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A Objetividade, subjetividade e os critérios de seleção no Jornalismo

Por:   •  20/11/2017  •  Resenha  •  668 Palavras (3 Páginas)  •  453 Visualizações

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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Objetividade, subjetividade e os critérios de seleção no Jornalismo

                                                                                                             Camilla Souza¹

 LENE, Herica. Objetividade e subjetividade na seleção e classificação. Observatório da Imprensa. n.799.2014

Publicado pela professora Dra. Hérica Lene no Observatório da Imprensa em 2014, o artigo tem como objetivo apresentar os critérios que norteiam a seleção de notícias nos diversos meios de comunicação. Para isso, a autora define conceitos importantes como os de edição, projeto editorial, entre outros, e explana os parâmetros de edição para cada tipo de veículo.

Para Lene, o processo de edição consiste em selecionar as informações mais relevantes a depender do projeto editorial do veículo, e organizá-las de forma hierárquica, adotando os recursos gráficos mais apropriados. Esta tarefa é designada ao editor, jornalista responsável pela publicação de versões e pontos de vista diferentes, pela harmonia da estética e do conteúdo e garantir a informação mais completa e recente.

No entanto, essas premissas estão diretamente ligadas aos critérios da objetividade e subjetividade. A primeira relaciona-se com as teorias que envolvem o fazer jornalístico. A autora elenca a teoria do Gatekeeper, segundo a qual o jornalista atua como um filtro que retém as informações que julga mais relevantes e a do Newsmaking, que trata da sociologia dos emissores e o processo de produção da notícia. Já a segunda diz respeito aos critérios pessoais, segundos os quais o editor definirá a relevância de cada notícia de acordo com o seu repertório e a linha editorial do veículo em que atua.

A autora trata também da dualidade entre os princípios que regem a atividade jornalística e seu objetivo principal de levar informações de qualidade sem infringir os preceitos éticos e os fins comerciais da empresa. Para equilibrar esses dois extremos, Lene ressalta mais uma vez o papel do editor, que deve estar em sintonia com a angulação da empresa.

Ao longo do artigo, a autora vai especificar os critérios de seleção e edição para cada veículo jornalístico específico. No caso dos periódicos impressos, Lene destaca a hierarquização dos conteúdos ao longo das páginas, a ênfase nos assuntos de maior relevância, a harmonia entre o texto e as imagens e o uso adequado de recursos gráficos, como as tabelas e infográficos. Já no radiojornalismo, as principais preocupações do editor estão em organizar as informações de forma didática para os ouvintes. A qualidade técnica, principalmente das sonoras, também deve ser uma preocupação do jornalista.

Quanto ao telejornalismo, a autora ressalta a importância da decupagem, e, claro, a montagem de uma sequência lógica, coerente e que consiga despertar o interesse e as emoções do telespectador. Por fim, no jornalismo online, que apesar de seguir os mesmos princípios da Comunicação segue uma outra estrutura narrativa, que é hipermídia e não-linear, o editor deve se preocupar com a contextualização e com o equilíbrio entre os diversos formatos que podem ser agregados na web. Neste veículo o fechamento é contínuo, ou seja, o editor deverá estar sempre atento para possíveis alterações.

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