A Cultura Digital
Por: Erick Vieira Ferrari • 24/11/2020 • Artigo • 1.770 Palavras (8 Páginas) • 173 Visualizações
A convergência de mídia na visão Henry Jenkys, faz- se necessária para compreender que os meios de comunicação não estão deixando de existir, mas a sua função e o status estão sendo transformados, através da introdução de novas tecnologias. Essas transformações impactaram os veículos de comunicação de massa, de tal forma, resultando na decepção e desconforto nos profissionais de diversas áreas de tecnologia, já que muitos passaram a ignorar e superestimar o impacto a curto prazo de uma tecnologia, denominado de “Tecnomilpia” segundo Fidler (1998:41). Através dessa revolução tecnológica e de convergências, a transmídia surge como resposta, na qual conteúdos e/ou histórias são transmitidas em diferentes meios com o mesmo objetivo, transmitir a mensagem. Entretanto a convergência não se trata da reunião de diversas funcionalidades e dispositivos digitais e também não possui níveis (alta, baixa, popular, erudita, massa e etc.), pois algo popular no passado pode se tornar cult no dias de hoje, como séries e filmes, que começam a ser adaptados baseando-se em clássicos literários. Dessa forma, os novos meios não destroem ou anulam os antigos, mas que faz com que ambos se modificam mutuamente e promovam novos significados. Atualmente, esse fato é muito comum, na qual histórias de livros viram filmes ou séries, porém adaptando-se ao novo meio e reformulando também a história, que na maioria das vezes não seguem à risca o conto original.
A obra Harry Potter, é uma serie de 7 livros e 8 filmes de fantasia escrita pela autora britânica J. K. Rowling. A série narra as aventuras e os romances que giram em torno de Harry Potter, um órfão que aos 11 anos descobre que é um bruxo, (mesmo vivendo em um mundo comum de pessoas não-mágicas, conhecidas como trouxas). O mundo bruxo é mantido em segredo, presumivelmente para evitar a perseguição de bruxas e bruxos. Tal habilidade é inata e essas crianças são convidadas a participar de uma escola de magia exclusiva, que ensina as habilidades necessárias para ter sucesso no mundo bruxo, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Entretanto existe um bruxo onde seu nome não deve ser pronunciado, de tão mal que ele é onde no desenrolar dos livros e filmes Harry e seus amigos tem que derrota-lo. Portanto, como mencionamos acima, os livros e filmes nem sempre são iguais e seguidos à risca, e com o romance Harry Potter não seria diferente, então iremos analisar o filme Harry Potter e o Cálice de Fogo para ser analisado e mostrar as diferenças entre o livro e o filme.
Na obra cinematográfica, o Rabicho apenas abre a porta do quarto e Voldemort mata Franco no corredor mesmo. Porém, no livro, ele é convidado a entrar no quarto, e chega inclusive a conversar com Voldemort, dizendo que se ele não voltar pra casa em poucos minutos, sua mulher ligará para a polícia e Voldemort lhe diz que sabe muito bem que ele vive sozinho e que não tem mulher nenhuma a sua espera. No filme, quando Harry acorda do pesadelo onde vê Voldemort matar Franco e planejar sua morte, ele está na Toca, sendo acordado por Hermione que lhe diz que acabou de chegar. Porem no livro Hermione está na casa dos Weasley há dias quando Harry chega à véspera do dia da final da copa de quadribol. No filme, Amos Diggory, quando avista os Weasley se aproximando não está com a bota/chave-de-portal na mão e não é nada desagradável com Harry quando é apresentado a ele. Muito pelo contrário, parece muito animado em finalmente conhecer Harry Potter. Já no livro, ele faz questão de ressaltar o quanto está satisfeito por seu filho Cedrico Diggory ter conseguido vencer Harry no jogo de Quadribol no ano anterior, e não para de se gabar que Cedrico voa melhor que Harry, ainda que o filho lhe diga que só ganhou porque Harry caiu da vassoura ao ser atacado por dementadores. No filme, Harry Potter é o único tonto que está olhando todos segurando a chave-de-portal e não encosta nenhum dedo na bota, até que o Sr. Weasley faz toda uma explicação para Harry e Hermione sobre como funciona uma chave-de-portal antes de todos segurarem a bota. Quando chegam, a barraca deles já está montada, enquanto que no livro, a montagem da barraca é praticamente uma odisseia. No filme, os Weasley, Harry e Hermione estão em lugares bem ruins, no ponto mais alto do estádio. E lá, Draco também está acompanhado por sua mãe, Narcisa. No filme, Harry está trajado com as vestes da cor da Bulgária, enquanto todos os outros estão com as cores da Irlanda. Porém, tanto Harry quanto todos os outros estão trajados de verde, com as cores da Irlanda, embora admirem muito Vítor Krum, que é o apanhador da Bulgária. Rowling, na correria para a floresta, Fred, Jorge e Gina acabam se separando de Harry, Rony e Hermione, os três continuam a correr e encontram com Draco que parece estar se divertindo com a situação, e depois correm um pouco mais, e percebem que Harry perdeu a sua varinha, e então encontram com Ludo Bagman, que em seguida aparata pra ajudar o pessoal do ministério. Bartô Crouch Jr. está caminhando por aí, no meio da paisagem desolada, sem se preocupar em ser visto por alguém e conjura a Marca da Morte momento em que Harry acorda e o vê de relance. Vendo que o menino está olhando, Crouch Jr. caminha em sua direção, com a varinha em riste, pronto pra atacá-lo, e só não o faz porque Rony e Hermione chegam nesse momento e perguntam se Harry está bem. Quando o pessoal do Ministério chega a eles, Harry afirma que viu quem conjurou a Marca, aponta a direção de onde a marca veio e diz que não conseguiu ver direito o rosto de quem conjurou a marca.No livro não é nada assim, uma vez que ninguém viu nada, e no momento em que o trio aponta de onde vem o barulho, encontram Winky com a varinha de Harry, e esta passa a ser responsabilizada por ter conjurado a marca. Harry Potter, ao contrário de seu amigo Rony, nunca trocou de varinha. Se vocês se lembram, a varinha era uma varinha simples, apenas um pedaço de madeira lisinho. No livro Sirius sabe da cicatriz de Harry doer desde o primeiro pesadelo, porque foi a primeira coisa que o menino fez quando acordou de seu pesadelo, na rua dos Alfeneiros.
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