O limite da internet fixa no Brasil.
Por: leticiandrade • 12/10/2016 • Relatório de pesquisa • 791 Palavras (4 Páginas) • 159 Visualizações
Objetivos da Pesquisa
Este trabalho tem como objetivo abordar o limite da internet fixa no Brasil. No início do mês de abril deste ano, foi retratado por algumas empresas de telefonia que haveria o corte da internet fixa; acompanhando o da internet móvel, uma vez que o corte ou redução desta, após ultrapassar o limite de dados da franquia, já acontece.
Como objetivo, deveria ressaltar quão essencial é a internet na vida da população, não unicamente brasileira, porém, mundial. Uma vez que amplia não somente o senso crítico, como também o ético, e, conjuntamente, oportunizando pessoas a uma nova realidade, seja esta de vida, emprego, ou até mesmo estudo.
Limitar o acesso à internet é um retrocesso imensurável, especialmente quando temos em mente que a web é uma influente ferramenta de acesso à informação. Vale ressaltar também que, na época atual, até mesmo a ONU (Organizações das Nações Unidas) declarou que a rede mundial de computadores é algo vital para o exercício da democracia; essa medida pode até mesmo ser considerada uma censura dos meios de comunicação.
Posição da Anatel, juntamente com as causas e consequências desse evento, são fatores importantíssimos a serem avaliados. Visto que, se um projeto de tamanha magnitude, tem um feedback negativo, tanto para os consumidores, como para as empresas que propõem tal alteração, isto modificaria o âmbito social, uma vez que poderia gerar um retrocesso virtual, e, em casos extremos, até o impedimento virtual.
Justificativa
É de crucial importância que seja debatido o limite da internet fixa no Brasil. Não somente esta é um meio de entretenimento, como também de emprego e estudo. Milhares de pessoas utilizam a internet diariamente, seja como um instrumento de trabalho, tendo em vista que muitas empresas utilizam de serviços bancários e e-mails; de estudo, seja para pesquisas e até universidades à distância; de entretenimento, considerando o vasto material que ela nos possibilita, e até através desse quesito, ainda pode gerar muitos empregos, haja vista que o número de pessoas que ganham a vida por intermédio desse meio de comunicação é gigantesco.
Para compreender esse assunto, é necessário rever o passado. Historicamente, os planos de internet banda larga no Brasil sempre adotaram um formato de cobrança bastante simples: o cliente paga uma mensalidade fixa para usar a internet à vontade em uma velocidade pré-determinada (por exemplo, R$ 40 por uma conexão de 2 Mbps). Arcando com esse valor e tendo em mente sua velocidade limitada, o consumidor tem a liberdade de navegar o quanto quiser e baixar quantos arquivos ele desejar.
Entretanto, essa realidade corre o risco de ser alterada. Uma vez que seja, de fato, imposto esse limite, as empresas de telefonia podem “forçar” seus clientes a pagarem mais quando ultrapassarem o limite de dados contratados. Analisando nossa sociedade, é praticamente irreal que consigamos realizar nossos afazeres sem o uso desse instrumento tão significativo.
De outro ângulo, pode-se também argumentar que limitar de forma agressiva as franquias, como vem sendo proposto, impedirá que a parcela da população mais carente não consiga ter o acesso à internet que consegue ter hoje. Dessa forma, acaba limitando-os a uma pouquíssima capacidade da rede de serviços oferecida, gerando assim, situações que podem aumentar ainda mais a desigualdade.
A ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) é o órgão regulador das Telecomunicações no Brasil. A mesma se posicionou a favor do limite da banda larga no Brasil, justificando que em muitos outros países, esse limite já acontece. Todavia, o que a ANATEL não expõe é que em outros países, a internet oferecida, bem como, o valor pago por ela, é excessivamente diferente ao da internet aqui do Brasil. Considerando dados reais, uma internet no Canadá com 100M e 500G, corresponde a 3% do salário mínimo canadense. Uma internet julgada razoavelmente boa aqui no Brasil, com 25M e 130G, corresponde a 14% do salário mínimo brasileiro. Concluindo-se então, que se paga uma porcentagem quase cinco vezes maior, para possui uma internet quatro vezes pior.
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