A Retórica e Oratória
Por: aberm.m • 1/12/2019 • Relatório de pesquisa • 1.103 Palavras (5 Páginas) • 222 Visualizações
RELATÓRIO ACADÊMICO
- INTRODUÇÃO
Este relatório visa estimular a compreensão de elementos conceituais da retórica e oratória, afim de compreender sua imprescindibilidade no âmbito das relações jurídicas, mais especificamente, na profissão de advogado. A retórica e a oratória dentro do universo jurídico estão diretamente relacionadas. O operador do direito sem a comunicação técnica verbal e a prática da persuasão, limita o Direito em um espaço de textos de eficácias inertes e subjetivas. A retórica como uma arte de persuadir e a oratória como um conjunto de técnicas de expressões orais, se completam e abrem possibilidades para desenvolver e compreender sobre os mais variados assuntos da vida política e social.
2 HISTÓRIA
A capacidade de persuadir do discurso fascinou os Gregos desde os tempos de Homero, mas somente com o advento do sistema democrático de poder, estabelecido pela antiga cidade de Atenas, que a retórica em forma oral viera a evoluir. Os tiranos ou oligarcas mandavam pela força, enquanto a partir da democracia o maior instrumento de poder era proveniente do uso da palavra, cuja então passou ter grande importância no centro da ação política e social.
3 ORATÓRIA
Oratória é a arte de falar bem. É um conjunto de técnicas que permitem ao orador conectar-se ao público diretamente e expressar-lhes com excelência tal assunto ou discurso.Aquele que procura desenvolver a oratória pode estudar esta ciência empírica que fora densamente discutida e analisada ao longo dos séculos.
A oratória para Polito é requisito para se ter sucesso na carreira de advogado. Dificilmente encontra-se um bom advogado que não tenha domínio sobre a oratória. Sabe-se também, que a oratória é composta de técnicas que ajudam o interlocutor que não possui habilidade nata em expor aquilo que pensa da melhor maneira possível, para determinado público alvo. São definidos cinco atributos mais importantes para que se domine a oratória: a credibilidade; a voz; o vocabulário; a expressão corporal; e a aparência.
3.1 A Credibilidade
A credibilidade àquele que opera o direito está relacionada com o seu domínio nos assuntos pertinentes à sua especialização. No entanto, não basta o conhecimento material. A credibilidade é desenvolvida pela retórica através de técnicas como a expressão da naturalidade, demonstração de emoção e envolvimento, pela imagem bem construída, autoconfiança, conduta pessoal exemplar e coerência ao expressar-se.
3.2 A voz
A voz quando emitida, extrai do corpo humano uma série de informações subjetivas imperceptíveis ao "olho nu”, pois não somente o aparelho fonador se ativa, e sim todo o organismo humano. Logo, a correta prática de imposição da voz, filtra estes elementos internos desnecessários expressados subjetivamente pela voz e libera aquilo que o público necessita ouvir.
Sobre o tom oratório Arturo Majada diz:
“O tom oratório deverá ser semelhante a uma conversação interessante e animada, com toda naturalidade. É absurdo que se abandone o tom natural de falar e expressar-se no Tribunal de maneira artificial e estudada, com uma cadência estranha, falsa, diferente da voz que se usa no dia a dia.”
3.3 Vocabulário
O vocabulário, outro atributo para o desenvolvimento da oratória, é de todos, o mais demorado a ser conquistado. Não deve o advogado ou operador do direito, usá-lo sem estar efetivamente familiarizado com os vocábulos recém adquiridos, pois seu uso estaria propenso a não se enquadrar precisamente no contexto, podendo causar grave constrangimento ante autoridades superiores de sua relação profissional. Para isso, é necessária árdua dedicação, por anos, para aprimorar este atributo tão importante.
3.4 Expressão Corporal
É importante que ao pronunciar-se o locutor esteja atento a sua expressão corporal. Controlar o corpo é importante, no entanto mantê-lo rígido, é uma forma errada de portar-se. É importante eliminar expressõesexageradas, mas conduzi-las de forma gentil. A naturalidade é essencial para o operador de direito, pois o trará a credibilidade necessária para portar-se diante de qualquer problemática jurídica, onde o objeto tratado em si, na maioria das vezes, é suficientemente complexo.
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