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Resenha Critica vikings 4x10

Por:   •  30/11/2017  •  Resenha  •  1.543 Palavras (7 Páginas)  •  331 Visualizações

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                        Episódio 10 - 4º Temporada

“O Último Navio.”

           Vikings é um série produzida por irlandeses e canadenses, criada por Michael Hirst ( Criador de The Tudors), inspirada nos conquistadores e navegadores Escandinavos, abordando especialmente o herói Ragnar Lodbrok ( personagem de Travis Fimmel ) e as tomadas dos flagelos dos reinos que hoje correspondem aos territórios da Inglaterra e França. Produzida pelo History Channel a trama se passa no final do século VIII e mistura personagens históricos e fictícios.

          Com uma visão pouco explorada por diferentes produtoras sobre a época, a série busca trazer o telespectador para uma atmosfera detalhada dos costumes, crenças e características desses povos nórdicos. Todavia, diante de relatos históricos confusos ou perdidos, alguns deles foram alterados para dar mais veracidade ao enredo .

          Parte da trama transita em torno de Ragnar Lodbrok, que no inicio da série é apenas um fazendeiro que mora com sua esposa Lagertha ( Katheryn Winnick ) e seus filhos, Gyada ( Ruby O´Leary ) e Bjorn ( Alexander Winnick ) em Kattegat, na Escandinávia ( atualmente localizado entre Dinamarca e Suécia ). Buscando comercializar em terras desconhecidas, Ragnar sonha em navegar para oeste, pois acredita que lá encontrará terras e muitas riquezas. É importante ressaltar que os povos nórdicos eram basicamente agricultores e comerciantes, devido às condições climáticas, suas terras não eram tão férteis e, portanto, havia “necessidade” de realizar saques.

         Juntamente com seu amigo Floki (Gustaf Skarsgård), Ragnar está determinado a realizar seu objetivo de se lançar ao mar em busca de terras desconhecidas. Entretanto, Earl Haraldson (Gabriel Byrne), governante da região e dono das terras e navios, é um homem de pouca visão e não é a favor de se arriscar em prol dessa ídeia.

         Quando finalmente pronto, Ragnar, seu irmão mais novo Rollo (Clive Standen), Floki e mais alguns membros do clã navegam para o Oeste, mantendo tal façanha em segredo de Earl. Nesta primeira viagem, confirmam a existência dessas terras e saqueiam Lindisfarne, ilha onde há uma abadia, sede de conversão ao Cristianismo, localizada no Reino Inglês da Nortúmbria. Esse episódio é considerado historicamente como o início das invasões Vikings na Europa, culminando na inimizade do Rei Aelle (Ivan Kaye).As atitudes de desobediência de Ragnar rende vários conflitos com o Earl, que teme a popularidade do fazendeiro.  É possível observar desde de o inicio do seriado, que o irmão de Ragnar, Rollo sofre um conflito interno em relação ao seu irmão, ora sente grande respeito e lealdade, ora inveja e busca superar o irmão, que trará consequências ao longo das temporadas.

        A religião dos vikings era politeísta, sendo Odin o deus principal e Thor, Loki e Frey alguns dos mais populares. Durante a narrativa do episódio escolhido, os personagens afirmam com frequência que a casa de Odin, Valhalla (Hall da batalha mortos), é o lugar para onde vão todos os que foram mortos em batalhas. Isso justifica o gosto dos povos nórdicos pelas batalhas.

           Por isso, diversos rituais e sacrifícios aos deuses são retratados na série, como o que Lagertha fez a Frei, Deus da colheita, prosperidade e fertilidade. Outro ritual mostrado é a peregrinação anual ao Templo Uppsala, onde diversos clãs vikings se reuniam para o culto e sacrifícios aos diversos deuses. 

        O episódio 10 da quarta temporada, se dá início a uma das batalhas mais épicas de toda a história, a famosa invasão dos Vikings a grande cidade de Paris. Logo no início do episódio, vemos claramente uma batalha pessoal entre Ragnar e seu irmão Rollo, que abandonou seu povo para liderar o exército francês fazendo dele o antagonista da trama e Ragnar, o protagonista.

          Nos primeiros minutos já temos indícios de como será o 1º ato, uma batalha física e psicológica travada por Ragnar e Rollo, vikings versus franceses, pagãos versus católicos. Entre muito dos temas abordados, o conflito entre a religião cristã e pagã é um dos motivos que que justificam as atitudes e tomadas de decisões por parte dos personagens em vários momentos.  Os personagens são tratados de maneira humana, não são completamente bons, nem maus. São seres humanos que lutam pelo que acreditam e cometem falhas.

           Ao longo do 1º ato, vemos além de uma trilha sonora forte e instrumental, um forte apelo aos tambores de guerra, que ritmados nas batidas do coração causam uma ligação forte com o telespectador. Poucos segundos antes que houvesse o confronto físico, ouvisse  apenas o forte “grito” dos tambores que se aceleram até a hora do embate.

            Movimentos de câmera brutos, dão mais valor as batalhas, trazendo mais veracidade aos confrontos, assim como em alguns momentos o uso da técnica slow-motion, em conjunto com a trilha instrumental, prevalecendo instrumentos de sopro, diferente dos tambores de guerra usados anteriormente que excitam,  essa técnica é uma grande arma para para aguçar os sentimentos dos telespectadores,

           A ideia central desse primeiro ato, é a batalha entre esses dois personagens, Rollo, convertido pela fé cristã e Ragnar defendo seus Deuses pagãos. A escolha da palheta de cor até esse momento é crucial para passar o entendimento necessário ao telespectador. Devido ao grande numero de pessoas em cena, muita informação contida e batalhas físicas, o diretor de arte suaviza nosso olhares com uma palheta de cor que transita entre suaves tons de azul e tons de cores neutras, como o bege e o marrom, para assim não nos desviar a atenção do que realmente importa.

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