Uma análise conceitual sobre usuários de informação para relacionamentos
Por: maria888 • 13/1/2017 • Artigo • 1.859 Palavras (8 Páginas) • 299 Visualizações
USUÁRIOS VIRTUAIS:
Uma análise conceitual sobre usuários de informação para relacionamentos.
RESUMO
O objetivo deste trabalho é analisar como se posicionam alguns autores a partir de seus escritos a respeito da busca de informações por usuários na internet para relacionamentos virtuais. Destaca-se que com o avanço das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC,s), a sociedade acaba por desenvolver meios para se adaptar e readequar a novos padrões, gerando mudanças, nas estruturas de comunicação e informação. Podendo essa constante evolução acarretar mudanças na busca pela informação. E o mais importante é a relação de virtualidade com realidade, já que mesmo usando da virtualidade continua-se um usuário real, ao passo que os sentimentos estabelecidos na apreensão das informações permanecem, mas de formas diferentes.
PALAVRAS-CHAVE: Usuários. Informação. Internet. Relacionamentos virtuais. TIC’s.
1 INTRODUÇÃO
As novas tecnologias de informação e comunicação (TIC´s) tendem a criar novas maneiras de usuários buscarem informações pela internet, na medida em que transformam seus hábitos e criam novas formas de relacionamentos.
Neste contexto, a internet é a ferramenta ideal para que o usuário obtenha suas necessidades na busca de informações virtuais.
Sendo assim o usuário que realiza sua investigação na internet buscando informações sobre outros usuários objetivando um relacionamento, se depara com informações virtuais que passará a analisá-las e julgá-las a partir de sua experiência. O usuário real se corresponde a todo momento com informações virtuais.
2 USUÁRIOS NA BUSCA DE INFORMAÇÕES PARA RELACIONAMENTOS
Os principais conceitos da análise são representados essencialmente pelas ideias e observações de Chun W. Choo e Manuel Castells. A internet é analisada por Castells como um meio de novas práticas de comunicação e busca de informação, capaz de criar novos padrões de interação, e conseqüentemente tendendo a desenvolver uma nova cultura, movida agora, pelas redes sociais virtuais. Para Manuel Castells, a internet é vista como um novo meio de comunicação e informação que,
[...] esteve associada a afirmações conflitantes sobre a ascensão de novos padrões de interação social. Por um lado, a formação de comunidades virtuais, baseadas sobretudo em comunicação on-line, foi interpretada como a culminação de um processo histórico de desvinculação entre localidade e sociabilidade na formação da comunidade: novos padrões, seletivos, de relações sociais substituem as formas de interação humana territorialmente limitadas [...]. (CASTELLS, 2003. p. 98).
As comunidades virtuais citadas a cima correspondem nesta análise às ferramentas utilizadas pelos usuários que buscam informações de outras pessoas na internet. São usuários que possuem como objetivo um relacionamento. Através de sites de encontros, chats, redes sociais se desenvolve essa ação. Como efeito das tecnologias de informação e comunicação na configuração das relações sociais, cria-se uma nova cultura em rede, Manuel Castells esclarece que, as
[...] culturas consistem em processos de comunicação. E todas as formas de comunicação, como Roaland Bearthes e Jean Baudrillard nos ensinaram há muitos anos, são baseadas na produção e consumo de sinais. Portanto, não há separação entre “realidade” e representação simbólica. Em todas as sociedades, a humanidade tem existido em um ambiente simbólico e atuado por meio dele. Portanto, o que é historicamente especifico ao novo sistema de comunicação organizado pela integração eletrônica de todos os modos de comunicação, do tipográfico ao sensorial, não é a indução a realidade virtual, mas a construção da realidade virtual. Explicarei com a ajuda do dicionário, segundo o qual “virtual é o que existe na prática, embora não estrita ou nominalmente, e real é o que existe de fato”. Portanto a realidade, como é vivida, sempre foi virtual porque sempre é percebida por intermédio de símbolos formadores da pratica com algum sentido que escapa à sua rigorosa definição semântica [...]. (CASTELLS, 2009, p. 459).
Evidências da virtualidade e da realidade são confrontadas por Castells, a partir do momento em que se há um usuário navegando na rede em busca de informações, este usuário é real. E, de acordo com a inserção do mesmo, tais informações reveladas são virtuais, que se revelarão ao longo da investigação que tal usuário fará, reais. Outro importante teórico é Pierre Lévy, que relaciona o real com o virtual, dizendo que a virtualidade é diretamente relacionada com a falta de realidade, já que
[...] no uso corrente, a palavra virtual é empregada com freqüência para significar a pura e simples ausência de existência, a “realidade” supondo uma efetuação material, uma presença tangível. O real seria da ordem do “tenho”, enquanto o virtual seria da ordem do “terás”, ou da ilusão, o que permite geralmente o uso de uma ironia fácil para evocar as diversas formas de virtualização. Como veremos mais adiante, essa abordagem possui uma parte de verdade interessante, mas é evidentemente demasiado grosseira par fundar uma teoria geral. A palavra virtual vem do latim medieval virtualis, derivado por sua vez de virtus, força, potência. Na filosofia escolástica, é virtual o que existe em potência e não em ato. O virtual tende a atualizar-se, sem ter passado no entanto à concretização efetiva ou formal. (LEVY, 1996, p.15).
A virtualidade como ilusão pode ser analisada como informações imprecisas retidas pelo usuário. Vemos segundo Lévy que o virtual não caracteriza o real, logo as informações buscadas pelo usuário no virtual podem ser analisadas como sugestivamente
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