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ANÁLISE DO FILME “TEMPOS MODERNOS” E A RELAÇÃO DE TRABALHO

Por:   •  10/5/2017  •  Resenha  •  653 Palavras (3 Páginas)  •  3.171 Visualizações

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ANÁLISE DO FILME “TEMPOS MODERNOS” E A RELAÇÃO DE TRABALHO

CHAPLIN, Charles. Tempos Modernos. Título original: Modern Times. Preto & Branco. Legendado. Duração: 87 min. Warner, 1936.

O filme Tempos Modernos (1936) de Charles Chaplin traz consigo uma verdadeira aula de história. A primeira tomada, traz uma transição de um rebanho para homens a caminho do trabalho, passando pelos espasmos que o personagem tem após tantos movimentos repetitivos, até toda exploração do proletário, mostra que o filme continua extremamente atual em sua crítica: a mecanização do indivíduo perante interesses de quem comanda o capital. Presumidamente, para quem está no poder, o proletariado se caracteriza como peças na engrenagem do capitalismo e caso não se encaixem, ficam a merce de situações lamentáveis, entre elas, fome, desemprego e até prisões.

Partindo do coletivo para o individual, o filme mostra a exploração do trabalhador após a Revolução Industrial, a deficiência e a precariedade das condições de trabalho. Trabalhador que ora está sem emprego, ora lhe falta habilidade e vocação. Cada cena é uma crítica poética. Identifica como o povo/trabalhador se submete a viver uma vida amontoada, sem propósito, como gado domesticado. Critica profundamente a Sociedade Industrial, seu ritmo alucinante, a falta de qualidade de vida e seus propósitos irracionais. Muitos operários viviam a exploração dentro das fábricas devido à busca do lucro pelos proprietários, fazendo com que fizessem suas atividades muito mais rápidas para obter um produto final em menos tempo. Em relação, encontramos o modelo produtivo Taylorismo, consistindo em sistema que consiste na divisão do trabalho e especialização do operário em uma só tarefa e produção em larga escala, onde o operário participa apenas de parte do processo, como mostrado no filme por Chaplin. O Fordismo é junção prática do sistema taylorista e da facilidade das máquinas, propiciando o aumento da produção.

No início do filme, Carlitos está alienado pelo trabalho e seus patrões estão tentando alimentá-lo com uma máquina, e como uma máquina, substituindo até sua liberdade individual. Quando Carlitos entra na máquina e passa pelas peças, remete a ideia de Marx da qual o homem é o seu trabalho, pois, torna-se o que faz, e, por isso, não pode tê-lo alienado, pois, perde seu caráter individual. Conforme Marx, as relações de classe eram alienantes, pois o trabalhador assalariado se encontrava em uma posição de barganha desigual perante o capitalista (empregador).

Carlitos se descontrola e começa a quebrar as máquinas, tudo vem a pifar, e vai preso como doente. É notável um ato revolucionário, afinal, pelos efeitos que o trabalho lhe causou, aquela postura é mínima! A cena em que sai do hospital pois "estava com descontrole no sistema nervoso pelo trabalho" e marcha pela liberdade e direito a greve.

Os momentos na prisão, demonstra que a rebelião nessas circunstâncias não é o melhor a se fazer quando se está em desvantagem, e, às vezes é preciso agir com clareza, tanto, no decorrer do filme, Chaplin consegue a carta de recomendação que vai ajudá-lo posteriormente.

Na cena em que a garota faminta aparece roubando bananas e, logo, vemos entregando as

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