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Análise Documentário A culpa não é minha

Por:   •  21/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  818 Palavras (4 Páginas)  •  347 Visualizações

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Análise do documentário

A culpa não é minha – Relatos da Violência Sexual em Campinas

Nome: Ana Victoria Vidal Salgado RA: 16273930

Sobre o documentário

Autores: Bárbara Larissa Marques da Silva Alves, Caroline França de Souza e Matheus Rocha Martinelli.

O que é: É um projeto experimental de 2016 feito por alunos de jornalismo que tem como finalidade mostrar as histórias de vitimas de estupro, crime que se enquadra como hediondo, de acordo com o Código Penal Brasileiro.

Objetivo: Segundo os autores, “o projeto procura entender as questões sócias e  psicológicas que envolvem tal delito, a partir de entrevistas com psicólogos, psiquiatras e sociólogos, e, além disso, busca prestar um serviço à sociedade ao mostrar como as pessoas que passam por essa situação devem agir e onde podem realizar a denúncia do crime”.

Foco: “O documentário tem como foco a questão dos efeitos emocionais causados pelo estupro em vitimas de violência sexual, sendo alguns deles:  a dificuldade em se relacionar com outro homens, gerando desconfiança,  além do sentimento de culpa muitas vezes presente”.

Sequência para  pautar a ordem do documentário: o abuso, a denúncia, o tratamento, a superação e a culpabilidade da vítima.

Fontes: Todas as fontes são da cidade de Campinas (personagens/ vítimas e especialistas).

  • Primeira vitima, de 24 anos, preferiu não se identificar. Caso: “Ela sofreu a violência aos 17 anos, quando estava com o namorado em uma área afastada de Campinas e, segundo a vitima, o agressor estava encapuzado e armado. Após o acontecimento, denunciou o crime e fez terapia durante algum tempo”.
  • Segunda vítima, Izabely Nayhara, de 21 anos.  Caso: “A estudante sofreu violência  sexual aos 8 anos de idade pelo próprio padastro, que, além  de abusar da criança, também batia em sua mãe. Izabely tentou denunciar o crime, porém, por ainda ser nova, os policiais não acreditaram em sua história”.
  • Terceira vitima, Beatriz Pusso, de 24 anos. Caso: “O caso ocorreu após um show  na cidade, quando foi obrigada a manter relações sexuais com um conhecido da época. Beatriz não denunciou o crime e também passou por um processo de terapia”.
  • Duas fontes foram utilizadas para explicar os aspectos mentais e todo o processo de tratamento às vitimas, são elas: a psicóloga Iasmini Alves e a psiquiatra Cláudia Facuri.
  • Delegada Teresinha de Carvalho, para falar sobre os 30 anos da Delegacia da Mulher e o atendimento a vítimas que querem denunciar seus agressores.
  • Pedro Peruzzo, pesquisador, jurista e professor de Direito da PUC Campinas, para contextualizar as leis que envolvem o crime de estupro e a lei Maria da Penha.
  • Claúdia Oliveira, socióloga e também uma das responsáveis pela criação do Mapa do Acolhimento, site que oferece suporte a mulheres vítimas de estupro. Falou sobre o serviço e sobre a questão da “cultura do estupro”.

Análise da narrativa

No documentário há a ausência de uma voz narrativa. Há somente um momento em que aparece a voz de um dos jornalistas, bem sutilmente, que é na entrevista da Izabely Nayhara em que ela conta que foi para a delegacia denunciar o padrasto, e uma voz aparece perguntando “Sozinha?”, mas, em geral, todo o produto é conduzido ‘a partir da história de vida de três mulheres vítimas de violência sexual, em que as suas próprias dúvidas e questões são respondidas pelas fontes oficiais do  documentário, intercalando as sonoras de acordo com a narrativa”, o que era a proposta dos autores.

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