideia sai sem nada e os investidores recebem o dinheiro investido de volta - em alguns casos, não em espécie, mas em forma de crédito para investir em outros projetos.

Uma das referência mais importantes em crowdfunding, o site americanoKickstarter já permitiu que mais de 380 mil pessoas buscassem recursos para colocar suas ideias em prática – desde filmes independentes até discos produzidos e gravados em casa. Mais de 30 milhões de dólares em recursos foram solicitados por meio da plataforma, sendo que alguns projetos chegaram captar mais de 100 mil dólares.

Versões brasileiras

Aprovada lá fora, a ideia começa a ser testada por aqui. O site brasileiro Catarseestreou esta semana com a mesma proposta – financiar ideias criativas. Com cinco projetos no ar, a plataforma aceita doações de 10 reais até 10 mil reais. O objetivo é abrir até 600 projetos para captação de recursos por meio do site ainda este ano. As áreas prioritárias incluem arte, música, design e produtos inovadores em geral.

Além das doações de pessoas físicas, o site permitirá que empresas patrocinem os projetos, associando um banner à ideia apoiada. Embora qualquer um possa fazer doações, o executivo acredita que grande parte dos recursos virá de pessoas envolvidas com a iniciativa, “Possivelmente 70% das doações virão de pessoas que já estão ligadas de alguma forma ao projeto”, explica Luz. Assim como no Catarse, a comissão cobrada pela plataforma será de 5%, caso o financiamento seja viabilizado.

Celeiro de startups

Outra iniciativa que está em fase de gestação é o Love Money, que permitirá o financiamento de startups, especialmente as do ramo de internet. O projeto está sendo desenvolvido pelo Instituto Inovação, que apóia jovens empreendedores brasileiros de alto impacto. “A ideia é que o crowdfunding viabilize o primeiro investimento, que normalmente vem da família e dos amigos, antes até do capital semente”, explica Felipe Matos, responsável pelo projeto.

A ferramenta deve estrear ainda no primeiro semestre. Segundo Matos, um dos aspectos que ainda está sendo equacionado é como permitir que, além das recompensas, os investidores possam ter retorno financeiro. “A legislação no Brasil não está preparada para este modelo”, explica. Apesar do atraso nas leis, ele acredita que o brasileiro está pronto para embarcar na onda do crowdfunding.

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