Resenha Sandra Helena

PRECONCEITO LINGUÍSTICO NA PUBLICIDADE

PELINSON, Fabiana. Comunicação Publicitaria e Uso Dialetais: Apelo Mercadológico e Desconstrução do Preconceito Linguístico. Disponivel em : <http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sul2011/resumos/R25-0315-1.pdf.>

O artigo “Comunicação Publicitaria e uso dialetais: Apelo mercadológico e desconstrução do preconceito linguístico”, escrito por Fabiana Pelinson se graduando em Jornalismo e docente da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ,foi realizado com o intuito de investigar as motivações pelos quais levam as empresas a utilizarem as vozes dialetais em suas peças publicitarias para divulgação de seus produtos e baseando-se em princípios sociolinguísticos que considera toda a variedade linguística uma manifestação legitima das comunidades de fala.

Apresentado no Centro de Educação Superior do Norte RS – Cesnors , 5º, 2011, Londrina/RS, o artigo está organizado em quinze páginas e é composto por seis tópicos : Introdução; Concepções da língua; Preconceitos metodológicos; Para realização da pesquisa; As variações linguísticas e as vozes dialetais na publicidade; Preconceito linguistico; Apresentação e discussão dos resultados; Considerações finais .

Em Introdução, eles tratam sobre o preconceito linguístico que está fixo no comportamento de muitas pessoas, e esse comportamento muitas vezes inconsistente ideologicamente assimilado nas relações sociais classistas de uma determinada sociedade. O insólito dos usos linguistas considerados preconceituosos é que muitas vezes observamos na mídia, justamente como os apelos aos sotaques para divulgação de produtos ou eventos de toda a natureza. O uso dessas falas ou vozes dialetais na mídia publicitaria levanta questões curiosas pois, existe um tipo de expressão linguística considerada prestigio na sociedade em agravo de outras expressões linguísticas. E com isso, levantasse a questão: Se de um lado as falas dialetais contribuem para a desconstrução do preconceito linguístico, a verdade é que a mídia utiliza falas dialetais como jogo de persuasão mais efetivo com o intuito de atingir determinados segmentos sociais.

Nesse propósito, o tópico Concepções da língua eles trazem a definição que a língua, sua influência na sociedade, as conquistas, como ela deve ser encarada, como todos os falantes nativos de determinada região emprega com naturalidade seus dialetos e sotaque, e como a norma padrão influencia diretamente na sociedade pois nas escolas tende separar as ocorrências linguísticas certas e erradas.

É relevante observar que, em Procedimentos metodológicos para realização da pesquisa, foram utilizada a natureza quantitativa, ou seja, por construir um anuncio que representasse as diversas vozes dialetais usadas no território brasileiro. E uma das motivações para isso foi investigar e identificar os efeitos dos usos dialetais na comunicação publicitaria e se sua pratica exerce algum tipo de efeito na desconstrução do preconceito linguístico. Após a triagem necessária foi analisada a utilização dos sotaques e do dialeto gaúcho, caipira, alemão, japonês, carioca e nordestino.

Além disso, em Variações linguísticas e as vozes dialéticas na publicidade ressaltam que os testes realizados utilizam diversas variações linguísticas. A presença desses elementos