Análise Documentário A culpa não é minha
Por: vickvidals • 21/6/2018 • Trabalho acadêmico • 818 Palavras (4 Páginas) • 334 Visualizações
Análise do documentário
“A culpa não é minha – Relatos da Violência Sexual em Campinas”
Nome: Ana Victoria Vidal Salgado RA: 16273930
Sobre o documentário
Autores: Bárbara Larissa Marques da Silva Alves, Caroline França de Souza e Matheus Rocha Martinelli.
O que é: É um projeto experimental de 2016 feito por alunos de jornalismo que tem como finalidade mostrar as histórias de vitimas de estupro, crime que se enquadra como hediondo, de acordo com o Código Penal Brasileiro.
Objetivo: Segundo os autores, “o projeto procura entender as questões sócias e psicológicas que envolvem tal delito, a partir de entrevistas com psicólogos, psiquiatras e sociólogos, e, além disso, busca prestar um serviço à sociedade ao mostrar como as pessoas que passam por essa situação devem agir e onde podem realizar a denúncia do crime”.
Foco: “O documentário tem como foco a questão dos efeitos emocionais causados pelo estupro em vitimas de violência sexual, sendo alguns deles: a dificuldade em se relacionar com outro homens, gerando desconfiança, além do sentimento de culpa muitas vezes presente”.
Sequência para pautar a ordem do documentário: o abuso, a denúncia, o tratamento, a superação e a culpabilidade da vítima.
Fontes: Todas as fontes são da cidade de Campinas (personagens/ vítimas e especialistas).
- Primeira vitima, de 24 anos, preferiu não se identificar. Caso: “Ela sofreu a violência aos 17 anos, quando estava com o namorado em uma área afastada de Campinas e, segundo a vitima, o agressor estava encapuzado e armado. Após o acontecimento, denunciou o crime e fez terapia durante algum tempo”.
- Segunda vítima, Izabely Nayhara, de 21 anos. Caso: “A estudante sofreu violência sexual aos 8 anos de idade pelo próprio padastro, que, além de abusar da criança, também batia em sua mãe. Izabely tentou denunciar o crime, porém, por ainda ser nova, os policiais não acreditaram em sua história”.
- Terceira vitima, Beatriz Pusso, de 24 anos. Caso: “O caso ocorreu após um show na cidade, quando foi obrigada a manter relações sexuais com um conhecido da época. Beatriz não denunciou o crime e também passou por um processo de terapia”.
- Duas fontes foram utilizadas para explicar os aspectos mentais e todo o processo de tratamento às vitimas, são elas: a psicóloga Iasmini Alves e a psiquiatra Cláudia Facuri.
- Delegada Teresinha de Carvalho, para falar sobre os 30 anos da Delegacia da Mulher e o atendimento a vítimas que querem denunciar seus agressores.
- Pedro Peruzzo, pesquisador, jurista e professor de Direito da PUC Campinas, para contextualizar as leis que envolvem o crime de estupro e a lei Maria da Penha.
- Claúdia Oliveira, socióloga e também uma das responsáveis pela criação do Mapa do Acolhimento, site que oferece suporte a mulheres vítimas de estupro. Falou sobre o serviço e sobre a questão da “cultura do estupro”.
Análise da narrativa
No documentário há a ausência de uma voz narrativa. Há somente um momento em que aparece a voz de um dos jornalistas, bem sutilmente, que é na entrevista da Izabely Nayhara em que ela conta que foi para a delegacia denunciar o padrasto, e uma voz aparece perguntando “Sozinha?”, mas, em geral, todo o produto é conduzido ‘a partir da história de vida de três mulheres vítimas de violência sexual, em que as suas próprias dúvidas e questões são respondidas pelas fontes oficiais do documentário, intercalando as sonoras de acordo com a narrativa”, o que era a proposta dos autores.
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